*Por Jean Paul Vieira
Participo de muitos eventos corporativos como palestrante, e também como espectador, e o que venho notando nesse contato com o mercado é a preocupação constante com a experiência do consumidor no e-commerce, negócio que vem crescendo exponencialmente nos últimos anos.
Dados da Neotrust mostram que o comércio digital movimentou cerca de 39,6 bilhões de reais somente nos primeiros meses de 2022, o que indica que cada vez mais pessoas se tornam compradores virtuais.
Quando olhando para o B2B o crescimento também se mantém. No Relatório de Evolução do Comércio Eletrônico entre Empresas (B2B) de 2021, divulgado pela Amazon Business, em 2021, 85% dos compradores afirmaram que cresceu a participação das empresas no ambiente digital e 91% dos profissionais relataram que em sua maioria estão optando por compras on-line.
Mas, muitas empresas ainda seguem se adaptando a esta realidade, e estudando este cenário online que se torna cada vez mais competitivo. De acordo com o Gartner, até 2026, 65% das organizações de vendas B2B farão a transição da tomada de decisão baseada em dados ou data-driven, usando tecnologia que une fluxo de trabalho, dados e análise.
Acompanhando essa movimentação, fica evidente o quanto é crucial a busca por ferramentas e recursos inovadores que possam proporcionar a nós gestores, o maior entendimento das ações do nosso público-alvo, visualizando as movimentações de mercado e realizando toda a gestão dos negócios com base em informações verdadeiras e confiáveis.
Em um cenário de mudanças tão ágeis, como é o que ocorre no e-commerce hoje, usar a tecnologia para levantar dados, cruzando informações importantes para o conhecimento dos negócios, é o que chamamos de gestão orientada por dados.
Data driven
Segundo um estudo da revista Harvard Business Review, realizado com mil empresas da lista da Fortune, a implementação de uma cultura data driven reduziu os custos de cerca de 48,8% dos negócios avaliados. Esses insights fornecidos por plataformas de cruzamento de dados são importantes na preparação e criação de estratégias de marketing que serão mais bem aproveitadas no atual cenário da empresa e do setor em que o negócio opera.
Nesse sentido, ações como, acompanhar a concorrência e ter uma base de dados e insights que facilitam o entendimento do próprio negócio, podem ser importantes para quem realiza a gestão de negócio em ambiente online.
Tão importante quanto investir em tecnologia para obter esses dados, é saber “pilotar” recursos e softwares, entendendo na prática como essas soluções tecnológicas podem trazer maior competitividade, eficiência e crescimento para qualquer negócio.
Tecnologia
Recursos como o CRM – tecnologia para gestão de relacionamento com o cliente – ou até mesmo o ERP – plataforma de gestão empresarial – viabilizam o acesso a dados, e oferecem uma visão privilegiada e eficiente de um grande volume de informações, permitindo muitas vezes cruzar dados de forma estratégica, ajudando gestores na tomada de decisões.
Tomada de decisão & experiência do cliente
Se por um lado a cultura Data Driven nos viabiliza atuar com a coleta de grande volume de dados que, ao serem analisados e interpretados, viram informação altamente relevante, podemos dizer também que essas informações colaboram para que possamos ser mais assertivos no atendimento aos nossos clientes.
Uma justificativa que explica o crescimento do B2B no e-commerce, já que escolha deste público está ligada a benefícios como suporte imediato e apoio personalizado de maneira prática e acessível.
Sendo assim, a experiência das empresas que compram com nossas empresas pode ser potencializada com tecnologia e data driven, uma vez que essa união torna mais viável trabalhar com um portfólio cada vez mais diversificado e inovador dentro das necessidades da atualidade.
Ao compreender mais sobre meu cliente, sou mais assertivo. Ao ser mais assertivo, também sou capaz de vender mais. Uma percepção que apesar de óbvia para muitos, é extremamente atual e necessária. Essa é uma lacuna de oportunidades que pede relacionamento e confiança, e que traz uma janela de possibilidades em âmbito mundial. Afinal, não é isso que o mundo online nos propõe?
Jean Paul Vieira, Diretor de Marketing e Produto na Senior Sistemas
Aviso: A opinião apresentada neste artigo é de responsabilidade de seu autor e não da ABES – Associação Brasileira das Empresas de Software