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*Por Adriano Almeida

Todos os dias vemos notícias sobre novas portas abertas pela Inteligência Artificial (IA) no ambiente empresarial, seja para melhorar a eficiência dos processos, prever tendências ou ajudar a impulsionar o crescimento da empresa de forma geral. E nesse contexto, líderes e executivos estão cada vez mais guiando os seus projetos com base no aproveitamento máximo desta tecnologia.

Para se ter uma ideia da situação, uma pesquisa recente da IBM aponta que 51% dos Chief Data Officers (CDOs) brasileiros estão utilizando a IA e dados para melhorar suas escolhas de forma mais rápida. Além disso, outro estudo feito com mais de 370 CEOs e C-levels de companhias nacionais, realizado pela agência Data-Makers, mostra que 28% dos casos de uso da ferramenta têm como foco o apoio à tomada de decisão.

O motivo por trás desses números é simples: a IA vai além da automatização e aceleração do processo de análise, ela traz uma maior qualificação para tudo o que está ligado à empresa quando empregada com o conhecimento devido. Isso permite que as lideranças se apoiem nessas informações para retirar insights essenciais ao negócio, identificando estratégias eficazes, detectando lacunas e antecipando movimentos de mercado.

Basicamente, é um recurso que age sobre a eficiência e produtividade, duas das palavras mais importantes e valorizadas pelos C-levels no dia a dia corporativo. Ao otimizar as operações e auxiliar os colaboradores em suas atividades na empresa, os líderes podem ter uma visão completa do que está acontecendo internamente, com base nos dados, para depois entrarem com sua expertise no direcionamento estratégico.

Quais são os maiores desafios das empresas na implementação da IA?
Assim como qualquer novidade cheia de potencial, a IA não é isenta de desafios. E não há dúvidas de que um dos principais receios enfrentados pelas lideranças em relação ao seu uso é a segurança e privacidade dos dados. 

A partir do momento que essa tecnologia se torna mais enraizada em vários aspectos das operações comerciais, há uma necessidade crescente de que as estratégias de proteção de informações e privacidade sejam mais proativas e dinâmicas. Só assim é possível estabelecer políticas internas claras sobre suas aplicações, abrindo o espaço para os times inovarem de maneira segura.

Como Mark Strande, Chief Information Security Officer (CISO) da Miro, afirmou em uma entrevista recente: “o desafio não reside apenas em garantir a robustez das medidas de segurança, mas também em validar a precisão e confiabilidade dessas novas tecnologias de IA”.

Ainda vale destacar que a habilidade de gerir mudanças das lideranças é indispensável para guiar, incentivar e engajar as equipes no uso dessa ferramenta. A compreensão da importância desse recurso no crescimento e eficiência do negócio é tão relevante quanto a sua incorporação em si, por isso os executivos precisam se preocupar em capacitar e inspirar os times de acordo com essa nova realidade digital.

Não à toa, os programas de desenvolvimento em IA vem extrapolando a bolha tech. As empresas vão demandar cada vez mais de profissionais adaptáveis, com forte capacidade analítica e de pensamento crítico voltado para o universo dos dados e Machine Learning. 

Como se preparar para integrar a IA ao planejamento estratégico?
Para as empresas que desejam se manter competitivas, desenvolver colaboradores nessa tecnologia não é uma questão opcional. Assim, é importante que as lideranças olhem para alguns fatores no processo de incorporação da IA. Por exemplo, a identificação de quais áreas podem se beneficiar mais com a integração da ferramenta aos seus sistemas, sejam departamentos de Recursos Humanos (RH), Treinamento e Desenvolvimento (T&D), Business Intelligence (BI) ou Marketing e Comunicação.

Outro ponto de atenção é a avaliação de quais tecnologias disponíveis no mercado podem ser utilizadas de forma complementar à IA, como analytics, automações, e outras. Isso inclui compreender o Retorno Sobre o Investimento (ROI) dessas uniões e adaptar suas aplicações às necessidades específicas da companhia. 

E, acima de tudo, os C-levels devem entender que resistir ao avanço tecnológico significa retroceder. Abraçar a era digital garante que as pessoas estejam preparadas para lidar com uma realidade em constante evolução, assegurando que qualquer ideia inovadora não esteja a anos luz de distância da sua concretização.

*Adriano Almeida é líder  da Alura Para Empresas, unidade de negócios da Alura, maior ecossistema de aprendizado em tecnologia do Brasil, que apoia e impulsiona organizações com soluções de desenvolvimento de pessoas em tecnologia.

 

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