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Por Marcelo Coletta*

Quem trabalha com tecnologia certamente já teve a impressão de que as coisas estão mudando cada vez mais rapidamente. Para 80% dos mais de 1.200 profissionais e executivos que participaram do Perform Brasil 2018, o maior evento de Performance Digital do País, a realidade é exatamente essa. Eles se veem diariamente em contato com ações de transformação digital em seus negócios. Mas o que este movimento significa para as empresas?

A primeira consequência é o surgimento de ambientes mais dinâmicos e difíceis de controlar. Afinal de contas, ao mesmo tempo em que a transformação digital representa novas oportunidades de negócios, as inovações também estão acrescentando uma série de desafios dentro das operações, obrigando as empresas a gerenciarem e entenderem de um ambiente sempre em mudança e cada vez mais abrangente.

Não por acaso, levantamentos do Gartner indicam que as maiores companhias globais estão em um processo contínuo de transformação de suas estruturas e sistemas de TI. O ponto em questão, no entanto, é que a implantação de novas tecnologias transforma as estruturas das empresas em ambientes extremamente complexos, que precisam de ferramentas para completo monitoramento e gestão automática de performance de todas as aplicações.

Vale ressaltar que esse cenário é especialmente importante com a ascensão da Computação em Nuvem. Na pesquisa realizada durante o Perform Brasil, observamos que mais de 65% dos líderes de TI têm planos para ampliar seus investimentos em soluções baseadas em Cloud Computing em curto e médio prazo. O que essas companhias buscam, em resumo, é a maior agilidade e economia gerada por ambientes mais flexíveis e móveis. Diferente de uma estrutura local tradicional, que depende de investimento em equipamentos, espaço e manutenção, os servidores em Nuvem de fato têm se mostrado como uma oportunidade que agrega maior capacidade de expansão e disponibilidade de acesso às companhias – mesmo estando fisicamente fora do escritório.

As aplicações em Nuvem não são o único ponto que merece atenção nesse cenário. À medida que as ações digitais amadureçam dentro das empresas, é esperado que a demanda por soluções inteligentes também cresça substancialmente. A Inteligência Artificial (IA), por exemplo, deverá ser cada vez mais presente com o avanço das redes conectadas, com a Internet das Coisas (IoT), e a ascensão de novas formas de relacionamento com clientes, em ofertas baseadas em chatbots e assistentes virtuais.

Os líderes de TI estão diante de um cenário novo, no qual saber como lidar com maiores volumes de dados e com a necessidade de encontrar mecanismos para o gerenciamento inteligente de seus ecossistemas é imprescindível. Isso quer dizer controlar um ambiente em expansão contínua e a necessidade de se adotar recursos que garantam a capacidade de prever, mapear e identificar a causa raiz dos problemas, preferencialmente antecipando possíveis falhas ou imprevistos na rede.

No momento atual, totalmente hiperconectado e basicamente todo baseado em Nuvem, as velhas concepções e planos de monitoramento e gestão estão perdendo espaço e eficiência prática. Quanto mais as organizações reforçam seus ambientes de TI com novas tecnologias e serviços, maior será o desafio de organizar, escalonar e extrair o real valor das soluções e dados de forma completa e integrada.

Isso porque a ascensão das ferramentas digitais tem provocado um grande deslocamento e descentralização das informações, aumentando a complexidade para o gerenciamento das redes e infraestruturas de TI nas organizações. Com os dados mais dispersos e espalhados em diferentes espaços e formatos, manter a conformidade e a unidade dos registros se torna um ponto importante e especialmente desafiador para todas as empresas.

Para gerar melhores resultados, as empresas precisam entender a fundo as opções entregues por cada uma das novas plataformas de TI e, mais do que isso, contar com soluções que permitam obter a melhor maneira de integrar e tornar essas inovações realmente assertivas, do ponto de vista de retorno do investimento.

Inovar por inovar não é a solução efetiva para nenhum negócio. As opções são apresentadas pelo mercado, mas são as empresas que precisam avaliar quais são as inovações verdadeiramente indicadas e como esses recursos poderão agregar maior destaque e eficiência a suas operações. As cartas estão na mesa, ou em alguma Nuvem, mas é essencial que os líderes e especialistas trabalhem para conseguir entender todas as possibilidades, usando a tecnologia como um aliado real dos negócios.

*Marcelo Coletta é Sales Engineering Leader da Dynatrace

Aviso: A opinião apresentada neste artigo é de responsabilidade de seu autor e não da ABES – Associação Brasileira das Empresas de Software

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