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Dados integram o Estudo Como as novas tecnologias irão apoiar as organizações e impactar o mercado e apontam, entre outros aspectos, um crescimento no uso de soluções de cibersegurança e a cautela com a adoção de novas tecnologias, como a Inteligência Artificial

A ABES – Associação Brasileira das Empresas de Software apresentou, durante webinar aberto ao público, o Estudo “Como as novas tecnologias irão apoiar as organizações e impactar o mercado”. A pesquisa foi realizada utilizando a metodologia CATI, com entrevistas com 100 executivos de empresas com, pelo menos, 100 funcionários. O perfil pesquisado foi de executivos com influência ou poder de decisão na contratação e gestão da força de trabalho do departamento de TI.

De acordo com dados da International Data Corporation (IDC) analisados pela ABES, a segurança da informação é um tema prioritário para as empresas da América Latina, que terá até o final deste ano a segunda maior taxa de crescimento no planeta, de 12,2%, perdendo apenas para a China. O estudo aponta que haverá um crescimento, ainda em 2023, da participação da cibersegurança nos orçamentos de tecnologia e de negócios, com a preferência por soluções de maior cobertura e implementação e manutenção menos complexas, de modo a mitigar a escassez de profissionais.

A pesquisa também aponta que muitas empresas ainda não possuem um entendimento completo do que é a inteligência artificial e de como ela pode ser aplicada em seus negócios, revelando cautela com novas tecnologias. O estudo mostra que 57% dos entrevistados ainda não usam, nem pretendem usar soluções baseadas em IA. Os principais motivos apontados são a implementação muito custosa, principalmente para empresas de menor porte, além do custo de manutenção. O fato de requerer mão de obra qualificada também desanima as empresas, além do fato de muitas empresas ainda estarem presas a uma cultura empresarial conservadora.

“Nosso objetivo é possibilitar o entendimento da dinâmica do nosso mercado, pois a tecnologia tem evoluído rapidamente e o mercado acompanha e adota as tendências na mesma velocidade. Para se confirmar esta tendência, basta analisarmos a evolução crescente nos investimentos nas últimas décadas. De 1989 a 1999, tivemos US$ 7 trilhões de investimentos em TI. Na década de 2000 a 2010, foram mais de US$ 13 trilhões, quase o dobro da década anterior. E na década passada, chegamos a mais de US$ 22 trilhões. A pesquisa tem como objetivo entender como estas novas tecnologias irão direcionar os investimentos das empresas para que elas possam evoluir no seu processo de transformação digital.”, declarou Jorge Sukarie Neto, conselheiro da ABES.

Confira as principais conclusões do estudo:

  • Empresas brasileiras enfrentam desafios para garantir a segurança de suas operações e dados. Cerca de 12% delas ainda não conseguem medir adequadamente incidentes.
  • Proteger o centro das operações é uma prioridade estratégica absoluta, e para isso é essencial garantir a segurança da rede, dos dados e dos endpoints.
  • 86% das organizações brasileiras afirmam que fazem monitoramento e tratamento à conformidade e a privacidade de dados, mas fatores como restrição orçamentária (para 72% dos respondentes) e o balanceamento das prioridades (para 50% dos entrevistados), são fatores que limitam os investimentos em segurança de TI nas empresas brasileiras.
  • A crescente disponibilidade de dados oferece oportunidades para identificar padrões e tendências. Entre os principais fatores para adoção de Analytics aparece a otimização de processos (para 73% dos respondentes), seguido por alcance dos objetivos (para 62%).
  • A nuvem privada é uma opção para a implantação de soluções de AI e dados. A adoção de AI pode ajudar as empresas a serem mais eficientes. Porém no Brasil as empresas estão com uma postura mais cautelosa nesse tipo de investimento, assim como para a adoção do 5G.

Confira outros dados apresentados em primeira mão pela ABES durante o evento:

