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Por Gilmar Batistela, CEO Global da Resource IT

 

O impacto maior já passou. Crise não é mais justificativa para estancar avanços e adiar projetos. Na dor, aprendemos muitas lições e, apesar da insistência das dificuldades, o Brasil começou a aplicar alternativas para minimizar os estragos proporcionados por um cenário político-econômico turbulento e devastador.
 
Muitos desistiram, outros permaneceram estáticos – e o pior: desacreditaram. Mas vários acontecimentos nos trouxeram de volta a certeza de que podemos fazer o melhor, ainda que com escassos recursos, investindo na criatividade e no modelo de colaboração. Um deles foi o evento esportivo do Rio de Janeiro, que surpreendeu o mundo e, especialmente, nós brasileiros, espoliados pela falta de esperança. Assistimos orgulhosos a um espetáculo que estávamos temerosos de que iria naufragar. Nos rendemos e pensamos: sim, nós podemos!
 
E nessa trilha arenosa, a inovação surgiu como um vírus contaminando mentes e almas, alimentando-se inevitavelmente de tecnologia. As projeções no solo do Estádio do Maracanã, durante a abertura dos jogos, provaram isso. Os efeitos proporcionados sofisticaram a apresentação, emocionaram e nos tornaram novamente orgulhosos, providencialmente, do nosso País.
 
Como empreendedor do setor de tecnologia da informação (TI), posso dizer que a tecnologia tem proporcionado às empresas essa alavanca. Tenho oferecido a elas não somente novos recursos, mas também oportunidades. E as oportunidades trazem a esperança de novas conquistas. Até porque todos fazemos parte de uma cadeia de negócios, na qual o sucesso é o resultado do giro de uma engrenagem alimentada pela satisfação de cada um dos atores desse ecossistema. É o conhecido “ganha-ganha”.
 
Sem querer ser piegas e sim realista, o fato é que o pulo do gato nesse momento é entender que precisamos avançar, investir e acreditar no potencial de nossos negócios, que são edificados por pessoas. Quanto mais empreendemos, mais oportunidades damos a elas, crescemos em nossos negócios, contribuímos para a recuperação do poder de compra da sociedade e, dessa forma, para a saúde da economia do Brasil. Estagnar é a pior estratégia a ser adotada neste momento.
 
Hoje, posso atestar que não estou sozinho nessa jornada. A reação está acontecendo, até porque a tecnologia está presente no dia a dia de todos de forma contundente. O mundo é digital, móvel e conectado. É um caminho sem volta e a linha tênue que separava o mundo pessoal do profissional praticamente se desfez. Então, como não ingressar na era digital? Como não investir nesse momento para garantir, de fato, um lugar neste futuro que já está em nosso presente?
 
O importante é que aprendemos a superar nossos limites. Assim como os atletas da TI, os CIOs. Quantos deles tiveram de engavetar projetos e reduzir pessoal nesses quase dois últimos anos? Mas quantos outros inovaram, adotaram modelos colaborativos, disruptivos e conseguiram implementar propostas promissoras em rentabilidade no curto prazo?
 
Avançar em um ambiente adverso, fora da zona de conforto, requer a repaginação da forma de pensar e de exercer nossas tradicionais funções. Conduzir nossos negócios hoje, não somente em nosso País, mas no mundo, exige a construção de uma equação composta por sustentabilidade financeira e de pessoas. A tecnologia é a amálgama nessa corrente que virtuosamente garante a competitividade, tão vibrante para o desenvolvimento dos variados setores da economia. Mercado sem competição é morno, fadado ao insucesso.
 
Nessa movimentação, para a rápida adaptação aos negócios digitais, teremos um grande crescimento dos serviços e soluções globais de TI, uma vez que todas as companhias precisarão de apoio externo para seus negócios nessa mudança de rumo.
 
Tecnologias e conceitos emergentes como Cloud, Mobilidade e Analytics, Análise Cognitiva, além de gerenciamento de risco e segurança da informação, estarão na agenda estratégica de CEOs pela relevância.
 
Adquirir rapidamente habilidades de computação em Nuvem será fundamental para que os profissionais de tecnologia possam repensar e reconstruir a infraestrutura de suas empresas. Estas que, por sua vez, terão de partir, o quanto antes, para estratégias de negócios digitais, sob pena de perderem seu lugar no novo mundo. Ingressaremos em mais uma revolução, com dispositivos, tablets e mobile no lugar de máquinas.
 
A tecnologia será o mais importante combustível para quem busca inovação. E, por todos esses motivos, acredito em um Brasil mais fortalecido, passado a limpo, rumo à recuperação de valores. É hora de levantar e investir!

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