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*Por Marcelo Murilo

A conjunção entre sustentabilidade e inovação tecnológica define o novo paradigma no qual as empresas operam, sendo as práticas de Environmental, Social, and Governance (ESG) um pilar fundamental para a longevidade empresarial. Segundo o ESG Radar 2023, que mensura o impacto ESG nas companhias, 90% dos executivos consideram que adotar práticas sociais, ambientais e de governança dentro das corporações traz retorno financeiro positivo. Além disso, entre os entrevistados, quase 30% afirmam observar um crescimento considerável nos lucros.

Nesse cenário, os Sistemas de Planejamento de Recursos Empresariais (ERPs) ascendem como ferramentas indispensáveis, traduzindo os princípios ESG em ações concretas e mensuráveis que potencializam tanto a responsabilidade socioambiental quanto o sucesso financeiro das organizações.

ESG e ERPs: Uma poderosa aliança para amplificar o impacto ESG nas empresas

A adoção de práticas ESG robustas transcende a conformidade regulatória, respondendo a uma demanda de mercado por transparência, responsabilidade e sustentabilidade. Este movimento reflete não apenas uma necessidade ética, mas uma estratégia empresarial alinhada às expectativas de consumidores, talentos e investidores. Os ERPs emergem como catalisadores cruciais nesse contexto, habilitando empresas a equilibrar de maneira eficaz a responsabilidade socioambiental com o sucesso financeiro.

O equilíbrio entre ESG e resultados financeiros destaca-se como um diferencial estratégico. Empresas que incorporam práticas ambientais, sociais e de governança em seu modelo de negócios não apenas atendem às expectativas de um mercado cada vez mais consciente, mas também se beneficiam de uma redução nos custos operacionais, acesso a novos mercados, melhoria da competitividade, fortalecimento da marca e fidelização de clientes, além de uma gestão de riscos aprimorada.

Os softwares de gestão empresarial desempenham um papel vital nesse processo de equilíbrio, fornecendo as ferramentas necessárias para coletar, analisar e reportar dados relacionados a ESG de maneira eficiente e transparente. No âmbito ambiental, esses sistemas facilitam a gestão ao monitorar o consumo de recursos, como energia e água, a geração de resíduos e as emissões de gases de efeito estufa. Além disso, contribuem para o desenvolvimento de produtos mais sustentáveis, alinhando o ciclo de vida dos produtos com objetivos de sustentabilidade.

Na dimensão social, os ERPs ajudam a monitorar e gerenciar aspectos como saúde e segurança no trabalho, diversidade e inclusão, engajamento e satisfação dos funcionários, e impacto na comunidade local. Eles fornecem uma visão clara do ambiente interno da empresa e de suas relações com stakeholders externos, facilitando a implementação de políticas de responsabilidade social corporativa (RSC) e a comunicação transparente de ações e resultados.

No que tange à governança, promovem a transparência, mitigam riscos e fortalecem a conformidade regulatória. Através da centralização de dados e da automação de processos, esses sistemas oferecem uma base sólida para a tomada de decisões informadas, a gestão de riscos e a auditoria interna, garantindo que as práticas de governança estejam alinhadas aos valores da empresa.

Estudos de caso e aplicações práticas ilustram como esses sistemas podem ser implementados para otimizar a gestão ESG e impulsionar o sucesso empresarial. Desde a otimização de recursos e redução de emissões até a promoção da diversidade e inclusão, fortalecimento da governança e conformidade, e geração de impacto social positivo, esses exemplos demonstram a versatilidade e o poder dos Sistemas de Planejamento de Recursos Empresariais em apoiar uma ampla gama de iniciativas sustentáveis.

A importância de uma adoção bem-sucedida de ERPs nas companhias

Para uma implementação eficaz de ERPs com foco em ESG, as empresas devem seguir recomendações chave, como avaliação e planejamento detalhados, escolha de um sistema adequado, integração e personalização, treinamento e engajamento dos funcionários, monitoramento e ajustes contínuos, além de comunicação transparente e relatórios de sustentabilidade.

Nesse contexto, é crucial que os novos sistemas de gestão que apoiam essa jornada também incorporem recursos modernos, como interfaces conversacionais, geração de insights e assistentes digitais. Esses recursos aprimoram a experiência do usuário, tornando a interação com o sistema mais intuitiva e acessível.

A geração de insights através da análise avançada de dados auxilia os usuários a identificarem problemas e oportunidades que poderiam passar despercebidos, permitindo uma tomada de decisão mais embasada e proativa. Os assistentes digitais, por sua vez, oferecem suporte personalizado e em tempo real, esclarecendo dúvidas, fornecendo orientações e automatizando tarefas rotineiras.

A integração entre ERPs e práticas ESG representa uma evolução significativa na maneira como as empresas abordam a sustentabilidade e o sucesso financeiro. Essa sinergia entre tecnologia e responsabilidade socioambiental fortalece a capacidade das organizações de responderem às demandas contemporâneas por operações mais sustentáveis, abrindo caminhos para inovação, eficiência operacional e vantagens competitivas duradouras.

A adoção de softwares de gestão empresarial com foco em ESG ainda reflete uma compreensão profunda de que a verdadeira prosperidade empresarial reside na harmonia entre operações sustentáveis e desempenho financeiro. Essa abordagem não apenas atende às exigências do presente, mas também prepara as organizações para os desafios e oportunidades do futuro, assegurando que permaneçam relevantes, resilientes e bem-sucedidas em um mundo em constante evolução.

À medida que a tecnologia continua a avançar, os ERPs se tornam ainda mais indispensáveis em proporcionar o impacto ESG, oferecendo soluções inovadoras e insights valiosos para impulsionar a sustentabilidade e o sucesso financeiro das empresas.

*Marcelo Murilo é Co-Fundador e VP de Inovação do Grupo Benner, empresa que oferece softwares de gestão empresarial e serviços tecnológicos para revolucionar e simplificar os negócios.

Aviso: A opinião apresentada neste artigo é de responsabilidade de seu autor e não da ABES – Associação Brasileira das Empresas de Software

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