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Cidades inteligentes caminham junto com a sustentabilidade e buscam utilizar a tecnologia e a inovação como ferramentas para melhorar a qualidade de vida dos seus habitantes, promover o desenvolvimento econômico e reduzir os impactos ambientais. Para debater a questão, a 13ª edição da ABES CONFERENCE, realizada em São Paulo no dia 06 de novembro de 2023, reuniu importantes especialistas na mesa redonda Cidades Inteligentes – Dados e Tecnologia em Favor da CidadaniaUm evento híbrido e gratuito, a conferência teve como tema central “O Futuro Digital e a Reinvenção do Agora e debateu vários assuntos, tais como o ecossistema de inovação, inteligência artificial, o futuro do trabalho, fomento à inovação e sustentabilidade. Contou com patrocínio da ApexBrasil, TOTVS, AWS, Prosper Tech Talents, Caesbra, NIC.br e SND Distribuidora.

Aquele que não estiver conectado não tem como se comunicar. O governo percebeu rapidamente que teria que estar mais próximo do cidadão e que o uso de tecnologias seria benéfico neste sentido. E a conectividade é um empoderamento para os dois lados. Porém, isso só terá sucesso se houver transparência, engajamento e participação das duas partes”, comentou Susanna Marchionni, CEO da Planet Smart City no Brasil. As cidades inteligentes devem integrar a tecnologia em todas as esferas da vida urbana, desde a infraestrutura até os serviços públicos, além de fomentar a participação cidadã. Elas precisarão adotar uma abordagem planejada e estratégica, utilizando soluções digitais para resolver problemas reais e melhorar a eficiência dos serviços prestados. Uma cidade inteligente e sustentável precisa ser caracterizada pela governança colaborativa e pela participação dos cidadãos na tomada de decisões. Elas precisam envolver os moradores e as partes interessadas locais no processo de planejamento e implementação de projetos, garantindo que as necessidades e os interesses de todos sejam considerados.

No que tange ao uso de novas tecnologias, Paula Faria, CEO da Necta, empresa organizadora de eventos sobre Cidades Inteligentes, Mobilidade e Transporte Aéreo, comentou que, segundo o governo federal, o avanço no uso de recursos tecnológicos pelo poder público deu um salto equivalente a quatro anos em decorrência da crise sanitária mundial. “As melhores soluções para isso foram aquelas que combinaram tecnologia, a otimização dos recursos existentes e as demandas dos cidadãos. Isto é, cidades que desenvolveram ou adotaram diferentes ferramentas para atender com mais qualidade seus habitantes, trazendo agilidade, segurança e transparência para as políticas públicas”, comentou Paula.

Paulo Pandolfi, Cofundador e Diretor do Colab, destacou o desafio de aumentar a digitalização durante a pandemia da Covid-19, que impulsionou o “atendimento público de forma nunca vista antes, principalmente no que se refere à questão do agendamento das vacinas. Neste ponto o governo precisou dar uma resposta, que veio na aproximação dele com os habitantes, que se apoderaram e exerceram o seu direito de cidadania. Este foi um dos fatores que mudou a visão do gestor público e alavancou a aproximação com o cidadão”.

Além disso, as cidades inteligentes necessitam promover o letramento digital, ou seja, a capacidade das pessoas de utilizar as tecnologias da informação e comunicação de forma eficaz. Isso é fundamental para garantir que todos os cidadãos possam se beneficiar das oportunidades oferecidas pela transformação digital. No entanto, é importante ressaltar que a implementação de uma cidade inteligente enfrenta desafios e complexidades, como a proteção dos dados pessoais e a garantia da segurança cibernética. “Essas questões devem ser abordadas de forma a garantir a privacidade e a confidencialidade das informações dos cidadãos, bem como a segurança das infraestruturas tecnológicas”, pontuou Camila Murta, Líder do Comitê de Compras Públicas da ABES e moderadora da mesa redonda.

Em resumo, as cidades inteligentes são aquelas que adotam uma abordagem sustentável, inovadora e conectada em rede, utilizando a tecnologia para promover o desenvolvimento econômico e social, reduzir as desigualdades e melhorar a qualidade de vida de todos os seus habitantes.

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