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*Por Allan Aparecido e Ildo Avelar

Muito se fala sobre o potencial do Wi-Fi 6 no mercado, mas afinal o que é essa tecnologia? Na prática, Wi-Fi 6 é o nome que damos para a conexão padrão 802.11ax, que permite conectar múltiplos dispositivos de forma mais inteligentes e ágil do que estamos acostumados. Basicamente, esta nova versão traz mais desempenho e velocidade, seguindo o inalcançável objetivo de se ter, em conexões sem fio, a mesma velocidade obtida com conexões cabeadas – esta busca tem possibilitado uma evolução impressionante da tecnologia.

Em comparação às versões anteriores, o Wi-Fi 6 foi a que mais evoluiu. Isso porque as últimas versões tratavam de evoluções da mesma base tecnológica, com a criação de mais canais ou a instalação de mais antenas. Com o Wi-Fi 6, estamos falando de trafegar mais informações ao mesmo tempo e com mais velocidade. Tudo isso vai nos trazer vantagens como: 

  • Velocidades de transferência que podem alcançar de 10 a 12 gigabits por segundo, para troca de informações em dispositivos próximos. Isso representa um aumento entre 30% e 40% em comparação com o desempenho do Wi-Fi 5; 
  • Muitos aparelhos podem interferir na transmissão de dados por ondas de rádio, algo muito comum onde há um alto número de aparelhos funcionando simultaneamente e interferindo entre eles. No padrão do Wi-Fi 6, os roteadores virão com uma assinatura chamada BSS Color, auxiliando a diminuir essa interferência; 
  • Maior número de dispositivos conectados sem perda de velocidade, atendendo a demandas como IoT (Internet das Coisas) e Smart Houses e minimizando os possíveis gargalos; 
  • O Wi-Fi 6 não gera necessidade de consumo de maior energia, gerando justamente o oposto: os aparelhos são mais econômicos do que os modelos anteriores; 
  • A nova versão tem suporte à criptografia WPA3, mais moderna do que a WPA2 que é implementada atualmente, oferecendo maior suporte e proteção frente aos ataques de força bruta. 

O ambiente legado  

Apesar das vantagens citadas, o Wi-Fi 6 ainda está em fase de consolidação. Neste momento, vivemos uma etapa de transição de tecnologias legadas, onde começamos a desenvolver aplicações e dispositivos compatíveis com o Wi-Fi 6, mas ainda com a necessidade de suportar antigas versões.

É preciso ter em mente que os benefícios prometidos pela nova versão da tecnologia não dependem apenas de sua implementação na ponta. Para que as informações trafeguem na velocidade e com o desempenho prometidos, será preciso mudar também as estruturas WAN e LAN. Na verdade, será necessário um refresh total, já que a rede vai receber um volume maior de dados e precisa estar pronta para isso.

E se muda a rede, mudam também os dispositivos. Os aparelhos que utilizamos – notebooks, celulares etc. – devem comportar essa tecnologia. Um exemplo: atualmente, somente notebooks equipados pelo menos com o sistema operacional Windows 10 funcionam com o Wi-Fi 6. É preciso entender que máquinas antigas em uma nova estrutura não trarão os resultados esperados.

Por isso, as empresas precisam planejar a adoção da tecnologia em fases. Muitas já estão neste caminho, implementando access points e antenas inicialmente, deixando os endpoints e o backbone para outro momento. É hora de planejar e preparar toda essa infraestrutura para garantir que, no momento certo, todos os benefícios do Wi-Fi 6 poderão se traduzir em mais eficiência e produtividade.

*Allan Aparecido e Ildo Avelar, especialistas seniores em Enterprise Networking da Logicalis

Aviso: A opinião apresentada neste artigo é de responsabilidade de seu autor e não da ABES – Associação Brasileira das Empresas de Software

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