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*William Rocha

Relevante no contexto atual, a descarbonização trata da redução das emissões de gases de efeito estufa, como o dióxido de carbono (CO²), visando mitigar as mudanças climáticas e construir um futuro mais sustentável. Essa transição para uma economia mais limpa abrange diversos setores, como energia, transporte, indústria e agronegócio.

A queima de combustíveis fósseis, como carvão, petróleo e gás natural, é a principal fonte de emissões de CO², o que contribui para o aumento da temperatura média do planeta, eleva o nível do mar e causa desequilíbrios ecológicos.

Dessa forma, a descarbonização surge como uma resposta necessária para enfrentar essa crise global e sua implementação depende da adoção de práticas e tecnologias que diminuam a dependência de combustíveis fósseis.

Energia solar, eólica, hidroelétrica, geotérmica e biomassa são alternativas reais, mas que dependem, não apenas que empresas e governos promovam essa transição, mas também subsidiem investimentos em pesquisa e desenvolvimento para aprimorar a eficiência e a viabilidade econômica dessas tecnologias.

Outro aspecto importante é a eficiência energética. O uso racional e eficiente da energia  é um auxílio significativo na redução das emissões de dióxido de carbono e pode ser alcançado por meio da adoção de tecnologias mais eficientes, como iluminação LED, isolamento térmico, motores elétricos mais eficientes e sistemas de transporte público de qualidade, o que depende da implementação de políticas e medidas que incentivam a eficiência energética.

No setor de transporte, a descarbonização envolve, também, a transição de veículos movidos a combustíveis fósseis para veículos elétricos. A adoção em massa é uma das principais armas do setor para reduzir as emissões de gases e melhorar a qualidade do ar nas cidades. Além disso, investimentos em infraestrutura de recarga e incentivos fiscais podem acelerar essa transição e tornar os veículos elétricos mais acessíveis e atraentes para os consumidores.

O impacto da diminuição de carbono também afeta a indústria, que é responsável por uma parcela significativa das emissões globais. A implementação de tecnologias, como a captura e armazenamento de carbono (CCS) e o uso de hidrogênio verde, pode ajudar a reduzir as emissões na produção de aço, cimento e produtos químicos. Além disso, uma economia circular, que promove a reutilização, reciclagem e redução de resíduos, é fundamental para minimizar o impacto ambiental dessas empresas.

Já no agronegócio, outra frente de suma importância no tema, a implementação de práticas agrícolas sustentáveis, como a agricultura de conservação, o manejo integrado de fertilizantes e agrofloresta, pode reduzir as emissões de gases de efeito estufa e aumentar a resiliência dos sistemas agrícolas. Para mais, a proteção e o reflorestamento de áreas naturais são essenciais para capturar e armazenar carbono, assegurando assim uma descarbonização real e eficaz.

Essa ação não é apenas uma responsabilidade dos governos, mas requer também a participação ativa de empresas, instituições financeiras, organizações da sociedade civil e pessoas físicas. Trata-se de uma oportunidade para apoiar o desenvolvimento sustentável, criar empregos verdes, melhorar a qualidade de vida das pessoas e promover a justiça social.

A transição para uma economia de baixo carbono traz consigo benefícios biológicos, ambientais, sociais e até mesmo bons incentivos fiscais, além de ser fundamental para garantir um futuro sustentável para as gerações presentes e futuras.

Em resumo, a descarbonização é um desafio global que exige ações concretas e urgentes para reduzir as emissões de gases de efeito estufa. A transição para fontes de energia renovável, a promoção da eficiência energética, a transformação do setor de transporte, a adoção de tecnologias de baixo carbono na indústria, o uso sustentável da terra e a participação de diversos atores são fundamentais nessa jornada. Ao adotar medidas de descarbonização, podemos construir um futuro mais limpo, resiliente e equitativo para todos.

*William Rocha é Gerente Comercial da Engineering Brasil. Formado em Administração pelo UNI-BH e pós-graduado em Gestão Ágil de Projetos e Gestão de Projetos de TI pela Instituto de Educação Tecnológica (Ietec), acumula mais de 10 anos de experiência no mercado e soma passagens por empresas como Access Brasil, MXT e Squadra Digital.

Aviso: A opinião apresentada neste artigo é de responsabilidade de seu autor e não da ABES – Associação Brasileira das Empresas de Software

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