ABES participou do encontro promovido pela Fibra
A carta entregue a Temer destacou a mensagem: “Brasília já demonstrou ter vantagem competitiva em áreas como tecnologias da informação e o Parque Tecnológico Capital Digital servirá de base para o surgimento de uma nova indústria, estimulando a celebração de instrumentos de cooperação entre diversos parceiros e entidades que devem servir de âncora e fator de atração de novos empreendimentos de pesquisa, formação de pesquisadores e de empresas de alta tecnologia”.
Em resposta, o presidente Temer destacou ser importante apoiar a indústria como forma de redução do desemprego e movimentação da economia.
Em defesa do setor de TI
A ABES e outras entidades setoriais já haviam entregue, em junho deste ano, um documento a Michel Temer, no qual apontam que, apesar da atual conjuntura, o uso de tecnologias se configura como uma alternativa para alavancar a economia e o bem-estar social. Além disso, o manifesto também sugeriu iniciativas de curto prazo para potencializar a transformação digital do Brasil.
Para a ABES Software Conference 2016, realizada em 15 de setembro, em São Paulo, a entidade também convidou representantes do governo federal e do BNDES para expor as políticas voltadas ao desenvolvimento setor de TI. Otávio Caixeta, chefe de gabinete da Secretária de Política de Informática (Sepin) do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, que representou o ministro Gilberto Kassab, disse na ocasião que as tecnologias e os softwares são fundamentais para o funcionamento de sistemas mais eficientes e transparentes na gestão pública e que existe um esforço governamental para tornar o Brasil um país melhor para o desenvolvimento de negócios. “A partir da correção dos problemas com as contas públicas federais, esperamos dialogar com o Ministério do Planejamento para retomar os incentivos à indústria de software”.
Wagner Araujo, diretor de Governo Digital da Secretaria de Tecnologia da Informação, do Ministério do Planejamento (MP), destacou que o MP tem meta de criar uma plataforma de cidadania digital, que garanta redução de custos operacionais e maior confiança no governo, entre outros benefícios econômicos, sociais e políticos. “Temos apresentado os novos conceitos aos órgãos governamentais e esperamos que as empresas e a sociedade civil apresentem sugestões para avançarmos no governo digital brasileiro”.
Rafael Moreira, diretor da Secretaria de Tecnologias Inovadoras e novos negócios do MDIC – Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, falou sobre a dificuldade da abordagem econômica em relação à indústria 4.0. “A indústria brasileira precisa elevar seu nível de competividade. Precisamos de políticas públicas para que as empresas invistam em PD&I para se tornarem mais eficientes e ágeis em inovação”.
Já Claudio Figueiredo Coelho Leal, superintendente da Área de Indústrias e Serviços do BNDES, falou sobre a missão e as atuais estratégias do BNDES direcionadas à inovação. “Na revisão das políticas em curso, estaremos calibrando o nível de participação do banco a fim de permitir a entrada de outras fontes externas de financiamento nos processos”. Os programas de fomento foram abordados por Irecê Fraga Kauss Loureiro, diretora de TI e Comunicação do BNDES, que anunciou que o banco está finalizando um estudo sobre IoT.