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Priscila Siqueira, vice-presidente de Business Intelligence e Analytics da  Oracle para a América Latina

 
Os ritmos dos negócios estão mudando. Na economia global altamente competitiva, os altos executivos muitas vezes têm de usar mais de um chapéu para ajudar suas organizações a atingir seu pleno potencial. Além disso, cada vez mais esses mesmos executivos são obrigados a fazerem mais com menos. Um exemplo claro dessa realidade é o CIO, que tem de se adequar às mudanças, abordagens e filosofias fundamentalmente para remodelar o seu papel. Mas o que dizer do CFO (Chief Financial Officer)?
 
Considerando o pano de fundo de um ambiente econômico desafiador, os CFOs tiveram de acionar todas as alavancas imagináveis ao longo dos últimos anos para controlar os custos, economizar dinheiro e manter as margens. A pressão para impulsionar a inovação e crescimento neste ambiente, juntamente com responsabilidades financeiras mais tradicionais, resultou em muitos CFOs assumindo um papel mais amplo dentro das organizações. Este papel em evolução tem posicionado o CFO como parceiro estratégico mais valorizado.
 
Para dar mais destaque ao assunto, a Oracle em parceria com a Accenture conduziu um estudo global intitulado "O CFO como catalisador para a mudança", com mais de 930 CFOs entrevistados de organizações de diversos portes e continentes. Ele aponta a evolução do CFO de superintendente financeiro para estrategista empresarial e agente de mudança.
 
De acordo com o estudo, 71% dos executivos entrevistados têm visto o aumento do seu nível de influência estratégica ao longo dos últimos três anos. Com este dado, não estou surpresa porque muitos CFOs estão se tornando cada vez mais influentes. Por outro lado, alguns tópicos conclusivos do estudo são curiosos.
 
Tão interessante quanto o cenário macro, creio que os resultados mais impressionantes foram em torno do crescente papel do CFOs junto a área de Tecnologia. Esta é uma tendência parecida ao que temos visto com os CMOs (Chief Marketing Officer), mas eu diria que o CFO em tecnologia pode ser mais digno de nota.
 
Isso deve-se a mais um dos resultados do estudo: 84% disseram que a cooperação entre o líder de Finanças e CIO (Chief Information Officer) tem aumentado nos últimos três anos. Uma das razões para isso é que os avanços do Big Data, que inclui análise de sentimentos que são com frequência ligada aos resultados financeiros. É fato que as organizações estão cada vez mais olhando para o que os clientes e falando sobre seus produtos, serviços e a empresa com relação direta aos processos de orçamento e previsão.
 
Outra razão da importância do envolvimento dos CFOs com a TI é que encaram as tecnologias disruptivas como uma fonte chave de sucesso do negócio. 79% dos entrevistados no estudo afirmam que o acesso à informação é o motor essencial da agilidade organizacional, enquanto 57% viram investimentos em Big Data e análises como uma das principais fontes de vantagem competitiva.
 
E não é apenas investir em novas tecnologias que os CFOs estão preocupados. Quando perguntados sobre onde eles poderiam melhorar as suas competências e capacidades, eles classificaram a TI como relevante atrás do conhecimento do setor.
 
Como o CFO deve avançar? Enquanto os últimos anos trouxeram incerteza e volatilidade, os CFOs contam com uma grande oportunidade de demonstrarem suas habilidades e fazerem a diferença. Mas para este potencial ser trazido à tona, obstáculos precisam ser superados.
 
Será que estas transformações soam familiar?
 

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