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*Por Maurice Pereira

Mais do que uma palavra da moda, a Transformação Digital passou a ser uma realidade em muitas empresas, mas ainda precisa ser instituída em outras tantas. Muito confundida com o processo de digitalização, que significa a conversão de informações e documentos de formato analógico para o digital, integrando tecnologias em processos já existentes, a Transformação Digital, na verdade, é um processo cujas empresas revisam seus modelos de negócios aplicando a digitalização e a modernização para agregar valor, gerar receita e melhorar a eficiência nas rotinas.

Uma pesquisa realizada no último ano pela McKinsey com executivos seniores mostrou que há um senso de urgência entre os líderes no quesito inovação. Apenas 11% acreditam que seus modelos de negócio atuais serão economicamente viáveis até 2023, enquanto 64% relataram que suas empresas precisariam criar modelos de negócios para chegar lá.

Sendo assim, hoje não é mais uma questão de as empresas precisarem da digitalização para competir no mercado, mas sim de saber quando elas vão iniciar esse processo de transformação dos negócios. Um dos principais caminhos para essa jornada é a organização de dados, que apoia na tomada de decisões mais ágeis e assertivas, além da recomendar os próximos passos e as ações que devem ser postos em prática.

Para isso, os dados precisam estar corretos e organizados, se não as previsões serão inconsistentes. Outro problema é que, cada vez mais, maior é a quantidade de informações disponíveis, o que torna as rotinas das empresas morosas e complicadas. De acordo com dados do relatório Infobrief da IDC, 83% dos CEOs querem que suas organizações sejam mais impulsionadas por dados, mas somente 48% têm a liderança com os dados.

Isso significa que, quando os dados são reunidos, processados e analisados manualmente, a oportunidade já passou. Uma solução importante para o impulso da Transformação Digital é o ERP (Planejamento de Recursos Empresariais), que são considerados a “espinha dorsal” de uma organização.

O ERP integra no mesmo sistema os processos necessários para administrar uma empresa, ou seja, todo o back office, que envolve as rotinas de Finanças, Recursos Humanos, Produção e Logística, entre outros. Quando ele se conecta a tecnologias disruptivas, como a Inteligência Artificial, é possível gerenciar e processar uma grande base de dados, ou seja, o Big Data, dando um passo à frente na expansão das análises e no Aprendizado de Máquina. Com a integração dessas tecnologias às rotinas internas, é possível gerar painéis que reúnem estatísticas e informações para sustentar decisões assertivas e rápidas.

E quais as etapas para essa mudança de chave? A partir de um mapeamento de seu ERP, o próximo passo é definir as prioridades de sua Transformação Digital. Analise os processos que podem ser automatizados e crie um roadmap com planos sólidos e consistentes para iniciar as mudanças. Paralelamente, prepare as equipes unindo à essa jornada as capacidades humanas e tecnológicas, estabelecendo metas a partir de sua base principal, que é seu ERP.

Como resultado do trabalho correto com os dados, é possível atingir resultados comerciais mensuráveis, desde o engajamento dos funcionários até os ganhos financeiros. Quando as empresas combinarem seus investimentos em tecnologia que foquem no uso de dados, certamente elas serão capazes de estimular a escalabilidade dos seus negócios, se adaptarem ao mercado, buscarem a inovação e, consequentemente, se diferenciarão dos concorrentes.

*Maurice Pereira é diretor de operações soluções SAP da Engineering

Aviso: A opinião apresentada neste artigo é de responsabilidade de seu autor e não da ABES – Associação Brasileira das Empresas de Software

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