*Por Ricardo Recchi e Alex Santos
Segundo a pesquisa realizada pela Ituran com dados oficiais da Secretaria de Segurança Pública do governo paulista, nos seis primeiros meses de 2022, os roubos e furtos de carros aumentaram 22,7% em comparação com o mesmo período de 2021. Além disso, os seguros de automóveis também registraram alta de 25,74% em julho deste ano, comparada ao mesmo período de 2021, de acordo com o Índice Neurotech de Demanda de Seguros (INDS).
Essa crescente foi impulsionada principalmente pela flexibilização da quarentena causada pela pandemia da Covid-19 e o retorno da população às ruas, aumentando a quantidade de veículos nas vias. Diante desse cenário, a busca por serviços de rastreamento veicular, que viabilizam a recuperação dos veículos de uma forma mais rápida e segura, também se intensificou e, como forma de aprimorar seus serviços, as empresas do setor têm buscado mais governança em seus negócios.
Nesse sentido, o diferencial passou a ser a busca por controles sistêmicos que disponibilizem informações internas e de gestão corporativa, e não apenas dados da rotina do negócio, como alertas de velocidade, histórico de posições ou bloqueio dos veículos, processos que são comuns nessas companhias. Essa gestão integrada é traduzida na adoção de ERPs (Enterprise Resource Planning) especializados no rastreamento veicular. Uma saída são os softwares desenvolvidos em Low-Code, que podem ter recursos específicos focados nas principais necessidades deste setor e que não são contemplados em sistemas tradicionais de mercado. Ou seja, são sistemas que vão muito além da entrega do serviço principal – a localização do veículo, na verdade, eles avançam para enfrentar as dificuldades do dia a dia que a gestão de toda empresa passa.
Na área financeira, por exemplo, existe a capacidade de emitir boletos, cobrar com cartão de crédito, fazer conciliação bancária, enviar arquivos de remessa para contas a pagar de forma automática, controlar a cobrança de faturas inadimplente, criar acordos com geração de boletos etc.
Já na gestão corporativa é possível controlar ações judiciais e multas, fazer a gestão de solicitações internas, utilizar o comunicador interno, enviar a e-mail de forma automática e integrar com ferramentas de assinatura digital, entre outras funcionalidades.
Diante dos exemplos elencados, fica claro que, com o sistema de gestão integrado, é possível conectar todos os dados e processos, corporativos e específicos, em uma única plataforma, suportando o crescimento dessas organizações. E, caso seja necessário realizar desenvolvimentos particulares à empresa e às demandas e atualizações de mercado, o ERP baseado em Low-Code apoia essa evolução por meio da Inteligência Artificial, proporcionando mais agilidade e melhores experiências às novas aplicações.
Outra vantagem do Low-Code é a conexão com os sensores IoT (em português, Internet das Coisas) para o rastreio dos veículos e, consequentemente, o envio dos dados captados para a nuvem, o que possibilita administrar o negócio em tempo real e com integrações nos demais dados do ERP. Ou seja, mais informações assertivas e no tempo certo para a tomada de decisão.
Como vimos, as empresas de rastreamento veicular podem ter acesso a processos que permitem um crescimento organizado e sustentável do negócio. Adotar um ERP especializado garante esse objetivo, assim como pode apoiar o combate aos roubos e furtos de carros com mais agilidade.
*Ricardo Recchi é country manager da GeneXus Brasil, Portugal e Cabo Verde. A empresa faz parte do Grupo Globant e é precursora em plataformas Low-Code que simplificam o desenvolvimento e a evolução de softwares por meio da automatização.
*Alex Santos é CEO da Dwith, desenvolvedora de ERPs em Low-Code e que são especializados em rastreamento veicular e associação de proteção veicular.
Aviso: A opinião apresentada neste artigo é de responsabilidade de seu autor e não da ABES – Associação Brasileira das Empresas de Software