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*Por Felipe Nunes

Imagine lidar com dezenas de fabricantes e milhares de players dentro de um ambiente, cujas regras são constantemente atualizadas. É esse cenário desafiador que companhias dos mais diversos setores vêm enfrentando e que agora faz com que a gestão de ativos de TI seja imperativa para o sucesso dos negócios.

Superando áreas como segurança da informação e gerenciamento de projetos, atualmente, a gestão de ativos de TI é considerada a maior preocupação da liderança corporativa, de acordo com um estudo realizado pela Gartner, que também apontou que a falta de visibilidade e controle sobre o uso de software nas organizações é outro grande desafio.

Isso porque, diante da facilidade e rapidez que a nuvem – indispensável para os negócios em seu processo de evolução digital – é capaz de multiplicar ativos, gerencia-los fica mais complexo, uma vez que os ativos de TI compreendem toda a infraestrutura tecnológica de uma companhia. Nesse sentido, os licenciamentos, aplicações, softwares, dispositivos, equipamentos e servidores, influenciam diretamente nos resultados de negócio e na governança corporativa.

Desta forma, com o gerenciamento de ativos de TI é possível descobrir oportunidades de melhoria na performance da empresa como um todo. Uma das oportunidades dessa gestão é a revisão das licenças relacionadas aos servidores, que garantem o melhor uso desse licenciamento.

Além disso, também é possível englobar todo o ciclo de vida dos softwares e dos hardwares, desenhando um processo de acompanhamento com foco em aprimorar os processos empresariais – desde a performance, qualidade de produtos e até mesmo oportunidades de evolução e crescimento no mercado.

Na prática 

A gestão de ativos de TI parte do ponto mais importante para uma empresa: qual a sua dor ou necessidade. O foco é compreender onde está a sua dor ou necessidade e quais objetivos desejam ser alcançados. A partir daí, a abordagem concentra-se em realizar um inventário de todos os ativos que o negócio utiliza, tanto hardwares, quanto softwares e licenças.

Com esse levantamento, é possível realizar uma análise precisa dos gargalos enfrentados pela companhia e buscar as melhores soluções para essas questões. Então, entra a fase de otimização, em que são aplicadas todas as mudanças necessárias para aprimorar e garantir a eficiência máxima da infraestrutura de TI do negócio.

Esse trabalho estratégico resulta em otimizar o retorno financeiro e aprimorar os processos. Essa economia, que pode chegar a mais de 20%, geralmente é baseada em três itens principais: saving, que elimina gastos antes existentes e pode chegar a uma redução de custos de até 30 vezes; cost avoidance, que exclui custos previstos que não serão mais necessários; e overhead, o quanto de esforço de pessoas deixa-se de gastar.

Tendo em vista este cenário, muito além do retorno financeiro, a gestão de ativos de TI possui um papel relevante no que diz respeito à conformidade regulatória e à governança corporativa. Isso porque, a TI faz parte da estratégia de negócio de qualquer empresa, capaz de subsidiar as tomadas de decisão. Ao analisar e detalhar todos os recursos tecnológicos disponíveis na companhia, a gestão de ativos de TI assegura a efetividade e a segurança dos processos organizacionais. Ou seja, trata-se de uma economia indireta que pode determinar a sobrevivência ou não de um negócio.

*Felipe Nunes é Diretor de Serviços da SoftwareOne, provedora global e líder em soluções de ponta-a-ponta para softwares e tecnologia de nuvem.

Aviso: A opinião apresentada neste artigo é de responsabilidade de seu autor e não da ABES – Associação Brasileira das Empresas de Software

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