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*Por Guilherme Araújo

A segurança cibernética é, atualmente, um dos temas mais importantes e urgentes no ambiente digital. Com o avanço tecnológico, a necessidade de investir em segurança vem crescendo ao longo do tempo, uma vez que temos um aumento na preocupação com a proteção de dados e de informações sensíveis. Quando falamos do mercado empresarial, é muito comum pensar em grandes companhias que lidam com alto volume de dados todos os dias, mas empresas menores muitas vezes correm mais riscos por não se protegerem corretamente, deixando os investimentos em cibersegurança em um segundo plano.

Pequenas e Médias Empresas, as PMEs, são uma importante força motriz na economia brasileira. De acordo com o Ministério da Economia, as PMEs respondem por 99% das quase 20 milhões de empresas que temos no Brasil. Juntas, elas são responsáveis por 27% do PIB brasileiro e respondem por 62% dos empregos com carteira assinada, segundo o Sebrae. Vivem o dilema da digitalização, ainda mais depois da pandemia, e sofrem uma enorme pressão por terem mais conectividade para estreitarem ainda mais os laços com seus clientes.

É comum que PMEs não se considerarem alvos potenciais de ataques, mas o cenário mostra uma realidade bem diferente, com pelo menos uma em cada quatro empresas vítimas de tentativas de invasões digitais. A cibersegurança é essencial para todos os tamanhos e segmentos de organizações, uma vez que todas usam tecnologia como a base de suas operações. Todas coletam e armazenam dados sensíveis, como informações dos clientes, registros pessoais e comerciais. Sem medidas adequadas para proteção cibernética, essas informações podem ser violadas, resultando em roubos de identidade, fraudes financeiras e danos à reputação empresarial.

Por incrível que pareça, o que poucas PMEs ainda não sabem é que as mais modernas tecnologias de proteção estão disponíveis também para empresas menores, trazendo a segurança antes acessível a grandes companhias para o seu universo. Portanto, não usar soluções de proteção é um enorme erro empresarial. A violação de dados pode levar à perda de confiança dos clientes e parceiros, além de expor a riscos jurídicos pela obrigatoriedade que todos temos diante da LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais). Ou seja, além da crise de imagem, não cumprir a lei pode resultar em multas significativas e expor a danos irreversíveis.

As soluções de proteção fazem monitoramento ininterrupto, 24 horas por dia, algo impossível de se ser realizado de maneira manual. Permitem restrição de acesso, configuração de alçadas conforme o cargo dos funcionários, assim como bloqueio automático de e-mails e links perigosos para bloquear ameaças antes que elas se tornem riscos reais. Acompanham o desempenho da rede e dos computadores analisando eventuais mudanças no volume de acesso e são capazes de criar barreiras de proteção (firewalls) que dificultam a invasão de hackers.

À medida que as ameaças digitais vão evoluindo, os recursos de segurança precisam ser cada vez mais complexos e sofisticados. Um dos pontos principais é a proteção de dados sensíveis, pois informações pessoais, financeiras e empresariais são alvos frequentes de criminosos cibernéticos, que, ao invadirem os sistemas podem causar prejuízos incalculáveis. Portanto, a segurança digital deve contemplar a proteção de sistemas computacionais, redes e dispositivos eletrônicos contra ameaças virtuais, como hackers, malware, phishing e ataques cibernéticos em geral.

Para garantir a segurança digital, é fundamental adotar medidas preventivas e protetivas que incluem o uso de firewalls, antivírus e programas de segurança em computadores, dispositivos e redes. Além disso, é necessário manter os sistemas em dia, pois as atualizações geralmente corrigem falhas que podem ser usadas para invasões. A conscientização e a educação dos funcionários também desempenham um papel crucial para que todos saibam os riscos envolvidos e a responsabilidade de cada um na proteção da empresa. Isso inclui o uso de senhas fortes, reconhecimento de links suspeitos e o cuidado ao compartilhar informações com terceiros. Deveria ser mandatório para todo tipo de empresa investir em medidas de monitoramento, implementar políticas de segurança e aplicar ações constantes de melhoria.

O mundo está cada vez mais conectado e a segurança cibernética é uma responsabilidade de todos. Proteger a privacidade, os dados e a infraestrutura inclusive de pequenas e médias empresas é um investimento baixo diante dos problemas que podem ser gerados diante de eventuais invasões. A segurança cibernética requer atenção, constância e monitoramento e, sem dúvida, a tecnologia é nosso melhor aliado para garantir uma jornada de trabalho tranquila e protegida.

*Guilherme Araújo, Diretor de Serviços da Blockbit

Aviso: A opinião apresentada neste artigo é de responsabilidade de seu autor e não da ABES – Associação Brasileira das Empresas de Software

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