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*Por Cesar Ripari

Considerada uma das principais bases para a construção das empresas do futuro, a análise de dados, também conhecida como Analytics, é certamente uma etapa crucial para que as marcas possam tomar melhores decisões de negócios no mundo hiperconectado no qual vivemos. No entanto, apesar de fundamental, a verdade é que extrair insights precisos das informações armazenadas é também um desafio inegável para as organizações, sobretudo diante das inúmeras fontes e formatos de informações disponíveis. É neste cenário que as lideranças precisam lidar cada vez mais com a seguinte questão: o que fazer para que as equipes possam, de fato, usar o analytics como ferramenta prática para a melhor tomada de decisões possível?

A resposta para essa pergunta, sem dúvida, passa por uma ampla combinação de tecnologia inteligente que permita uma análise dos dados em tempo real, processos bem definidos e cultura orientada à análise de dados, com as pessoas sendo capacitadas, treinadas e municiadas constantemente para utilizar os registros como um ingrediente presente e atuante nas definições – sejam elas qual forem.

Para o sucesso das iniciativas de digitalização e aprimoramento da análise de dados, porém, podemos destacar algumas dicas essenciais. As principais, hoje, a meu ver são:

  1. Colocar a análise de dados dentro das discussões estratégicas;
  2. Identificar as necessidades dos times, entendendo quais informações e atividades merecem maior foco inicial;
  3. Expandir a alfabetização digital das equipes e ao longo da organização como um todo;
  4. investir em sistemas que capacitem as pessoas para a tomada de decisão mais assertiva e ágil (e não apenas em recursos que tomem decisões sozinhos);
  5. Conhecer e selecionar bem as informações coletadas pela companhia;
  6. Focar em aplicações que permitam ir além da visualização do passado e possibilitem tomar ações para o futuro;
  7. E atualizar os planos de forma contínua para aprimorar o uso do analytics dentro das operações.

Nessa lista, a primeira dica é colocar a análise de dados dentro das discussões estratégicas, pois, por mais importante que a tecnologia seja, é o entendimento sobre a importância, alcance e capacidade da análise de dados que fará com que as iniciativas sejam bem-sucedidas já no curto prazo, mas sirvam de base para ações a médio e longo-prazo. No cenário de negócios atual, é mais importante do que nunca que os líderes de negócios e executivos sejam capazes de tomar decisões baseadas em informação de qualidade – mas é preciso, antes disso, que as lideranças saibam para onde o negócio deverá ir e quais indicadores (dados) serão fundamentais para manter a corporação no rumo.

Os dados, quando entendidos de forma adequada e usados de maneira eficiente, fornecem uma ferramenta poderosa para alcançar esses objetivos. Sem isso, as organizações estão simplesmente navegando às cegas. Não por acaso, segundo uma recente pesquisa da IDC, mais de 75% dos executivos elegem a Inteligência Ativa na gestão dos dados como um fator de aceleração dos negócios na era digital.

Depois de definir o rumo, é preciso ver quais são as necessidades das pessoas (das equipes) para cumprir as tarefas que levarão as empresas até o objetivo definido. Isso exige ouvir os times e entender onde estão os gargalos que podem ser resolvidos a partir de dados e quais informações são realmente uteis para a companhia. Por exemplo: por meio de uma solução de inteligência ativa, hoje, já é possível integrar diferentes fontes de dados em tempo real para gerar insights e propor ações de marketing com alto nível de personalização ou campanhas de vendas direcionadas. Ao transformar dados através da Inteligência Ativa, as empresas podem orientar a tomada de melhores decisões, aumentar a receita e a lucratividade e otimizar os relacionamentos com os clientes.

Paralelo a isso, contudo, é fundamental que as companhias invistam na disseminação da alfabetização digital e na formação de uma cultura data-driven, ou seja, que vê e utiliza a análise de dados como um ato recorrente – e importante – para a otimização dos processos, maximização de resultados e aprimoramento contínuo das ofertas. Hoje, estudos da Data Literacy Project, programa que avalia e fomenta a alfabetização de dados ao redor do planeta, indicam que menos de um quarto da força de trabalho se sente confiante com relação à sua capacidade de ler, trabalhar, analisar e se comunicar com os dados. Esse número é alarmante.

É preciso reverter esse quadro, levando conhecimento sobre a importância da tecnologia digital e da análise de dados à rotina dos colaboradores, times e companhias, bem como oferecer treinamento constante para habilitar esses profissionais a utilizarem melhor as soluções disponíveis em seus expedientes. Também é chave investir em inovação, implementando tecnologias que facilitem o uso dos registros digitais na construção dos planos e tarefas diárias, automatizando o que for possível e agregando inteligência real às decisões que essas pessoas precisam.

Do ponto de vista da inovação, felizmente, essa é uma demanda que vem encontrando cada vez mais soluções na Indústria, à medida que a tecnologia avança para fornecer melhores ferramentas para a visualização e gerenciamento de informações. Espera-se que cada vez mais que os dados sejam melhor utilizados para impulsionar o valor empresarial e obter uma vantagem competitiva, e isso passa efetivamente por esses três pontos: colocar a análise de dados como parte estratégica e cultural dos negócios, com lideranças e profissionais realmente orientados por dados confiáveis, seguros e governados; agregar conhecimento em todos os níveis e camadas; e investir em tecnologia de ponta, com soluções que otimizem, automatizem e elevem ao máximo o desempenho das operações, conferindo segundo a seguindo os indicadores mais importantes para o sucesso dos negócios.

É a hora de as lideranças focarem seus esforços em aproveitar o analytics e as constantes inovações para transformar suas infinidades de dados brutos em ações inteligentes, acionáveis e contextualizadas aos objetivos de negócios. É hora de fornecer as informações certas, na hora certa, e com as melhores práticas para a visualização e compreensão de cada possível insight, que em meio à avalanche de dados em que vivemos, pode fazer a diferença para o negócio.

*Cesar Ripari, Diretor de Pré-vendas para a América Latina da Qlik 

Aviso: A opinião apresentada neste artigo é de responsabilidade de seu autor e não da ABES – Associação Brasileira das Empresas de Software

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