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*Por Antonio Wrobleski

De acordo com pesquisa da Transparency Market Research, o mercado global de logística pode movimentar até 92 bilhões de toneladas de mercadorias neste ano (R$ 15,5 trilhões). Logística é o agora. Mas, mesmo com esse cenário, é necessário pontuar algo que já vem se desenhando com muita proeminência nos últimos tempos: a logística no Brasil enfrenta vários desafios devido ao vasto território do país, infraestrutura complexa, questões regulatórias e fatores econômicos. Desafios, os quais, se não olhados, impactam diretamente, na lucratividade das empresas.

Caso ainda não tenham sido percebidos, o que já é, por si só um ponto de atenção, aqui estão alguns dos principais desafios enfrentados no território nacional, principalmente em transportes intermodais:

Infraestrutura: rodovias, ferrovias, portos e aeroportos, que requerem melhorias significativas. Muitas regiões carecem de redes de transporte adequadas, com conectividade limitada e custos de transporte mais altos. As más condições das estradas, o congestionamento e a pouca capacidade dos portos podem levar a atrasos e ineficiências.

Tamanho geográfico e diversidade: somos o quinto maior país do mundo, com uma geografia diversificada e terrenos desafiadores. Transportar é um desafio, o que torna obrigatório contar com quem entende do assunto e modais especializados. Caso contrário, o resultado é: mais custos e logística complexa.

Ambiente regulatório: regulações difíceis e burocracia dificultam operações. E, nesse sentido, estão procedimentos alfandegários, requisitos de licenciamento e leis trabalhistas rígidas, que acarretam atrasos e encargos administrativos. Além de impostos e taxas de importação que impactam diretamente nos custos.

Segurança: roubo de cargas, essencialmente em rodovias, é um problema comum enfrentado pelas empresas de logística. Isso não apenas leva a perdas financeiras, mas também interrompe as cadeias de suprimentos e aumenta os custos de seguro.

Altos custos logísticos: os custos logísticos no Brasil tendem a ser altos em comparação com outros países. Esses custos podem ser atribuídos a fatores como os desafios mencionados acima, altos preços de combustível, custos trabalhistas e sistemas de transporte ineficientes. Esses custos mais altos podem impactar a competitividade das empresas brasileiras tanto no mercado interno quanto no internacional.

Adoção tecnológica limitada: mesmo com o avanço dos últimos anos, a adoção de tecnologias logísticas avançadas, como sistemas de gerenciamento da cadeia de suprimentos, rastreamento por GPS e automação de armazéns, ainda é relativamente baixa no Brasil. A falta de integração tecnológica e operações logísticas baseadas em dados podem levar a ineficiências e menor produtividade.

É possível perceber um movimento para reverter todos esses pontos negativos relacionados à logística intermodal, principalmente com a ascensão de marketplaces e de uma parcela de clientes que anseia por entregas cada vez mais rápidas e baratas (herança de uma sociedade pós-pandemia de Covid-19). É inegável que a pandemia, dentre outras várias modificações, acelerou o que já estava acontecendo em ritmo frenético: a transformação digital. Parece piegas falar em transformação digital em um mundo já extremamente digital no qual vivemos, mas é preciso dar atenção a esse fenômeno, porque é dele que se originam diversas outras modificações na relação com o cliente.

Investimentos em infraestrutura, reformas regulatórias e promoção de parcerias público-privadas já estão sendo colocadas em prática. No entanto, apesar disso, o que pode ser feito na sua realidade, especificamente? Simples: investir em quem possui expertise e contribui para a operação do cliente.

De acordo com pesquisa realizada pela McKinsey, que contou com 124 empresas de grande e médio porte em diversos setores, a maioria das organizações analisadas possuem gargalos em quatro práticas essenciais da transformação digital. Entre os pontos de destaque, e que precisam ser investidos, estão um roadmap específico, que sirva de base para uma análise eficiente de resultados; dados e analytics, com informações que favorecem tomadas de decisões assertivas; talentos, ou seja, uma equipe preparada; e mentalidade voltada a dados, para um desenvolvimento cada vez mais estratégico.

Iniciativas como essa já estão completamente entrelaçadas no fazer logístico da BBM, durante toda a cadeia de transporte, a fim de continuar assegurando qualidade, saúde, segurança, mitigando riscos e doenças, preservando o meio ambiente, reduzindo os impactos aos recursos naturais e fazendo as melhores escolhas para diminuir o tempo e aumentar o lucro das operações de clientes, inclusive, no agronegócio, levando em conta as necessidades do segmento e oferecendo rapidez nas operações durante  todo o processo, da colheita à entrega.

Assim, toda essa estratégia adotada pela BBM se diferencia em alguns pilares: serviços especializados, adaptados a setores específicos; integração de tecnologia, com sistemas logísticos avançados, ferramentas de ponta para gerenciamento da cadeia de suprimentos; atendimento ao cliente e capacidade de resposta, com resolução rápida de problemas e soluções personalizadas; sustentabilidade e iniciativas verdes, com a implementação de práticas ecologicamente corretas, mostrando compromisso com a responsabilidade ambiental; serviços de valor agregado, com soluções abrangentes que vão além da logística tradicional; e reputação e experiência no setor, comprovadas com certificações, prêmios e depoimentos que mostram clientes satisfeitos ao longo dos anos.

* Antonio Wrobleski é presidente da BBM Logística, sócio e conselheiro da Pathfind. Engenheiro com MBA na NYU (New York University) e também sócio da Awro Logística e Participações. Ele foi presidente da Ryder no Brasil de 1996 até 2008. Em 2009 montou a AWRO Logística e Participações, com foco em M&A e consolidação de plataformas no Brasil. Foi Country Manager na DHL e Diretor Executivo na Hertz. O trabalho de Antonio Wrobleski tem exposição muito grande no mercado Internacional, com trabalhos em mais de 15 países tanto no trade de importação como de exportação. Além disso, ele é faixa preta em Jiu-jítsu há 13 anos e pratica o esporte há 30 anos.

Aviso: A opinião apresentada neste artigo é de responsabilidade de seu autor e não da ABES – Associação Brasileira das Empresas de Software

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