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*Por Otto Pohlmann

O ano de 2020 entrou para a história por motivos nada esplendorosos. No entanto, a pandemia que assolou a humanidade trouxe junto de si revoluções de peso. No cenário tecnológico, por exemplo, muitas empresas tiveram que acelerar os passos rumo à transformação digital para não ficarem para trás. Agora, com a chegada do 5G no Brasil, o ano de 2022 promete marcar a era da hiperconectividade e impactar diferentes áreas, sobretudo o setor TIC, que reúne tanto os mercados de TI quanto de Telecom.  

É que a quinta geração de internet móvel vai muito além da ultravelocidade para troca de dados. Oferece uma conexão mais estável, é baseada em baixa latência (tempo de resposta da conexão), permite um número maior de aparelhos conectados por área e deve consumir menos energia.   

Frente a essa evolução da rede, os segmentos de devices e equipamentos de infraestrutura de telecomunicações vão crescer significativamente. Afinal, todo esse cenário favorece a popularização exponencial de serviços baseados em realidade virtual (RV) e aumentada (RA), Internet das Coisas (IoT) e inteligência artificial.  

A tecnologia 5G chegou oficialmente ao Brasil em julho, primeiro na cidade de Brasília e, de acordo com a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), até o fim de setembro todas as capitais do país poderão contar com a quinta geração da rede.  

Para se ter uma ideia dos impactos dessa conexão em terras brasileiras, o setor de tecnologia da informação e comunicação (TIC) deve crescer 8,2% ainda em 2022. A projeção é da IDC Brasil. Individualmente, a TI vai avançar 10,6% e a área de Telecom, 4%. Já o mercado de TI Enterprise, composto exclusivamente de empresas, deve crescer 8,9%. Trata-se das maiores expectativas de crescimento dos últimos oitos anos, mesmo diante de um cenário econômico moderado na América Latina e do período eleitoral.   

Ainda de acordo com a pesquisa, o segmento de TI deve ser impulsionado pelo segmento de devices, enquanto o de Telecom será alavancado pelo avanço dos dados móveis e a expectativa sobre os impactos do 5G. Já o aumento em TI Enterprise será reflexo do avanço da nuvem somado à retomada do mercado de serviços de TI e à boa perspectiva para o nicho de software.   

Em termos de movimentações financeiras, a quinta geração de internet móvel deve transacionar US$ 25,5 bilhões no Brasil até 2025, considerando apenas a impulsão de tecnologias como inteligência artificial, big data & analyticscloud, segurança, AR/VR, robotics e IoT.  

O IDC ainda aponta as principais iniciativas estratégicas que direcionarão os gastos de TI em 2022: produtividade e controle de custos, customer experience, novos produtos e serviços e atração e retenção de talentos.   

Diante disso, as empresas de todos os portes que ainda não vêm se preparando para incorporar novos equipamentos e funcionalidades ao setor de atuação, seja ele qual for, devem arregaçar as mangas. Afinal, para aproveitar ao máximo todas as vantagens que o 5G tem a oferecer, é fundamental traçar novas estratégias para não deixar as oportunidades escaparem.   

Além do mais, todas essas transformações são convites para as organizações repensarem suas prioridades e abrirem os olhos para o futuro cada vez mais presente. Ou seja, investir em soluções tecnológicas que envolvem o universo TIC não é mais um diferencial, e sim condição obrigatória frente a um mundo cada vez mais digital.   

*Otto Pohlmann é CEO da Centric Solution, empresa de tecnologia que fornece soluções completas para atender aos requisitos de segurança e da LGPD, com foco em implementação, treinamento e suporte, a fim de ajudar a sustentar o desenvolvimento de negócios de todos os portes e setores

Aviso: A opinião apresentada neste artigo é de responsabilidade de seu autor e não da ABES – Associação Brasileira das Empresas de Software

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