Brasil lidera ranking de países com maior taxa de violação de dados, segundo estudo
*Por Waldir Bertolino
Você deve conhecer alguém que já foi vítima de fraude digital. Provavelmente, você mesmo pode ter tido uma péssima experiência com violação dos seus dados pessoais. Não há como esquecer o vazamento de dados do Facebook, em 2018, que atingiu cerca de 30 milhões de usuários no mundo inteiro. À medida que o cenário de ataques cibernéticos prolifera, seja pelo celular, tablets ou até links falsos que chegam pelo e-mail, a maneira como os criminosos conseguem encontrar brechas de segurança em ambientes digitais fica cada vez mais sofisticada. Mas, além das pessoas, as empresas também estão vulneráveis ao risco à fraude e os custos são altíssimos.
Segundo o estudo “Cost of a Data Breach 2022”, e divulgado pela IBM, 83% das organizações em todo o mundo já foram impactadas por um vazamento de dados desde o início de suas operações. Enquanto isso, o país com a taxa de crescimento de violação de dados mais rápida nos últimos anos foi o Brasil, custando em média R$ 7 milhões, o que representa um aumento de 27,8% na comparação com o ano passado.
No entanto, os custos são menores se comparado com os prejuízos em termos de reputação e imagem para a marca. Isso porque o mundo corporativo de hoje caminha a passos acelerados para um formato de negócios mais aberto e conectado, onde a troca de informações dentro de um ecossistema que contempla fornecedores e parceiros é cada vez mais necessária para garantir o sucesso dos negócios. Por outro lado, manter uma rede de dados segura se tornou ainda mais difícil.
Segurança na nuvem
Uma das alternativas para superar esse desafio é migrar a gestão dos negócios para um software na nuvem. A tecnologia cloud oferece protocolos de segurança que garantem que os dados sejam armazenados e manipulados com a maior confiança possível. Os principais provedores de cloud computing do mundo possuem recursos de proteção ultra modernos, como autenticação, controle de acesso e criptografia, que evitam o compartilhamento ou vazamento das informações sem autorização.
A mudança para um provedor cloud pode permitir que uma organização isole e proteja dados valiosos em suas redes internas. Isso é uma vantagem grande, justamente porque mantém as informações protegidas de usuários externos, que nunca precisarão se conectar à rede interna da organização, evitando maiores riscos de vulnerabilidade para a companhia.
Aliado da LGPD
A computação na nuvem serve também para ajudar as empresas nas adequações impostas pela Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Ao utilizar os serviços de cloud computing, as companhias poderão contar com soluções tecnológicas que permitem detectar e evitar os mais diversos tipos de golpes. Assim, as empresas garantem a preservação total dos seus dados, pois mesmo que eles sejam interceptados por criminosos, estarão indisponíveis para terceiros.
Como uma verdadeira aliada da LGPD, a nuvem será importante para eliminar qualquer chance de violação de dados da sua empresa, reduzindo os prejuízos com multas e sanções pelo descumprimento da nova lei, que podem custar até 2% do faturamento da organização, limitada a R$ 50 milhões por infração.
A nuvem, como vimos, possui poderosos e confiáveis mecanismos de segurança que mitigam o risco de vulnerabilidade sobre os dados da sua empresa. Por isso, reforço que uma boa estratégia de segurança precisa ir além do básico “onde está o dado” e deve promover uma nova abordagem Zero Trust baseada em uma infraestrutura de TI realmente comprometida em garantir a continuidade dos negócios de modo seguro e livre de ameaças.
*Waldir Bertolino, Country Manager da Infor no Brasil
Aviso: A opinião apresentada neste artigo é de responsabilidade de seu autor e não da ABES – Associação Brasileira das Empresas de Software