Compartilhe

Estudo identificou as necessidades e as dificuldades dos gestores de 100 empresas entrevistadas

A ABES – Associação Brasileira das Empresas de Software lançou em parceria com a International Data Corporation (IDC Brasil) o estudo Força do Trabalho, que ouviu 100 executivos com influência ou poder de decisão na contratação e gestão da força de trabalho do departamento de TI, de empresas brasileiras com pelo menos 100 funcionários. O objetivo era identificar as necessidades e dificuldades de contratação de profissionais envolvidos em uma ou mais atividades relacionadas aos serviços de TI, tais como aplicações/aplicativos, segurança da informação, infraestrutura de TI, nuvem, suporte técnico, redes/sistemas, IoT (Internet of Things), ciência de dados, transformação digital e Inteligência Artificial (IA). 

De acordo com Fábio Martinelli, Líder dos programas de Software e Cloud Computing na IDC, a concorrência por profissionais qualificados cria um desafio na retenção de talentos. “O setor de TI tem crescido em termos de importância nas estratégias de crescimento das empresas. Entretanto, com a aceleração tecnológica e a necessidade de maior alinhamento com os negócios, acentua-se a lacuna de profissionais com qualificação técnica e comportamental requerida pelas empresas”, declarou.

As contratações em TI, segundo Martinelli, utilizam em sua maioria mais de uma fonte de busca por funcionários. “O recrutamento pelo RH da empresa e a indicação dos funcionários se destacam como as fontes mais utilizadas. Por outro lado, as aquisições de novas tecnologias e a alta disputa por profissionais qualificados faz com que a contratação de serviços terceirizados se torne uma alternativa atraente”, completou.

Confira os destaques do estudo (o download da íntegra da pesquisa pode ser feito no site da ABES):

  • O aquecimento do mercado é o principal motivador para redução das posições em TI, fazendo com que a alta demanda por profissionais tecnicamente qualificados torne o mercado de contratação ainda mais competitivo.
  • O foco na aquisição de novas tecnologias influencia a busca por profissionais externos. No entanto, a alta demanda do mercado somada aos desafios internos de cultura e gestão de pessoas dificultam a retenção de profissionais. Há uma dificuldade acentuada para a contratação de perfis de segurança, desenvolvimento e nuvem, que acaba impulsionando a terceirização dessas funções.
  • A perda de agilidade e a dificuldade para inovar são os principais impactos causados pela lacuna de habilidades dos profissionais de TI. Os principais gaps na atualidade se alinham às prioridades estratégicas de TI para atender às demandas do negócio. E 78% das empresas analisadas declararam ter contratado serviços gerenciados ou serviços profissionais de TI para cobrir as lacunas de habilidades técnicas existentes.
  • Quase 40% das empresas têm posições disponíveis em TI e isso se acentua nas grandes empresas. Em relação às contratações, as empresas têm uma área de TI enxuta e há disposição para compor um time composto por profissionais em diferentes momentos na carreira. 77% das empresas entrevistadas estão dispostas/preparadas para a contratação de jovens em programas de inclusão social (essa porcentagem cresce para 87% entre as empresas de médio porte); 87% das empresas estão dispostas/preparadas para a contratação de jovens aprendizes; e 67% das empresas estão prontas/dispostas a contratar engenheiros/especialistas da área de TI com mais de 50 anos.
  • A maior parte das empresas têm mais de uma fonte de busca por profissionais, sendo que o processo de indicação tem grande influência. Entre as fontes mais utilizadas pelas organizações na busca por profissionais de TI, 84% das empresas realizam processos internos para recrutamento e seleção (o número sobe para 91% quando falamos de empresas de médio porte).
  • Entre os modelos de contratação de funcionários de TI mais utilizados pelas empresas, as empresas de médio porte têm maior preferência pelo modelo CLT (91%) e menor pelo modelo PJ (38%) quando comparadas com as grandes empresas (84% e 45%, respectivamente).
  • As empresas preferem estabelecer parcerias para proporcionar capacitação para sua força de trabalho.

Plataforma RH Tech, recém lançada pela ABES, apoia o desenvolvimento de talentos        
Apesar do crescimento do mercado de TI (o Brasil figura na décima posição neste ranking de investimentos, com US$ 45,7 bilhões aplicados, sendo líder do segmento na América Latina), existe um déficit de mão de obra capacitada na área, que deve perdurar alguns anos. Neste contexto, a ABES lançou a plataforma RH Tech, que tem como objetivo apoiar o desenvolvimento de talentos por meio da disseminação de cursos de nossos parceiros, fazer a atualização sobre a empregabilidade em tecnologia e promover discussões sobre gestão de carreiras, desenvolvimento de equipes, retenção de talentos, modelo de trabalho híbrido, entre outros temas.

A plataforma RH Tech é composta por um Hub de Educação Tecnológica (catálogo online com informações sobre cursos oferecidos pelas empresas associadas da ABES, institutos, ONGs, entre outras instituições de ensino), por um Hub de Vagas (com empregos para a transformação digital e que tem como objetivo atrair talentos), e também disponibiliza o Panorama RH Tech (que oferece dados estatísticos sobre a empregabilidade na Transformação Digital) e o Estudo ABES/IDC Força de Trabalho (com informações exclusivas sobre desafios das organizações em atrair e reter talentos nas áreas de tecnologia).

Sobre a ABES           
A ABES (Associação Brasileira das Empresas de Software) tem como propósito contribuir para a construção de um Brasil mais digital e menos desigual, no qual a tecnologia da informação desempenha um papel fundamental para a democratização do conhecimento e a criação de novas oportunidades para todos. Nesse sentido, tem como objetivo assegurar um ambiente de negócios propício à inovação, ético, dinâmico, sustentável e competitivo globalmente, sempre alinhado à sua missão de conectar, orientar, proteger e desenvolver o mercado brasileiro da tecnologia da informação.

Atualmente, a ABES representa aproximadamente 2 mil empresas, que totalizam cerca de 85% do faturamento do segmento de software e serviços no Brasil, distribuídas em 24 Estados brasileiros e no Distrito Federal, responsáveis pela geração de mais de 210 mil empregos diretos e um faturamento anual da ordem de R$ 80 bilhões em 2020.

Com o objetivo de estimular a participação dos associados nos projetos da entidade e nos rumos da indústria brasileira de software e serviços, a ABES mantém Comitês, que são divididos em Grupos de Trabalho, para a discussão de temas importantes para o setor (como Inteligência Artificial, LGPD, Segurança da Informação, Futuro do Trabalho, Marcos Regulatórios e questões tributárias), apresentação de propostas e planos de ações.

Em março deste ano, a ABES aderiu à Rede Brasil do Pacto Global da ONU, que tem como meta mobilizar a comunidade empresarial na adoção e promoção de boas práticas corporativas, com o compromisso de apoiar 9 dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, por meio da Mobilização pela Redução da Desigualdade e da iniciativa Um Empresa Ética. A plataforma do Pacto Global inclui o monitoramento de compromissos públicos já divulgados pelas companhias relacionados à sustentabilidade e a produção de conhecimento sobre o avanço para os ODS.

acesso rápido

pt_BRPT