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*Por Ricardo Recchi e Denis Nascimento 

Não há dúvidas de que a Covid-19 impulsionou todos os setores à Transformação Digital, especialmente o de saúde que, diante das consequências da pandemia teve a prática da Telemedicina autorizada pelo governo, tendo que adotar recursos digitais para continuar prestando atendimentos, evitando, dessa forma, deslocamentos desnecessários aos hospitais.

Esse cenário favoreceu as healthtechs – startups que trazem soluções tecnológicas inovadoras para a área da saúde. De acordo com dados divulgados pela consultoria Distrito, no Brasil são criadas duas healthtechs por semana. Além do crescimento em número, as startups receberam investimentos de aproximadamente 52 milhões de dólares até junho de 2020, valor 37% superior aos aportes realizados em 2019, que totalizaram 38 milhões de reais.

Nativas digitais, as startups se adaptaram rapidamente à Telemedicina, mas, e agora, será que essa modalidade veio para ficar? Aprovada em caráter especial até a disseminação da Covid-19, a medicina on-line já completou um ano, reafirmando as incertezas acerca de sua data de término. Ou seja, as adaptações às instituições hospitalares não acabarão tão cedo.

Para se manter atualizado diante das mudanças e das determinações governamentais tão transitórias e, mais, se sobressair neste setor semanalmente mais competitivo, a palavra-chave tem sido agilidade. Afinal, as soluções inovadoras são fundamentais para adaptar os atendimentos e os serviços ao ambiente on-line, mantendo a qualidade da comunicação entre pacientes e profissionais, mas não são suficientes.

Neste momento, é importante lembrar que as consultas on-line não são mais os diferenciais a serem adotados pela prática da Telemedicina. Na realidade, isso é o básico. As inovações, agora são acerca das possibilidades de fornecer toda uma gama de serviços, como o médico receitando um determinado exame e, durante o atendimento, disponibilizando um calendário para o agendamento do paciente, por exemplo. Esse é o caminho para conquistar gestões hospitalares mais assertivas e estratégicas tendo menos impacto financeiro e, principalmente, experiências positivas para os pacientes.

Atualmente, o Brasil é considerado o oitavo maior mercado de saúde mundial dentre os quase 200 países, mas ainda há muito a ser explorado e resolvido, pois problemas neste setor não faltam. Neste sentido, as helthtechs devem prosperar, agregando a agilidade e a adaptabilidade de seu DNA às instituições de saúde para resolução de questões urgentes.

Por meio de desenvolvimentos low-code, tecnologia que otimiza linguagens de programação, é possível acompanhar a volatidade da política e das decisões governamentais, controlando os impactos no setor de saúde e preparando-o para manter os atendimentos atualizados e qualificados.

Apesar do futuro do setor de saúde permanecer incerto, os desenvolvimentos ágeis são “presença confirmada”. Ainda há uma gama de medicamentos que não podem ser prescritos através de canais digitais, além de outras inúmeras decisões a serem tomadas, o que significa que podemos aguardar novas alterações governamentais em breve e, para acompanhá-las, é imprescindível dispor de desenvolvimentos ágeis.

*Ricardo Recchi é country manager da Genexus Brasil, desenvolvedora global de produtos para software baseados em Inteligência Artificial. Denis Nascimento é diretor da DNGX, consultora e desenvolvedora de sistemas em GeneXus.

Aviso: A opinião apresentada neste artigo é de responsabilidade de seu autor e não da ABES – Associação Brasileira das Empresas de Software

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