*Por Ricardo Recchi
A ascensão de tecnologias durante o período de pandemia ainda transcorre de forma intensa. Se ainda faltavam alguns anos para que as novidades fossem implementadas, agora elas já são condições para manter os negócios. Neste cenário, o Gartner prevê que a utilização da nuvem e do baixo código, ou low-code, quase triplicará até o ano de 2025.
Desde o início da pandemia, esta plataforma de desenvolvimento foi uma ferramenta tecnológica de destaque, auxiliando equipes na criação de aplicações de modo quase que imediato e sem as inúmeras complexidades de linguagens de programação. Seu uso contempla o auxílio para diferentes níveis de dificuldades, sendo importante diferenciar a tecnologia de acordo com o grau de vantagens. Neste aspecto, existem três variações:
No-code – trata-se de uma ferramenta para desenvolver aplicações sem o uso de qualquer código, podendo ser utilizada por qualquer pessoa sem conhecimento de programação. Por possuir poucas possibilidades de adaptação e complementação, é mais indicado para projetos simples.
Low-code – para usá-lo é indispensável possuir prévio conhecimento sobre programação. É muito utilizado para aprimorar o desenvolvimento de softwares por ser capaz de automatizar e simplificar o avanço de aplicações no geral. Algumas ferramentas possuem abordagem que não requer tanto conhecimento de códigos. Diferente do no-code, o low-code possibilita mais flexibilidade para a configuração e a customização das aplicações.
Enterprise low-code – ideal para empresas que têm como foco desenvolver aplicações com a mesma segurança, performance, escalabilidade e flexibilidade que teria pelo método manual, acumulando também os benefícios do no-code e low-code para o desenvolvimento simples, útil e intuitivo.
O destaque e a atenção chamada para o uso do enterprise low-code está na rotina e nas demandas de evolução das organizações, pois esta opção suporta um volume maior de usuários e de integrações, rodando na nuvem de forma escalável e flexível. Os ERPs (Enterprise Resource Planning) e as aplicações de missão crítica, seja em setores públicos ou privados, são exemplos de uso dessa tecnologia. Em qualquer uma das modalidades do baixo código é possível notar que há vantagens de uso. Mas, os diferentes níveis acrescentam melhorias que podem acompanhar o crescimento do negócio.
Se a nova cultura mundial para 2022 dentro do universo tecnológico é estar sempre preparada para imprevistos e riscos globais, como pandemias, longos períodos de isolamento social, restrições e constantes apagões na mão de obra de TI, o investimento em ferramentas que garantam proteção e inovação equivale ao seguro de uma empresa.
A transformação digital é contínua e veloz e não pode se prender a programas limitadores, pois as empresas que não considerarem a capacidade de evolução, certamente estarão atrasadas na competição do mercado em 2022, que projeta hábitos mais ativos em compras e mais versáteis em situações incomuns.
*Ricardo Recchi é country manager da Genexus Brasil, desenvolvedora global de produtos para desenvolvimento low-code
Aviso: A opinião apresentada neste artigo é de responsabilidade de seu autor e não da ABES – Associação Brasileira das Empresas de Software