  • O gasto total global com segurança da informação, em 2022, foi de US$ 195,5 bilhões.
  • Os investimentos totais em TIC foram na ordem de US$ 4,3 trilhões, com o Brasil na nona posição.
  • O Brasil representa cerca um pouco menos de 2% dos investimentos de TIC global, com potencial para chegar a 3% nos próximos anos.
  • Os gastos em IoT no Brasil devem chegar a R$ 11,2 bilhões em 2026, sendo 38% desse valor dedicado à conectividade.
  • O mercado de redes móveis privativas no Brasil deve crescer acima de 35% ao ano até 2026.
  • Para 40% das empresas entrevistadas, segurança é o tema estratégico número 1.
  • 62% das companhias no Brasil consideram que a segurança de TI é uma das suas principais lacunas de habilidades técnicas.
  • Proteger o centro das operações é uma prioridade estratégica absoluta, e para isso é essencial garantir a segurança da rede, dos dados e dos endpoints – o tema “segurança de rede” estava no topo do orçamento de 66% dos entrevistados.
  • 86% das organizações brasileiras afirmam que fazem monitoramento e tratamento à conformidade e a privacidade dos dados.
  • 25% das organizações afirmaram não ter processos formais de governança de dados definidos – apenas 34% afirmaram ter um grupo de governança e políticas associadas em operação.
  • As empresas entendem que identificar padrões e tendências em seus dados pode ajudar na melhoria dos processos – para os entrevistados, a análise de dados ajuda a prever a demanda do mercado e a entender o comportamento do cliente, permitindo ajustes estratégicos. 73% informaram estarem motivadas a adotar iniciativas de dados em Analytics para otimização de processos.
  • Os entrevistados entendem que a IA pode ajudar as organizações a irem além da otimização dos processos e reduzir custos operacionais. Para 57%, a tecnologia ajuda nos processos de tomada de decisão.
  • Segurança e confiabilidade, velocidade e gerenciamento de dados estão entre as prioridades das organizações para seguir com soluções de analises e IA.
  • A preferência para a implantação de soluções de dados e IA tem sido a nuvem privada. Isso se deve principalmente a questões de conformidade regulatória ou de segurança de dados. Contudo, a tendência é que a nuvem privada ceda lugar a datacenters próprios ao longo dos próximos anos.
  • A utilização da nuvem privada pode proporcionar um nível maior de segurança, oferecendo flexibilidade para personalizar e configurar soluções de banco de dados de acordo com as necessidades específicas do negócio. A tecnologia ganha cada vez mais relevância e presença de mercado.
  • Equipes de TI internas são utilizadas atualmente como parte de uma estratégia de análise de dados mais eficiente e personalizada ao negócio, com 74% dos entrevistados contando com equipes próprias.
  • Mesmo em empresas que já utilizam IA seu uso ainda é muito restrito e pontual, havendo muito espaço para evolução, já que 47% ainda usa em pequena escala e para demandas específicas ou pontuais.
  • A implementação de soluções baseadas em IA pode aumentar a eficiência operacional das empresas, com automatização de processos, análise de dados em larga escala e tomadas de decisão mais precisas. Para 82% dos entrevistados, a IA ajuda a melhorar a análise de dados previsões/análises preditivas, para 75% a IA ajuda a gerar insights acionáveis mais rapidamente, e para 42%, a IA possibilita otimizar a operação como um todo.
  • Os entrevistados entendem que a automação de tarefas repetitivas permite que as organizações alcancem novos níveis de eficiência. 76% dos entrevistados já usam a tecnologia para gráficos de conhecimento.
  • Quase 60% das organizações adquiriram e implementaram dispositivos habilitados para 5G. Contudo, o alto custo e a falta de padrões foram apontados pelos entrevistados como limitadores no avanço do uso da tecnologia.
  • As organizações esperam que o 5G possa ajudar a melhorar a retenção e o engajamento dos clientes, além de aumentar a produtividade e eficiência operacional. Para 23%, o 5G ajuda a melhorar a experiência e a satisfação do cliente.
  • As empresas esperam ganhar eficiência na operação com equipamentos 5G, melhorando a conectividade, com menor latência e desempenho aprimorado de modo a impulsionar a produtividade. Mas, 22% dos entrevistados ainda esperam uma melhoria na conectividade,
  • Para 50% dos entrevistados, o custo dos dispositivos 5G desencoraja o uso da tecnologia. Para 26%, as tecnologias atuais atendem bem.
  • Garantir a segurança operacional nas organizações é vista como prioridade, principalmente no que tange aos dados críticos na nuvem. Para 46%, a prioridade é a segurança da tecnologia operacional. Previsão dos gastos com soluções de segurança no Brasil em 2023 é de US$ 1,3 bi, o que representa crescimento de 13% ano a ano.
  • O modelo de ambientes distribuídos pode tornar difícil a gestão de dados, o que gera preocupação nas organizações quanto à possibilidade de ficarem vulneráveis a ataques cibernéticos. Para 63% dos entrevistados, entre os desafios de segurança de aplicativos que geram mais preocupação estão a violação ou perda de dados.

A íntegra do “Como as novas tecnologias irão apoiar as organizações e impactar o mercado” está disponível para download neste link.

Sobre a ABES

A ABES (Associação Brasileira das Empresas de Software) tem como propósito contribuir para a construção de um Brasil mais digital e menos desigual, no qual a tecnologia da informação desempenha um papel fundamental para a democratização do conhecimento e a criação de novas oportunidades para todos. Nesse sentido, tem como objetivo assegurar um ambiente de negócios propício à inovação, ético, dinâmico, sustentável e competitivo globalmente, sempre alinhado a sua missão de conectar, orientar, proteger e desenvolver o mercado brasileiro da tecnologia da informação.

Atualmente a ABES representa cerca de 2.000 empresas, que totalizam aproximadamente 85% do faturamento do setor de software e serviços no Brasil, distribuídas em 24 Estados e Distrito Federal, responsáveis pela geração de mais de 232 mil empregos diretos e um faturamento anual da ordem de R$ 92 bilhões em 2022.

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