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*Por Bruce Ito

O Brasil foi o quinto país que mais sofreu crimes cibernéticos em 2021, segundo a consultoria alemã Roland Berger. Foram cerca de nove milhões de ocorrências a mais do que no ano anterior. E na medida em que novas empresas e startups surgem a todo o tempo, aumenta o volume de dados confidenciais e de sistemas que podem estar vulneráveis a hackers, demandando infraestruturas de segurança mais robustas.  

Contudo, um impasse se cria nesse cenário: enquanto a cibersegurança se torna cada vez mais importante e sensível para o mercado, o número de profissionais qualificados para atuar nesse setor está em déficit crescente. Essa escassez é geral na área de tecnologia. Projeções da Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação de Tecnologias Digitais (Brasscom) apontam que, até 2025, faltarão mais de meio milhão de profissionais para as vagas que devem surgir.  

E quando se trata de cibersegurança, a especialização é fundamental. Com isso, a atração de talentos fica ainda mais desafiadora, especialmente considerando o rápido avanço das técnicas criminosas aplicadas ao mundo virtual. Mesmo nas empresas que têm equipes voltadas a esse aspecto do negócio, as entregas dos times de desenvolvimento não acompanham as novas tecnologias, por conta dos prazos e das prioridades estabelecidas pelos gestores no direcionamento de recursos, tanto humanos, quanto financeiros. 

Em contrapartida, a boa notícia é que, para quem deseja ingressar nesse mercado, as chances de prosperar são grandes. A área de tecnologia é caracterizada por boas oportunidades e remunerações e, pensando em uma função específica, que é a segurança da informação, a expectativa é de uma valorização ainda maior. De acordo com a Cyber Magazine, o mercado de cibersegurança está estimado para valer mais de US$ 10,5 trilhões até 2025 e, certamente, quem se qualificar, encontrará espaço. 

É importante destacar também que, diante do custo para se especializar em cibersegurança e o tempo de capacitação e experiência que isso requer, torna-se estratégico haver um esforço das próprias organizações para qualificar profissionais. É necessário desenvolver e especializar pessoas e algumas empresas, como o Grupo FCamara, estão puxando esse movimento e implantando ações nesse sentido. 

Enquanto não for possível reverter esse cenário e a escassez de profissionais for uma realidade, acredito que tendências em inteligência artificial, Block Chain, IoT e Machine Learning seguirão fortes, diminuindo a dependência de intervenção humana nas empresas. Ferramentas desenvolvidas com base nesses recursos podem, inclusive, identificar tentativas de ataques e bloquear essas ocorrências automaticamente.  

Outra tendência que se consolida em meio à falta de mão de obra qualificada é a terceirização da cibersegurança, por meio da contratação de empresas especializadas, que oferecem soluções prontas para prevenir e combater as técnicas mais avançadas de golpes e crimes virtuais. A FC Nuvem é um exemplo nesse sentido.  

Contudo, como profissional que atua no mercado de tecnologia, torço para que essa equação seja resolvida, com a formação de mais especialistas e o desenvolvimento de soluções cada vez mais avançadas e efetivas para a segurança das empresas.

*Bruce Ito, COO da FC Nuvem, empresa do Grupo FCamara especializada em serviços gerenciados de TI e licenciamento de nuvem, com foco na transformação digital absoluta

Aviso: A opinião apresentada neste artigo é de responsabilidade de seu autor e não da ABES – Associação Brasileira das Empresas de Software

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