Desde que nascemos, é intuitivo entender que seres humanos precisam de contato físico, o que tem faltando hoje em dia. Quando nos afastamos de nossos semelhantes, nosso corpo começa a colapsar, por mais difícil que alguns convívios possam ser.
Convido você a fechar os olhos (logo após ler este artigo!) e relembrar momentos felizes de sua vida. Momentos em que seu trabalho foi reconhecido, em que mais um aniversário foi comemorado. Quem sabe um Natal em família, a conquista de passar no vestibular, ou aquele momento em que você reencontrou a pessoa amada.
Creio que, em grande parte desses momentos, aconteceu um abraço, afinal, ele é a exteriorização do querer bem, do querer perto. Você se lembra das sensações deste momento? Tente revivê-las!
Quando abraçamos alguém, nossos corações se unem e nosso cérebro recebe a mensagem de que ali há alegria, há parceria, há proteção, há bem querer. Como somos seres humanos sociáveis, a aceitação importa para nós. Por mais que haja aqueles que defendem não precisar de ninguém, no fundo sabemos que isso não é verdade.
Quando eu era mais nova, tinha um grande amigo, o qual eu visitava somente no Natal. Eu ia até a casa dele apenas para lhe dar um longo abraço. Ali, eu lhe desejava tudo de bom por um ano inteiro. Ouvíamos as nossas respirações e nossos corações pulsando. Era delicioso aquele momento de bem querer.
Nos braços de minha mãe, eu recebia a energia necessária para saber que havia alguém no mundo com a qual eu poderia contar, incondicionalmente.
Nos braços de meu marido, sinto o amor que nos envolve e nos transforma em pessoas melhores a cada dia.
Desde muito cedo aprendi a distribuir abraços, entregar alegria. Quando era pequena, ganhei um livro que se chamava “A Terapia do abraço”. Era curto, mas me fez entender o quanto abraçar alguém poderia ser mágico, tanto para quem abraça quanto para quem é abraçado.
Dentro de um abraço o tempo para, fica tudo bem. Ele conforta e, vez ou outra, precisamos desse conforto. Sabe quando seu peito está explodindo, seja de angústia, seja de dor ou mesmo de felicidade? É neste momento que o abraço lhe traz a plenitude. Ele é o brinde à vida!
Muitas pessoas têm receio de abraçar e de serem abraçadas. Mas elas não sabem que essa entrega e essa doação são responsáveis por enxurradas de sentimentos de bem-estar que perduram no tempo e na memória.
Não sei o quanto você tem tido tempo para abraçar mas, meu conselho é: se isso ainda não faz parte de sua vida de forma rotineira, mude agora mesmo.
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