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*Por Max Camargo

Existe um ditado antigo que diz: Se você não mudar, nada muda. Pode parecer óbvio, mas esta é uma premissa valiosa, que pode ser aplicada não só no âmbito pessoal, como para o desenvolvimento de uma organização, por exemplo. Nos últimos anos, pude observar a busca constante pela “Transformação Digital” em empresas de diferentes segmentos e áreas de atuação. É verdade que este movimento foi potencializado com o período pandêmico recente que, de maneira geral, estimulou os avanços digitais com maior velocidade que o “programado” por especialistas de mercado.

Apesar desse “empurrãozinho involuntário”, observo que, em muitas empresas, a jornada de transformação digital ainda não foi complementarmente implantada, ou ao menos, não como deveria. Li em uma pesquisa recente que cerca de 45% das empresas brasileiras já estavam implementando alguma estratégia de transformação digital, enquanto 30% ainda estavam desenvolvendo uma.

É importante ter em vista que, neste trabalho, a estratégia é o fator determinante, que auxiliará na organização das etapas e irá diferenciar a sua empresa no mercado, consequentemente, evitando a experiência de apenas “trocar os pneus de um carro em movimento”.

Podemos comparar a estratégia efetiva de transformação digital a um prédio em processo de implosão. Diferente da explosão, que acontece de maneira repentina e gera impactos não mensurados, a implosão movimentará as estruturas, com grande impacto, mas de forma ágil e controlada — ou seja, de maneira mais organizada, com menores riscos e mensuração de resultados calculada.

Por se tratar de algo tão estratégico, a presença das lideranças durante sua implementação é imprescindível. E não somente os líderes de áreas relacionadas à tecnologia, afinal, cada departamento tem a sua importância na implantação da transformação digital. Além disso, uma das grandes ferramentas nesta jornada é o engajamento, afinal, sem ele, a execução pode ser diretamente comprometida.

Um estudo do Gartner mostrou que funcionários de uma companhia têm, em média, 2,6 vezes mais chances de ter alta destreza digital se o seu líder definir o tom e modelar o comportamento de evolução das ações, porém, apenas 17% das organizações entrevistadas obtinham líderes que faziam este trabalho de maneira consistente. O dado evidencia a necessidade de formar lideranças estratégicas, conscientes e cada vez mais alinhadas aos objetivos da empresa, a partir da digitalização.

Isso porque o atual contexto de mundo demanda que as organizações desenvolvam uma liderança cada vez mais transformadora, com capacidade de formar equipes de alta performance e extrair delas a motivação para pensar diferente e ir além. E digo isso com experiência, afinal, tenho presenciado os frutos muito positivos deste investimento em lideranças na Solo Network, empresa a qual faço parte há mais de quatro anos.

Recentemente, fizemos o lançamento de um novo Programa de Desenvolvimento de Lideranças para colaboradores, com mais de 50 horas de treinamentos, ministrados por uma consultoria especializada, durante nove meses. Isso porque temos trabalhado para fortalecer a cultura organizacional de nossa companhia e investir na capacitação dos nossos líderes, tornando-os cada vez mais engajados e alinhados com a empresa.

Lidar com os contratempos, investir em lideranças e engajar os colaboradores pode não parecer tarefa fácil, mas talvez seja o ponto de disrupção que impulsionará seus resultados durante a jornada. Vá em frente, busque engajar seus colaboradores e permita que todos, juntos e alinhados, promovam uma verdadeira “implosão” digital em sua empresa!

*Max Camargo, CEO da Solo Network

Aviso: A opinião apresentada neste artigo é de responsabilidade de seu autor e não da ABES – Associação Brasileira das Empresas de Software

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