Por Michael Allen, Vice-Presidente e Chief Technology Officer para EMEA da Dynatrace
Todos esses problemas prejudicam seriamente a capacidade das pessoas de viver o seu dia a dia. Por isso, eles estão se tornando uma preocupação crescente para empresas e consumidores. Então, se as empresas entendem a importância de evitar esses cenários tão claramente, por que eles estão acontecendo com mais frequência?
A Tecnologia está cada vez mais complexa – A crescente complexidade dos ecossistemas tecnológicos é o maior fator para o aumento de incidentes que afetam a performance das organizações. Os serviços digitais modernos estão baseados em ambientes híbridos, com múltiplas Nuvens, plataformas e tecnologias conectadas. Esses serviços, no geral, são acionados por meio de microsserviços e Contêineres dinâmicos, criando um cenário de constantes mudanças a serem administradas continuamente. Por exemplo: hoje, uma única transação web ou móvel utiliza, em média, 35 diferentes sistemas de tecnologia, sendo que, cinco anos atrás, esse número era de apenas 22. Nesse cenário, com as transações digitais cruzando uma vasta diversidade de componentes e serviços, gerenciar a performance das aplicações de maneira manual se tornou uma tarefa impossível. Afinal, enquanto os sistemas de tecnologia ficam mais complexos, as equipes de TI se veem diante de uma enorme pressão para identificar e resolver rapidamente a origem de qualquer problema. Isso se tornará cada vez mais crítico com o advento de carros sem motorista e dispositivos médicos conectados, que podem causar grandes danos se forem afetados por problemas de desempenho.
A automação pode ajudar a superar os obstáculos de interrupção – Há várias razões pelas quais é impossível para as empresas gerenciarem de forma manual seus ecossistemas digitais. Em primeiro lugar, a infraestrutura e as plataformas de tecnologia estão sendo divididas em várias camadas, fato que exige novas e específicas ferramentas de monitoramento para que as equipes possam ter visibilidade total sobre a performance da rede. Além disso, as novas tecnologias também são altamente dinâmicas e exigem atualização constante dos recursos e padrões de análise. Na prática, é essa relação de mudanças recorrentes que torna impossível para que as equipes acompanhem seus ambientes de TI modernos usando ferramentas de monitoramento tradicionais, que foram construídas para ambientes estáticos. Como resposta, as organizações precisam ser capazes de automatizar o maior número possível de processos e operações de tecnologia. As companhias devem ter a capacidade de detectar automaticamente os problemas e, a partir de então, usar a inteligência artificial (IA) para identificar a causa raiz das falhas com precisão. Os recursos modernos e de automação também podem ajudar as empresas na busca pela correção automática, para que o sistema de monitoramento possa detectar problemas e aplicar correções antes que haja uma interrupção total. Com isso, a pressão das equipes de TI diminuirá, permitindo que os líderes se concentrem em impulsionar a inovação, em vez de gastar horas para determinar de onde vem um problema de performance de software.
Como seguir o caminho de forma inteligente – Embora a mudança para a Nuvem tenha tornado as empresas muito mais ágeis, a verdade é que toda essa transformação aumentou de forma exponencial a complexidade dos ecossistemas digitais. Como resultado, tivemos um enorme impacto na capacidade das organizações de monitorar com êxito a performance de suas redes e de corrigir qualquer problema de maneira rápida e eficiente. Agora, a Inteligência Artificial é a novidade crucial para combater essa situação e devolver a capacidade de análise às empresas. A automação pode tornar o processo de detecção e correção de falhas de desempenho de software muito mais rápido e eficaz. Em última análise, isso permitirá que as equipes de TI forneçam experiências de usuário mais consistentes e positivas, gerando muito mais valor e oportunidades às empresas. As soluções de inteligência de gestão estão disponíveis e é essencial que os CIOs busquem a alta eficiência dos serviços como diferencial competitivo para o sucesso das operações.
Aviso: A opinião apresentada neste artigo é de responsabilidade de seu autor e não da ABES – Associação Brasileira das Empresas de Software