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*Por Christian Cella

Apostar em inovação pode ser a chave propulsora para qualquer mercado. O segmento de saúde não foge a essa regra e acompanha esse movimento com a implementação de soluções que permitem avanços significativos para fortalecer a transformação digital na saúde. Inclusive, de acordo com dados do Estudo de Prioridades de TI de 2023, da TechTarget 41% das organizações de saúde globais aumentaram seus investimentos em tecnologia em 2023.

A pesquisa reforça a necessidade do setor em apoiar-se em ferramentas inteligentes que proporcionem um atendimento mais eficiente, ágil e de qualidade. Neste sentido, à medida que a inovação ganha espaço, é preciso que os profissionais estejam munidos e preparados com informações confiáveis para aproveitar da melhor maneira os múltiplos benefícios resultantes da digitalização na saúde.

Desta forma, em meio ao atual cenário em que cada vez mais empresas e pessoas, seja no ambiente pessoal ou profissional, recorrem às tecnologias para auxiliar em tarefas ou consultar quaisquer tipos de informações, é necessário que os profissionais de saúde tenham acesso a soluções avançadas e que contem com informações baseadas em evidências, como as ferramentas de suporte à decisão clínica (SDC).

Para se ter uma visão mais clara das aplicações referentes a essa solução, imagine que eventualmente o médico se depare com uma situação inédita que desperte dúvidas sobre como seguir com o atendimento. Nesses momentos, contar com o auxílio de colegas, livros didáticos, periódicos ou softwares desatualizados pode ser arriscado não apenas para a segurança do paciente, mas também para a reputação do médico e da instituição.

Em contrapartida, com as informações baseadas em evidências e atualizadas pelos especialistas mais conceituados do mundo, o profissional poderá sanar quaisquer questionamentos e, assim, indicar diagnósticos e prescrições de medicamentos precisos, bem como solicitar exames mais rapidamente, protegendo o paciente e eliminando custos desnecessários para operadores de saúde.

Lidando com a escassez de profissionais e o burnout na saúde

A escassez e o esgotamento clínico dos profissionais também são temas importantes que o setor tem enfrentado nos últimos anos. De acordo com a pesquisa Saúde Mental do Médico, realizada pelo Research Center da Afya, 62% dos médicos brasileiros já apresentaram quadros de Síndrome de Burnout durante suas carreiras.

Além disso, um levantamento da Organização Mundial da Saúde (OMS) e divulgado pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) indica que, até 2030, espera-se um déficit de 600 mil profissionais de saúde na América Latina e no Caribe (ALC). O impacto desses dois cenários para o sistema de saúde é preocupante, principalmente, pela possibilidade de sobrecarregar as organizações.

Isso pode ocasionar inúmeras falhas no atendimento, como erros de prescrições, complicações cirúrgicas, além de desperdício de recursos.  E, diante desse desafio, o uso de tecnologias de ponta torna-se ainda mais imprescindível na rotina hospitalar, ao provocar fluxos de trabalho mais eficientes e simplificados.

Em tese, o segmento ainda enfrenta diversas barreiras relacionadas ao aprimoramento dos serviços.  Entretanto, em sinergia com o avanço da transformação digital na saúde, o setor caminha promissoramente no sentido de mudanças expressivas que aprimorem a jornada do cuidado e garantam a seguridade necessária aos pacientes e profissionais da área.

*Christian Cella é vice-presidente, para o mercado internacional, da unidade de Efetividade Clínica da Wolters Kluwer Health

Aviso: A opinião apresentada neste artigo é de responsabilidade de seu autor e não da ABES – Associação Brasileira das Empresas de Software

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