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*Por Flávia Roberta Freitas

Estamos fazendo o suficiente para incentivar as mulheres a explorar e adotar as profissões em Ciências, Engenharia, Tecnologia e Matemática (STEM)? E se não, o que podemos fazer para ajudar as mulheres a ter sucesso nos estudos e na força de trabalho STEM?

Essas são algumas das perguntas que devemos fazer sempre e principalmente durante o mês de março, quando celebramos o Dia Internacional da Mulher. Há muito espaço para melhorias, é claro. Na América Latina e no Caribe, as mulheres representam 35% dos estudantes que cursam ciências, tecnologia, engenharia e matemática, de acordo com a UN Women[1].

À medida que ensinamos conceitos STEM e tornamos essas informações facilmente acessíveis e envolventes, precisamos simultaneamente ajudar as mulheres jovens a se enxergarem como profissionais dessas áreas. Isso requer orientação combinada com experiências no local de trabalho, como estágios e treinamento. Para tornar isso possível, é necessário ter uma colaboração mais profunda entre os setores público, privado e sem fins lucrativos.

A IBM está comprometida em capacitar 30 milhões de pessoas em todo o mundo até 2030, e as mulheres precisam estar bem representadas nesse número. Uma força de trabalho STEM mais diversificada, com maior representação de mulheres, será mais criativa, coesa e frutífera. E profissionais mais treinados podem preencher a lacuna persistente de habilidades que deixou muitos empregos em ciências, engenharia, tecnologia e matemática não preenchidos.

Então, como podem ser algumas dessas iniciativas?

Existem várias abordagens. Em um nível inicial, pode se assemelhar a algo que a IBM está fazendo na América Latina. Fizemos parceria com a Junior Achievement Americas para fornecer IBM SkillsBuild e mentores da empresa para treinar mulheres em desenvolvimento web e carreiras de programação. Também na região, estamos trabalhando com o Laboratoria para impulsionar o conhecimento sobre análise de dados. O programa está focado em fornecer aos participantes uma compreensão das principais habilidades – tanto conhecimento técnico quanto soft skills – para a posição de Analista de Dados Junior por meio de uma experiência de aprendizado prática, na qual os alunos trabalham de forma colaborativa em projetos de casos de negócios reais.

Além disso, no México, voluntários da IBM colaboram com o Ministério das Finanças e Crédito Público em um programa para que mulheres empreendedoras de todas as idades desenvolvam habilidades digitais, empresariais e tecnológicas, como programação e análise. Os facilitadores, treinados por voluntários da IBM, já capacitaram cerca de 20.000 alunos até o momento. As mulheres que fizeram os cursos desenvolvidos pela IBM aumentaram sua receita de vendas pela Internet em 270%. E quase 40% dos inscritos conseguiram transformar seus negócios paralelos em sua principal fonte de renda. 70% se familiarizaram com linguagens de programação, 62% disseram que agora acreditam que programar é mais fácil do que pensavam e 68% disseram que gostariam de continuar aprendendo mais sobre tecnologia.

São resultados notáveis e compartilhar essas histórias de sucesso faz parte da inspiração e celebração inerentes ao mês da mulher. É também um momento importante em que podemos refletir e planejar ainda mais sucessos para as mulheres nos próximos anos. O conhecimento e as carreiras relacionados a STEM oferecem às mulheres uma oportunidade única de igualdade social e econômica, e cabe a todos nós – incluindo aliados masculinos, empresas, governos e organizações sem fins lucrativos – continuar a capacitar as mulheres todos os dias do ano.

[1] Fonte: https://lac.unwomen.org/es/digiteca/publicaciones/2020/09/mujeres-en-ciencia-tecnologia-ingenieria-y-matematicas-en-america-latina-y-el-caribe

*Flávia Roberta Freitas, Head Corporate Social Responsibility IBM América Latina

Aviso: A opinião apresentada neste artigo é de responsabilidade de seu autor e não da ABES – Associação Brasileira das Empresas de Software

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