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É fundamental melhorar a logística no comércio eletrônico para suprir o aumento das demandas

*Por Waldir Bertolino

É indiscutível que o e-commerce vem ganhando cada vez mais força e tornou-se um grande aliado para as empresas, principalmente durante a pandemia. Esses canais digitais, que oferecem produtos e serviços para os consumidores de maneira dinâmica, revolucionaram o varejo B2C e foram responsáveis por atrair e concluir as vendas com os mais variados perfis de clientes. 

De acordo com o Neotrust, o Brasil apresentou um crescimento de 4,3% no número de pedidos realizados pelo e-commerce no segundo trimestre de 2022. Embora a adoção do comércio eletrônico na América Latina seja inferior a de outras regiões emergentes, dados do Statista estimam que as vendas nessas plataformas alcancem aproximadamente 160 mil milhões até 2025. Ainda segundo o Statista, o Brasil representa 31% do varejo online no mercado latino-americano, competindo diretamente com o México, que representa 28%. 

Por mais que a migração para o varejo digital tenha acontecido rapidamente e em larga escala, ela nem sempre ocorre de uma forma dinâmica, sendo, geralmente, confusa e desestruturada. Isso se dá porque as empresas pensam apenas em lançar uma plataforma de vendas o mais rápido possível, sem considerar, por exemplo, a satisfação dos clientes e a integração de outros recursos tecnológicos, como a nuvem ou a utilização de algoritmos. 

Tecnologia como aliada das cadeias logísticas 

Mesmo que pareça algo sem conexão, a logística influencia diretamente na percepção do cliente sobre uma loja. Se ele compra um produto pelo e-commerce e se depara com empecilhos para acompanhar o percurso da mercadoria do local de armazenamento até sua casa, surge uma certa desconfiança em relação à empresa e questionamentos como “será que o produto vai chegar?” começam a aparecer. 

Uma plataforma desenvolvida com pouco ou nenhum estudo de logística e uma empresa despreparada para lidar com grandes fluxos de transações, acarretam problemas como dificuldades com os prazos de entrega, devoluções, má rastreabilidade, perdas de itens e, consequentemente, insatisfação do consumidor. Essas situações se agravam em épocas como a Black Friday, pois os e-commerces ficam sobrecarregados com as demandas de compras e com o aumento da movimentação dos produtos ao longo da cadeia.

A Black Friday é uma das datas mais importantes do ano para o varejo (físico e online) e, graças aos descontos disponibilizados pelas lojas, atrai milhões de consumidores todos os anos. De acordo com uma projeção da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), neste ano, essa data deve movimentar cerca de R$6,05 bilhões no e-commerce brasileiro e o número de pedidos deve exceder a marca dos R$8,3 milhões.

A partir dessa data, o varejo entra em uma época especialmente agitada por conta do Natal. Além disso, o ano de 2022 conta com a Copa do Mundo que movimentará ainda mais as vendas neste trimestre. Para que os e-commerces aguentem o fluxo ainda maior de consumidores, é necessário que a logística seja mais eficiente, permitindo uma contagem e um rastreamento em tempo real dos produtos ao longo da cadeia. 

Para melhorar a cadeia logística é preciso investir em tecnologia. A nuvem oferece diversos benefícios que, quando alinhados a soluções como IoT (Internet das Coisas), Big Data e Inteligência Artificial (IA), podem auxiliar os gestores disponibilizando KPIs diários sobre o funcionamento da cadeia de produtos, rastreando as mercadorias, além de oferecer insights precisos sobre as demandas de pedidos e a disponibilidade dos estoques, que colaboram com o gerenciamento do armazenamento, da separação, do transporte e até da logística reversa. 

A tecnologia na nuvem possibilita que as empresas realizem a gestão da cadeia logística de forma estratégica, contribuindo também para a integração entre todos os processos realizados na operação e os membros do ecossistema da cadeia. Essa integração, por sua vez, maximiza os resultados das atividades e viabiliza o crescimento da empresa sem grandes preocupações com a infraestrutura, permitindo que elas mantenham o foco no seu core business. 

Canais digitais e a expansão do alcance dos e-commerces 

Além de otimizar os processos logísticos, nesse período do ano, as empresas precisam focar em manter sua visibilidade tanto nas plataformas de comércio eletrônico quanto nos outros canais digitais. As redes sociais se tornaram um grande meio para fazer a publicidade de seus produtos e atrair mais clientes, sendo importante que as empresas também estejam presentes nelas. 

A segunda edição do relatório State of Commerce, publicado na Salesforce, trouxe dados sobre a utilização dos canais digitais para alavancar as vendas nos e-commerces. Segundo o estudo, os canais digitais representam cerca de 30% da receita comercial das empresas em 2022, e espera-se que até 2024 esse número chegue a 54%. Ou seja, investir em canais digitais alternativos é uma ótima forma de ampliar o alcance do comércio eletrônico.

Ao adotar soluções tecnológicas que melhorem o funcionamento da cadeia, as marcas entregam aos seus clientes não só produtos de qualidade, mas também transparência e segurança. Num mercado cada vez mais concorrido como o do varejo online, estar presente nos canais digitais, ser transparente e transmitir segurança para os consumidores, juntamente com a entrega de um serviço de qualidade e uma cadeia logística organizada, são a chave para as empresas do varejo aproveitarem o máximo deste trimestre que promete ser o mais movimentado do ano.

*Waldir Bertolino, Country Manager da Infor no Brasil

Aviso: A opinião apresentada neste artigo é de responsabilidade de seu autor e não da ABES – Associação Brasileira das Empresas de Software

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