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Por Adriano Vieira, presidente da Compusoftware Solutions & Reseller

 

A indústria brasileira enfrenta um ano difícil, sem grandes perspectivas de crescimento em médio ou curto prazo. Com o mercado em baixa, os processos que otimizam investimentos e minimizam riscos têm chamado cada vez mais a atenção dos empresários. Muitas companhias passaram a investir, por exemplo, em programas como a Gestão de Ativos de Software, dado seu impacto no planejamento de uma corporação.
 
Ao adotar uma política de gerenciamento, a empresa tem a possibilidade de melhorar uma série de processos e as vantagens vão além da redução de custos. Com a metodologia, aprimora-se a segurança e a conformidade, pode-se prever futuras necessidades de software, automatizar processos manuais para maior eficiência e preparar-se para atualizações de tecnologia. Trata-se de uma prática na qual todos os departamentos da empresa ganham, desde a TI até a Diretoria. 
 
Para adotar a Gestão de Ativos, o primeiro passo é fazer um inventário de todos os softwares implantados – seja manualmente (no caso das PMEs) ou por meio de ferramentas automáticas. Com o resultado em mãos, o cliente pode comparar os programas que de fato têm com as licenças atuais da empresa, verificando se os contratos englobam todos os títulos e as versões listadas.
 
Essa etapa é essencial para identificar uma cópia falsificada ou a utilização inadequada de uma licença – duas ações que configuram a pirataria de software. Tais práticas podem trazer penalidades civis e jurídicas à corporação, com pagamento de indenização e penas de prisão (que podem chegar a até quatro anos). Além de expor negativamente a marca no mercado e trazer prejuízos financeiros, a pirataria também torna a companhia vulnerável a crimes cibernéticos, provocados pela infecção de vírus, malwares e, até mesmo, roubo de dados.
 
Após comparar o inventário com os contratos, é importante revisar as políticas e os procedimentos relacionados ao ciclo de vida dos softwares e à regulamentação de governo. Pode-se determinar as versões que serão adotadas, quais programas serão permitidos e se será possível conectar dispositivos externos (como um pen drive) nos hardwares, entre outros direcionamentos. Dessa forma, o cliente consegue evitar futuros problemas de compliance, seja no ambiente externo (fabricantes e governo) ou interno (funcionários).
 
É imprescindível, ainda, que a empresa desenvolva um planejamento de Gestão de Ativos de Software que inclua inventários programados regularmente, treinamento dos colaboradores e verificações por amostragem. Através da metodologia SAM (Software Asset Management), por exemplo, a corporação pode conseguir uma economia de 5% a 35% em licenciamento no primeiro ano de implementação do projeto – segundo estatísticas da consultoria Gartner Group.
 
O mercado precisa se conscientizar de que o controle efetivo dos ativos de TI  oferece uma gestão eficiente da rede corporativa e promove a criação de regras transparentes para a rotina de trabalho. Em tempos de incertezas econômicas, o Software Asset Management deve ser uma das prioridades para quem lida com software e licenças, já que é uma ferramenta essencial para garantir a competitividade do negócio. Vale lembrar ainda que, quando uma empresa não administra adequadamente seus ativos, é inevitável o aumento dos custos, que acabam refletindo no preço final do produto ou serviço. De uma forma ou de outra, a conta sempre chega. Por que, então, não evitá-la?

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