por Celso Sato, presidente da Accesstage
O Gartner prevê que em 2015 o interesse por pagamentos móveis crescerá junto com o aumento significativo do comércio móvel, incentivado pelas e-wallets – ou carteiras eletrônicas. Elas revolucionarão o varejo e isto não deve demorar muito. Não apenas celulares, mas qualquer dispositivo conectado à internet terá poder de compra nos próximos anos. Isso abre um leque de oportunidades e novas preocupações para toda a cadeia de Meios de Pagamento.
A principal preocupação é a segurança. Segundo a IDC, em dois anos, 90% das redes de TI terão uma falha por conta da Internet das Coisas, portanto é essencial investir, desde já, na proteção das transações e das informações. Na outra ponta, o Varejo deve estar pronto para aceitar esses novos modos de pagamento, caso contrário oportunidades de vendas poderão perder-se no caminho. Vale ressaltar que não adianta se jogar de cabeça nessa novidade sem antes conhecer o mercado e preparar-se para o que está por vir. Ficar atento às movimentações mundiais e à realidade local do lojista o ajudará a decidir quando é o momento certo para aceitar o pagamento móvel.
Análise, planejamento e adaptação são as primeiras etapas para que a aceitação das carteiras eletrônicas seja cada vez mais ampla e bem estruturada. Também é necessário que os varejistas trabalhem internamente para ter o controle financeiro sobre os meios de pagamento aceitos – seja físico, plástico ou móvel. Conciliar todos estes modelos pode ser um grande desafio. Os executivos de finanças não podem perder de vista nenhum detalhe das transações, como cancelamentos, antecipações ou mesmo taxas debitadas pelas operadoras. Qualquer cobrança indevida ou pagamento não debitado significa perda de dinheiro. Nesse caso, softwares de conciliação de vendas podem solucionar a questão e tornar as áreas de finanças menos operacionais e mais estratégicas.
As carteiras eletrônicas são uma tendência e chegarão ao Brasil com força total, já que as grandes empresas do setor têm investido fortemente nessas soluções. Cabe agora ao mercado de Meios de Pagamento brasileiro torná-las realidade em nosso país de modo eficiente e sem dificuldades operacionais ou tecnológicas.