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*Por Jamile Sabatini Marques e Joice Adinete Ramos

O Programa Fellowship do Think Tank – Centro de Inteligência, Políticas Públicas e Inovação criado em 2023 chega ao seu primeiro ano de existência. É resultado de uma parceria entre a Associação Brasileira das Empresas de Software (ABES) e o Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (IEA/USP).

O Think Tank nasceu com o propósito de instigar e de materializar a aproximação entre empresas e universidades. A partir disso e de modo mais amplo, o interesse é permitir que essa relação se torne cada vez mais colaborativa, sólida, perene e que seja, sobretudo, capaz de viabilizar ações que atinjam positivamente a sociedade com um todo e que a inovação alcance continuamente patamares representativos de importância nesse cenário.

As contribuições do programa também possuem repercussões junto ao governo, tendo em vista que as suas discussões contribuem fortemente para a análise e a formulação de políticas públicas que afetam/afetarão de forma direta ou indireta as empresas e as pessoas.

Percebe-se assim que o Think Tank possui um grande diferencial: consegue de forma simultânea conectar, integrar e possibilitar interação entre a sociedade, as empresas, as universidades e o governo. Essa capacidade de conciliar os pilares da quádrupla hélice possibilita benefícios notórios para a criação e o desenvolvimento de redes de colaboração por fortalecer o acesso ao conhecimento, gerar competência científica e incrementar o dinamismo e a vantagem competitiva.

Discutir soluções, fomentar inovação, vislumbrar resultados e propor políticas públicas efetivas acerca de múltiplos assuntos que permeiam a atualidade são elementos norteadores do Think Tank. Para tanto, as temáticas centrais tratadas têm interfaces vinculadas às áreas de cidades inteligentes, compras públicas, dados abertos, ESG (Environmental, Social and Governance), futuro do trabalho, governo digital, identidade digital, inovação e fomento, inteligência artificial (IA), plataformas digitais, privacidade e proteção de dados pessoais, reforma tributária, segurança cibernética, segurança jurídica e tributária e startups. Ou seja, há uma variedade de perspectivas que se entrelaçam e que se complementam para que os debates realizados e as soluções pretendidas sejam mais consistentes, assertivos e exequíveis.

Além disso, é importante destacar que o programa é composto por 23 pesquisadores (doutorandos, doutores, pós-doutores e pós-doutorandos) de áreas de formação diversas e que estão sediados no Brasil e no exterior. Tais características enriquecem ainda mais a troca de experiências, assim como permitem que haja interlocução entre especialistas de diferentes origens de atuação, oportunizando um contexto favorável para o desenvolvimento de ideias inovadoras e de ações práticas perante os desafios contemporâneos.

Dentre os resultados alcançados pelo Think Tank em seu primeiro ano é possível mencionar o livro TECNOLOGIA E INOVAÇÃO: Políticas públicas e aspectos regulatórios do setor – uma coletânea de artigos de especialistas para um Brasil mais digital e menos desigual. Os artigos contemplados pelo livro foram produzidos por pesquisadores ou por autores que estabelecem diferentes formas de contato com o centro e eles ressaltam as inter-relações entre os assuntos abordados e oferecem análises a partir de prismas variados que se convergem para (re)pensar e propor um projeto de país digital e inclusivo.

Muito se fez nesse primeiro ano de Think Tank e muito mais poderá ser feito para a construção de um Brasil mais digital e menos desigual.

*Jamile Sabatini Marques é diretora de Inovação e Fomento e diretora do Think Tank – Centro de Inteligência de Inovação, Políticas Públicas e Inovação da Associação Brasileira das Empresas de Software – ABES e já atuou em alguns programas de fomento à inovação. É pós-doutora em Desenvolvimento Baseado no Conhecimento pela UFSC e pelo Instituto de Estudos Avançados da USP. É Doutora em Engenharia e Gestão do Conhecimento pela Universidade Federal de Santa Catarina, onde defendeu a sua tese sobre a importância de se fomentar a Inovação para gerar desenvolvimento econômico baseado no Conhecimento.

*Joice Adinete Ramos é Graduada em Administração de Empresas pela Faculdade de Ciências de Florianópolis/ Complexo de Ensino Superior de Santa Catarina (CESUSC). Atualmente, é coordenadora de projetos na Associação Brasileira das Empresas de Software (ABES). Foi empregada pública da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) com atuação no Hospital Universitário Polydoro Ernani de São Thiago (HU/UFSC). Integrou o ÁgoraLab – laboratório internacional multi-institucional especializado em cidades humanas, inteligentes e sustentáveis
– que é vinculado à Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e ao Programa de Pós-graduação em Engenharia e Gestão do Conhecimento (PPEGC). Trabalhou na Incubadora MIDITEC que é ligada à Associação Catarinense de Tecnologia (ACATE) e ao Serviço de Apoio
às Micro e Pequenas Empresas de Santa Catarina (SEBRAE/SC).

Aviso: A opinião apresentada neste artigo é de responsabilidade de seu autor e não da ABES – Associação Brasileira das Empresas de Software

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