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*Por Deepak Mohan

1.Haverá mais deliberações sobre orçamentos de nuvem em 2023

De acordo com a pesquisa da Veritas, 94% das organizações estão gastando além do necessário em nuvem e estão ultrapassando seus orçamentos alocados em uma média de 43%. À medida em que a quantidade de dados continua a crescer ano após ano, o mesmo acontece com o custo de armazená-los na nuvem, o que torna ainda mais difícil a justificativa. Embora a maioria das empresas tenha realizado estratégias de negócios avançadas por meio da adoção da nuvem, os CEOs e os conselhos exigirão cada vez mais transparência em torno do ROI dos gastos na nuvem.

Com muitos economistas prevendo uma desaceleração contínua no próximo ano, é esperado que osos gastos excessivos com TI se intensifiquem ainda mais em 2023, o que pressionará os líderes de TI a justificar seus orçamentos de nuvem enquanto identificam novas maneiras de reduzir os volumes de dados. Isso pode levar a estratégias de gerenciamento e armazenamento de dados mais eficazes, como técnicas para frear a duplicidade e garantir um consumo de armazenamento reduzido.

2.Aplicativos com pouco código/sem código criarão problemas de conformidade

O desenvolvimento de aplicativos com baixo código/sem código tem sido fundamental para democratizar o desenvolvimento de aplicativos nas empresas. Em 2023, a adoção de baixo código /sem código se tornará popular e funcionários não técnicos (desenvolvedores não profissionais) em qualquer organização terão o poder de criar seu próprio aplicativo. Embora isso alivie significativamente a carga das equipes de TI, também criará um grande risco de conformidade para as organizações. Como os desenvolvedores não profissionais não têm a mesma experiência na implementação de segurança e privacidade, a maioria dos aplicativos que eles desenvolverem não será protegida adequadamente e as políticas de proteção podem ser aplicadas de forma imprecisa. Como resultado, as organizações não apenas enfrentarão problemas de conformidade, mas seus aplicativos também podem abrir novas vulnerabilidades para serem exploradas por agentes mal-intencionados.

3.Escassez da cadeia de suprimentos para pressionar os fornecedores de software

O software tem estado na vanguarda da inovação, com fornecedores entregando novas soluções rapidamente ao mercado. Porém, a falta de disponibilidade de hardware tornará isso um desafio em 2023. Restrições geopolíticas e escassez de chips impactaram severamente a cadeia de suprimentos – especialmente quando trata-se de entrega de hardware. Devido a esses atrasos e à incapacidade de fornecer a tempo, os clientes têm se esforçado para implementar software e hardware juntos para criar soluções funcionais. Para neutralizar esses problemas da cadeia de suprimentos em 2023, procure que os clientes adotem soluções e dispositivos baseados em nuvem — com hardware e software já agrupados — em vez de ter que gerenciar vários relacionamentos e esperar que o hardware chegue.

4.A mobilidade de dados entre nuvens se tornará predominante

Atualmente, mais de 75% das organizações usam vários serviços de nuvem pública. Embora existam inúmeros benefícios em uma estratégia multinuvem, como flexibilidade e agilidade, a interoperabilidade continua a ser um desafio para os gerentes de dados — não apenas é caro mover dados de nuvem para nuvem, mas também quando as nuvens não funcionam juntas de forma transparente, isso cria silos dentro de uma organização e pode gerar grandes vulnerabilidades de segurança. Para acompanhar o ritmo das ofertas de nuvem e atingir as metas de nuvem orientadas para os negócios, as empresas começarão a aproveitar soluções autônomas e de IA/ML para ajudar a mitigar os desafios das cargas de trabalho em silos e aprimorar a interoperabilidade da nuvem por meio da portabilidade de dados. À medida em que as organizações trabalham para enfrentar os desafios de interoperabilidade e obter mais controle na nuvem, a mobilidade de dados entre nuvens se tornará mais comum em 2023.

5.Mais dispositivos de ponta significam mais vulnerabilidades

O Gartner prevê que até 2025 mais de 50% dos dados gerenciados pela empresa serão criados e processados fora do data center ou da nuvem. À medida em que o processamento de dados se move cada vez mais para a borda, ele complica a arquitetura de TI e aumenta a superfície de ataque. Além disso, as empresas geralmente não aplicam o mesmo nível de proteção à borda que fazem no data center ou na nuvem, muitas vezes devido à falta de habilidades e de pessoal. Para proteger totalmente a empresa, cada um desses dispositivos de borda precisa ser protegido e fazer backup. Além disso, as organizações precisam determinar quais dados provenientes de dispositivos de borda são críticos versus não críticos para manter os custos de armazenamento e proteção, entendendo o escrutínio adicional dos orçamentos de TI.

6.O Kubernetes se torna uma missão crítica

Nos últimos 24 meses, o Kubernetes se tornou popular. Os contêineres agora estão sendo adotados em ambientes de missão crítica, o que significa que o ambiente do aplicativo e os dados subjacentes nesses ambientes agora precisam de proteção. Assim, a propriedade desses contêineres e a proteção deles se tornaram mais complexas, criando silos e confusão sobre que é o responsável: se é o administrador de backup ou o administrador de DevOps. Ao mesmo tempo, as organizações estão lutando para identificar de quais contêineres fazer backup e como fazer isso, o que provavelmente levará a mais investimentos em treinamento para ajudar a preencher a lacuna de habilidades do Kubernetes. Em 2023, os departamentos de TI continuarão a descobrir como proteger e fazer backup de forma adequada de seus ambientes Kubernetes.

*Deepak Mohan, vice-presidente executivo de engenharia, Veritas Technologies

Aviso: A opinião apresentada neste artigo é de responsabilidade de seu autor e não da ABES – Associação Brasileira das Empresas de Software

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