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A cada dia a humanidade está usando tecnologias baseadas em Inteligência Artificial em um número crescente de sistemas e ferramentas, que muitas vezes está inserida ou não na rotina diária. Por exemplo: ler ou enviar mensagens por e-mail, dirigir um veículo autônomo ou semiautônomo. Ela pode reduzir a necessidade da presença humana em atividades de risco, monótonas e cansativas, liberando a pessoa para atividades menos perigosas e mais desafiadoras e estimulantes.

Ao mesmo tempo, a Inteligência Artificial pode aumentar riscos existentes e trazer novos. Para evitar tal situação, é necessário o desenvolvimento de novos algoritmos de Inteligência Artificial, ou seu uso de maneiras novas e inovadoras, levando em consideração questões éticas, sociais e legais. 

O debate sobre o assunto aconteceu na terceira mesa redonda que integrou a diversificada programação da edição 2022 da ABES CONFERENCE, organizada em parceria com o portal The Shift. O evento, gratuito e em formato híbrido, reuniu importantes especialistas internacionais e nacionais do ecossistema de inovação, inteligência artificial, transformação digital, machine learning, open innovation e futuro do trabalho, no dia 07 de novembro de 2022. A conferência teve patrocínio master da Amazon Web Services (AWS) e TOTVS.

Sob o tema “Perspectivas Globais e Melhores Práticas da IA responsável” e mediação de Eduardo Paranhos, líder do Grupo de Trabalho sobre IA da ABES, os participantes da mesa redonda deixaram claro que a confiança é fundamental para o avanço dos sistemas de IA e Machine Learning. É urgente garantir responsabilidade, ética e transparência das aplicações, by design, por meio de práticas corporativas e regulamentações que protejam a cidadania e os direitos individuais de todos.

Luke Gbedemah, jornalista inglês especializado em Inteligência Artificial e responsabilidade corporativa na Tortoise Media, comentou que a discussão sobre ética e responsabilidade é muito importante, pois os dados devem ter fatores comparáveis. Em sua fala, ao comentar que a economia brasileira é a maior da América Latina, Luke ponderou que o Brasil produz pesquisa de alta qualidade em Inteligência Artificial.

“A população brasileira é comprometida em IA open source e o número de pessoas interessadas na tecnologia é alto quando comparado aos seus vizinhos como Argentina e Chile. Apesar desses dados robustos, é preciso esclarecer que IA responsável é um padrão para garantir que a inteligência artificial seja segura, confiável e imparcial, garantindo que os modelos de IA e Machine Learning sejam robustos, explicáveis, éticos e eficientes”, destacou o jornalista.

De acordo com Ashley Casovan, Diretora Executiva do Responsible AI Institute, é preciso importante que o mercado ofereça programas de certificação e diretrizes para alavancar os princípios e as normas existentes para regular o uso responsável de inteligência artificial, principalmente no setor de gestão pública.

Miriam Wimmer, professora e pesquisadora, considera que estamos vivendo um momento global de reflexão do uso da IA e que há necessidade de múltiplas regulações. “Estamos prestes a ter um marco regulatório de IA. A tecnologia impacta cada vez mais a vida pública dos estados e a vida privada dos cidadãos. Não podemos olhar as abordagens estrangeiras, pois nosso cenário é muito diferente do que acontece lá. Aqui temos uma abordagem e posicionamento diferenciado e com objetivos específicos”.

Para Diogo Costa, presidente da ENAP (Escola Nacional de Administração Pública), o grande desafio está na capacitação de pessoas em Inteligência Artificial. “A tecnologia só é poderosa quando há pessoas que possam desenvolvê-la e adotá-la”, afirmou.

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