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* Bruno Guerra

De acordo com a mais recente pesquisa da Qlik, “Alfabetização de Dados: A Evolução da Requalificação”89% dos executivos C-level esperam que os membros das suas equipes expliquem como os dados foram utilizados para basear suas decisões. Por outro lado, apenas 11% dos funcionários estão totalmente confiantes em sua capacidade de ler, analisar, trabalhar e se comunicar com dados.

Como estes percentuais mostram, existe um gap significativo de expectativas e capacidade que precisa ser urgentemente diminuído para que as estratégias de Business Intelligence (BI) evoluam nas empresas.

Um programa de Data Literacy (alfabetização de dados) deve contribuir para superar o que se praticou por tanto tempo no meio empresarial; a centralização e propriedade de dados e sua análise nas mãos de alguns especialistas, e para essa mudança significativa, é necessário quebrar os silos organizacionais.

O treinamento contínuo e prático de Data Literacy tem como objetivos aumentar a confiança e as capacidades dos colaboradores em fazer as perguntas certas, em identificar tendências, gerar insights e vai democratizar a tomada de decisões orientadas por dados em toda a organização.  

Existem diferentes maneiras de prover este tipo de treinamento como cursos on-line, treinamentos especializados presenciais in company, hackatons internos, entre outras atividades.

A realização de uma avaliação prévia dos colaboradores ajuda a identificar o nível atual de alfabetização de dados das pessoas e definir o processo seletivo dos primeiros a serem treinados, as atividades e etapas do programa. As equipes precisam estar afiadas e integradas para um ritmo muito mais acelerado dos processos de BI, sem perder o foco e a assertividade.

Um programa de Data Literacy ajuda a romper com práticas tradicionais e a implementar uma nova era na análise de dados, baseada na Inteligência Ativa, que pode ser entendida como um novo paradigma criado para gerar, no momento presente, insights sobre cada aspecto do negócio, a partir de dados atualizados em tempo real, combinando as informações atuais e os históricos, consolidados de diferentes fontes.

Essa nova era do BI embasada no conceito da Inteligência Ativa está associada à possibilidade de automação de processos, emissão de alertas e sugestões de ações a serem tomadas a partir de certas condições apontadas depois da coleta de dados.

Empresas que conseguem treinar seus colaboradores em um programa de Data Literacy, organizar os dados e tomar decisões por meio de uma estratégia de Inteligência Ativa, estão obtendo benefícios financeiros e operacionais significativos.

Segundo a IDC, entre as três principais prioridades da agenda do CIO para 2022, a segurança foi apontada por 60% dos entrevistados, a nuvem por 41% e a análise de Big Data/ Business Intelligence por 35%. Para se ter mais competitividade, lucratividade e agilidade, o BI precisa evoluir nas empresas e precisa ser cada vez mais difundido como prioridade.

*Bruno Guerra é CEO da IN – Inteligência de Negócios

Aviso: A opinião apresentada neste artigo é de responsabilidade de seu autor e não da ABES – Associação Brasileira das Empresas de Software

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