Nuvem, personalização de atendimento e utilização de aplicativos como fontes de comunicação com as instituições financeiras, permitirá mais inclusão aos brasileiros
No Brasil, de acordo com o Instituto Locomotiva, 34 milhões de brasileiros não possuem conta bancária ou a usam pouco – totalizando cerca de 21% da população. No entanto, a transformação digital estimulada pelo movimento Open Finance no País, com a consolidação prevista para setembro de 2022 de acordo com o Banco Central, deve modificar a forma com a qual esta parcela da população interage com as instituições e têm acesso aos serviços financeiros e a crédito.
Para além do Open Banking, o Open Finance indica a transformação de todas as verticais do ecossistema financeiro, ou seja, de empresas de seguros, câmbio e investimentos. Segundo Fabio Mittelstaedt, head da indústria de serviços financeiros da Microsoft no Brasil, a partir do Open Finance será possível criar um ecossistema de inovação digital no qual instituições financeiras, usuários que já são clientes bancários e a população desbancarizada em pequenos municípios, poderão se beneficiar. “Alguém que mora em uma cidade pequena no interior, por exemplo, vai conseguir fazer tudo que precisa por meio de uma fintech e do uso de aplicativo via celular. Há dez anos os consumidores precisavam ir até um banco para ter acesso a crédito e outros produtos bancários. Hoje em dia, mesmo aqueles que já estavam acostumados com este modelo de operação, estão deixando as agências para resolver suas pendências pela internet”, comenta.
Ainda, o modelo de pagamento digital PIX, implementado no final de 2020, bem como o uso de aplicativos mobile pela população para realizar pagamentos, transferências e compras, estão auxiliando o País na construção de uma cultura digital que será essencial para o bom funcionamento do Open Finance.
Segundo a Febraban (Federação Brasileira de Bancos), em 2020, mais de 70% das transações já ocorreram via mobile e internet, e o PIX se consolidou como o principal canal digital de transações. “O PIX será integrado ao Open Banking nas fases 3 e 4 reguladas pelo Banco Central e isso faz parte de uma agenda de transformação para evoluirmos no Brasil para uma moeda digital – que está sendo chamado de Real Digital. Com isso, o País conseguirá atender um forte pilar de inclusão financeira”, afirma Mittelstaedt.
Para que esta transformação seja realizada existe, portanto, um conjunto de tecnologias que devem ser adotadas a fim de garantir a escalabilidade das operações (uma vez que o ecossistema prevê a entrada massiva de novos usuários on-line), a inteligência de dados e, principalmente, a segurança.
De acordo com Rafael d’Ávila, diretor para a indústria de Serviços Financeiros na Microsoft Brasil, os principais recursos e plataformas envolvidos no movimento Open Finance e que devem moldar a demanda nos próximos meses são: a nuvem – como um ambiente que oferece mais escalabilidade, velocidade, capacidade de armazenamento, facilidade de colaboração e segurança de forma nativa; ferramentas de análise de dados (data analytics) – que permitem que as companhias do setor personalizem os seus serviços aos consumidores e tenham insights analíticos para aprimoramentos no modelo de negócios; e a Inteligência Artificial (IA), que otimiza o uso de dados para tomada de decisão dos gestores e permite melhorar a segurança e as análises antifraude no decorrer das transações – evitando crimes de lavagem de dinheiro, roubo de credencial e outros tipos de ciberataques.
Em todas as esferas do ecossistema, a maior inovação será a partir do uso dos dados para a personalização da experiência dos consumidores. Isso permitirá entregar recomendações de aconselhamento financeiro que promoverá o gerenciamento inteligente das finanças, além de propor serviços de forma mais precisa de acordo com a necessidade de cada um e identificar automaticamente anomalias no comportamento do consumidor a fim de bloquear atividades suspeitas.
Com a visão de incentivar esta transformação, a Microsoft disponibiliza soluções como a Nuvem para Serviços Financeiros que possui aceleradores para o modelo de coinovação, previsto no Open Finance, que podem reduzir em mais de 80% o tempo de adaptação das empresas e transformação dos bancos e fintechs. Além disso, recursos de análise de dados, Inteligência Artificial, anti-fraude, segurança, gestão de risco, entre outros, fazem parte do escopo de tecnologias que devem suportar toda a operação. “Estamos comprometidos com a inovação do setor no Brasil por meio da combinação de novos modelos de negócios e uso de insights analíticos em nuvem. Estamos confiantes que este será o começo de uma jornada de crescimento e benefícios à população por meio da tecnologia”, finaliza Rafael d’Ávila.