Os brasileiros acham que o resto do mundo presta, menos o Brasil. Realmente parece que gostamos de falar mal de nossa terra e dos costumes de nosso próprio povo. Muitos glorificam outros países, como se aqui fosse o esgoto do mundo. Falam até mal de seus próprios conterrâneos. Tenho a impressão que, muitas vezes, existe um ódio de regiões para com as outras; ou de estados para com estados. Polarização.

Com o país polarizado, fica a divisão mais visível, ainda, entre os poderes Executivo x Legislativo x Judiciário. Se os poderes não se entendem, como eles poderão entender aos empresários e cidadãos?

Isso me leva a algumas reflexões. Primeiro, que os nossos governantes não ouvem os nossos empresários, ou não estão interessados em nos ouvir; e segundo, não nos surpreende, que somos como somos. Passividade.

Se olharmos para trás, mesmo sendo jovens, não havia internet nem celular, fazíamos fila aos domingos para ir ao cinema comprar o ingresso. Só tínhamos uma rede de televisão, voar de avião era um luxo e rezávamos para não cairmos no overbooking etc. Tudo mudou radicalmente à nossa volta, mas o nosso modelo de sociedade não conseguiu adaptar-se com a mesma velocidade neste novo ambiente dinâmico, rápido e global. Descompasso.

Continuamos com modelos educacionais semelhantes, ou piores, em comparação com os anos 80 e todas as novas profissões que, hoje, são exigidas não existiam. Portanto, nosso modelo produtivo precisa mudar para o novo ambiente global e hiperconectado. Nossa sociedade civil precisa se modernizar e ser muito mais autônoma, sem muita regulação e intervencionismo governamental (com a consequente diminuição de funcionários). Insegurança Jurídica.

Por um momento, gostaria de dispensar todas as novas tecnologias que existem atualmente. Assim, perceberíamos as possibilidades que temos nas empresas para aproveitar essas novas tecnologias para comunicar e interagir melhor com nossos clientes, com o consequente benefício. Conceitos como CRM, e-Commerce, Big Data, Analytics/BI e Cloud… são maravilhas que a tecnologia colocou à nossa disposição para tornar as nossas organizações mais eficientes e estamos voltando as costas ao novo. Com o perigo dos competidores internacionais ganharem o jogo com essa vantagem competitiva. Atraso.

Vamos lutar para ser um país com empresas do século 21 e não dos anos 80, senão é melhor ficarmos em casa.

Nossa terra brasilis é um país iluminado e muito diferente dos outros. Maravilha este povo, que possui a capacidade de receber todas as raças, todos os credos de qualquer canto do planeta, que sabe compreender todos os sotaques, que oferece todos os tipos de climas para contentar todas as pessoas. Que tem um empresariado, que supera uma enormidade de planos econômicos e desgovernos. Bendita sejas tu “Pátria Amada Brasil!”. Independente.

Onivaldo Roncatti
Onivaldo Roncatti
Onivaldo Roncatti é empresário, administrador de empresas e especialista em Tecnologia da Informação desde 1970. Fundador e executivo da Union TI e diretor da ABES. Considera-se uma pessoa feliz com as conquistas obtidas diariamente, feliz em ser livre para agir e pensar, feliz por escrever sobre o cotidiano e feliz pela família e amigos que tem. Mais informações: https://www.linkedin.com/in/onivaldoroncatti/
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