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Parceria entre MMA, ABES e ReUrbi vai promover letramento digital, geração de renda e preservação ambiental com reutilização de equipamentos de TI

Mobilização “Amazônia Mais Digital e Menos Desigual”

Durante a reunião plenária do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS), que contou com a presença do presidente da República, ministros de Estado e conselheiros, foi lançada oficialmente a mobilização “Amazônia Mais Digital e Menos Desigual” — uma ação coordenada pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), pela ABES (Associação Brasileira das Empresas de Software) e pela ReUrbi Socioambiental, com o apoio institucional do CDESS. A iniciativa tem como pilares o letramento digital, a qualificação profissional e a sustentabilidade, a partir da doação de equipamentos de tecnologia da informação (TI) recondicionados, e as ações serão viabilizadas por meio da plataforma de aprendizagem digital RHTECH (criada e mantida pela ABES) e do apoio a ONGs locais que atuam com educação e capacitação tecnológica.

A iniciativa tem como líderes Rodolfo Fücher, conselheiro da ABES e membro do CDESS, e Ronaldo Stabile, fundador e CEO da ReUrbi, e se propõe a transformar a inclusão digital em ferramenta de desenvolvimento sustentável, geração de renda e preservação ambiental na Amazônia Legal, especialmente diante dos desafios sociais e estruturais que ainda marcam a região.

“Acreditamos que a floresta em pé depende de pessoas em pé, com dignidade, acesso à informação e oportunidades reais. Essa mobilização integra tecnologia, educação e sustentabilidade para garantir um futuro mais justo e conectado à região amazônica”, destacou Rodolfo Fücher. “Estamos diante de uma oportunidade única de mostrar ao Brasil e ao mundo, no contexto da COP30, que a inclusão digital é peça-chave na preservação ambiental. Ao reaproveitar equipamentos eletrônicos, levamos conhecimento e diminuímos os impactos ambientais do descarte inadequado. É uma ação concreta, escalável e transformadora”, complementou Ronaldo Stabile.

A mobilização “Amazônia Mais Digital e Menos Desigual” segue os moldes da Mobilização para a Redução da Desigualdade“, realizada com os mesmos parceiros e na qual a ABES assegura de forma gratuita, simples e fácil que empresas de qualquer porte possam aderir às melhores práticas de governança socioambiental, alinhadas ao Pacto Global da ONU. A ReUrbi, por sua vez, garante às empresas que descartam seus equipamentos de TI e Telecom o processo de logística reversa em conformidade com a Legislação Ambiental e a destinação correta dos produtos em desuso evitando impacto no meio ambiente e a gerando recursos para projetos sociais e de qualificação sociodigital.

O Secretário Nacional de Meio Ambiente Urbano e Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Adalberto Felicio Maluf Filho, também participou do lançamento e reforçou a importância da mobilização como exemplo de iniciativa que une responsabilidade ambiental, desenvolvimento social e articulação entre governo, setor privado e sociedade civil.

“Acreditamos que tecnologia e sustentabilidade devem andar juntas. Essa mobilização contribuirá para o desenvolvimento social e econômico da região amazônica, ao mesmo tempo em que ajudará a reduzir o descarte inadequado de resíduos eletrônicos. O Brasil só tem a ganhar com a ideia”, afirma Andriei Gutierrez, presidente da ABES.

Impactos sociais e ambientais

A coleta e recondicionamento dos equipamentos será feita pela ReUrbi, que também fornecerá relatórios de impacto socioambiental às empresas doadoras. O projeto se alinha a 8 dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, tais como educação de qualidade, trabalho decente, redução das desigualdades e ação climática.

“Estima-se que 30% dos 23 milhões de quilos de equipamentos de TI descartados por empresas brasileiras anualmente possam ser recondicionados e transformados em ferramentas de transformação social. E cada tonelada de TI tratada evita a emissão de 1,9 tonelada de gases de efeito estufa e a liberação de 12 kg de metais tóxicos. Ou seja, além de levarmos a inclusão digital à Amazônia, vamos contribuir diretamente para a preservação da floresta amazônica”, completa Gutierrez.

Desde que foi lançada, em 2021, a Mobilização para a Redução da Desigualdade evitou o impacto de 608 toneladas de gases de efeito estufa e 3.788 kg de metais tóxicos ao meio ambiente por meio da reciclagem adequada de mais de 320 toneladas de equipamentos obsoletos de TIC. Com os recursos obtidos com a reciclagem, 29 projetos sociais – sendo sete na região da Amazônia –, foram atendidos, impactando mais de 51 mil pessoas. “Promover a inclusão digital em comunidades vulneráveis da Amazônia Legal aumentará ainda mais o impacto positivo que buscamos promover junto à sociedade”, afirma Fücher.

Empresas interessadas em doar equipamentos de TI – como notebooks, desktops, monitores, servidores, impressoras e periféricos – podem se cadastrar via landing page oficial. As entidades sem fins lucrativos da Amazônia Legal que atuam com inclusão e qualificação digital também poderão se inscrever para receber os equipamentos.

Jovem beneficiada pelo projeto compartilha experiência

A representante da comunidade ribeirinha de São Francisco do Bujarú, em Iranduba, Rosemar da Silva, esteve presente na cerimônia e compartilhou como o acesso à tecnologia pode transformar a realidade de comunidades antes invisibilizadas. Aos 21 anos, ela carrega no olhar a força de quem sonha alto. Nascida em Manacapuru, no Amazonas, ela vive hoje na comunidade e, no meio da floresta, onde por muito tempo o sinal de internet era tão raro quanto asfalto, Rosemar agora estuda o ensino superior à distância, algo que antes parecia impossível.

Essa mudança começou com a chegada de um pequeno laboratório de informática, que trouxe não só computadores, mas principalmente conexão com o mundo. “Com internet rápida e um espaço de estudo coletivo, eu agora assisto às aulas, faço trabalhos e pesquisas com a mesma facilidade que estudantes das grandes cidades”, afirma.

Mais do que uma conquista pessoal, Rosemar vê na tecnologia uma ponte para transformar o futuro da sua comunidade. “Estudar, para mim, não é só um caminho para realizar meus sonhos, mas uma forma de ajudar outros jovens a acreditarem que também podem chegar lá”.

Sobre a ABES

A ABES (Associação Brasileira das Empresas de Software) tem como propósito contribuir para a construção de um Brasil mais digital e menos desigual, no qual a tecnologia da informação desempenha um papel fundamental para a democratização do conhecimento e a criação de novas oportunidades para todos. Nesse sentido, tem como objetivo assegurar um ambiente de negócios propício à inovação, ético, dinâmico, sustentável e competitivo globalmente, sempre alinhado à sua missão de conectar, orientar, proteger e desenvolver o mercado brasileiro da tecnologia da informação.

Atualmente a ABES representa cerca de 2.000 empresas, que totalizam aproximadamente 80% do faturamento do setor de software e serviços no Brasil, distribuídas em 24 Estados e Distrito Federal, responsáveis pela geração de mais de 260 mil empregos diretos e um faturamento anual da ordem de R$ 103 bilhões em 2024. Acesse o Portal ABES ou ligue para +55 (11) 5094-3100.

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