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*Por Alejandro Chocolat

Nestes tempos em que a mudança é a única certeza, cada vez mais a indústria global se vê diante de uma realidade repleta de desafios operacionais significativos. A digitalização dos processos, novas ferramentas e a hiperconectividade global, por exemplo, são questões que estão reformulando por completo a forma como as empresas e fábricas operam, interagem e são vistas no mundo atual. Diante dessa Era Digital, portanto, parece claro que otimizar os processos e sistemas para tornar as operações mais eficientes, ágeis e produtivas já não é apenas uma vantagem competitiva, mas, antes disso, uma questão de sobrevivência. 

É importante enfatizar a urgência dessas mudanças, pois está claro que a maioria desses desafios se acelerou rapidamente na última década, em um ritmo no qual muitas empresas não conseguiram alcançar – ficando de vez para traz em seus segmentos. E nada sugere que estejamos perto de desacelerar a escalada dessas transformações. Muito ao contrário. 

O desafio está no fato de que este mundo em constante mudança e muito mais conectado tem exigido que as mais diversas áreas da Indústria caminhem (também rapidamente) rumo à uma inevitável reinvenção de seus modelos. As companhias, agora, estão sentindo a pressão para melhorar o tempo de lançamento de soluções no mercado, bem como para oferecer experiências excepcionais aos clientes, ao mesmo tempo trabalham para aplicar e usar a automação, Internet das Coisas (IoT), Inteligência Artificial, Big Data e Cloud Computing, entre tantos outros conceitos, para oferecer experiências únicas para seus times e consumidores. 

Colocar produtos no mercado mais rapidamente, mantendo a agilidade para reagir às mudanças nas preferências do consumidor ou nas transformações do mundo dos negócios, portanto, não é uma tarefa fácil. Tanto é que não é raro encontrar companhias cujos silos de negócios e fluxos de trabalho desconectados estão causando grande atrito no desenvolvimento de produtos, especialmente entre os processos de engenharia e fabricação, impedindo o progresso e retardando os tempos de reação, enquanto o rápido aumento na complexidade do produto supera rapidamente quaisquer ganhos incrementais buscados por meio de melhorias nos métodos e na infraestrutura existente. 

Para enfrentar esse desafio os fabricantes precisam repensar o desenvolvimento de produtos e transformar a colaboração entre as equipes de engenharia e manufatura. É necessário agilizar este processo de engenharia para fabricação. Como saída, as organizações estão adotando soluções que permitem a integração e a simulação 3D, em tempo real. Nessas soluções, todas as equipes estão conectadas em torno de uma definição de produto única e comum que está sempre atualizada. 

Por meio do uso de tecnologias 3D, é possível reunir todos os times envolvidos em uma empresa para se criar, assim, uma planta de operação mais assertiva, onde cada um pode extrair o máximo potencial de suas rotinas. Além disso, essas plataformas conectam digitalmente engenharia e fabricação em um processo de mudança comum, que significa que a lista de materiais e a definição de fabricação estão sempre atualizadas e precisas. 

Ao adotar o que chamamos de 3DEXPERIENCE como base de desenvolvimento, os fabricantes mantêm a agilidade enquanto avançam mais rapidamente do design à fabricação a colaboração entre os times – o que impulsiona a inovação, reduz os erros de design e o tempo de desenvolvimento de novos produtos e serviços (ou de operação da planta da fábrica). Em alguns mercados isso é ainda mais visível. Na Indústria Automobilística, por exemplo, estima-se que a redução de tempo para o desenvolvimento de um novo carro possa chegar a até 80%, em comparação com métodos tradicionais de planejamento. Pesquisas indicam, também, que a economia com relação ao uso de matérias-primas possa chegar a quase 30%, em média. 

Durante anos, as empresas sobreviveram com uma separação entre seus departamentos de design e manufatura, tanto pela organização quanto pelas ferramentas que utilizavam. Agora, com mais concorrência e a ampla necessidade de se produzir produtos mais rapidamente, as empresas estão procurando otimizar seus projetos para fluxos de trabalho de fabricação mais modernos. O modelo em 3D oferece um sistema integrado que permite que as equipes trabalharem em parceria e simultaneamente.  

Fornecer todas as ferramentas em um único ambiente elimina a demorada necessidade de tradução de dados entre departamentos, o que geralmente resulta em erros e lacunas de inteligência. Projetistas e engenheiros podem dedicar mais tempo para otimizar seus projetos, confiantes de que suas alterações não ameaçarão as metas de entrega. Como resultado, as empresas podem passar do projeto conceitual às peças fabricadas com mais rapidez e facilidade do que nunca. 

*Alejandro Chocolat, Diretor Geral da Dassault Systèmes para a América Latina 

Aviso: A opinião apresentada neste artigo é de responsabilidade de seu autor e não da ABES – Associação Brasileira das Empresas de Software

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