*Por Otávio Argenton
Todas as empresas precisam e devem evoluir tecnologicamente para alcançar um alto patamar competitivo no mercado atual. E, levando em consideração essa premissa, a cada ano, novas tendências tecnológicas tornam-se prioritárias no plano de negócios das companhias. Sendo assim, após a era da transformação digital, a qual grande parte das companhias já adentraram, agora é o momento de investir na evolução digital, ou seja, avaliar o nível de maturidade digital atual e evoluir no processo, considerando não apenas o ambiente tecnológico, mas também o ser humano como fator-chave para a evolução.
Neste sentido, ao seguirem o caminho da evolução digital, empresas de todos os portes precisam seguir inovando por meio de novas tecnologias. De acordo com o relatório “Indústria de Software e Serviços de TIC no Brasil: caracterização e trajetória recente’, divulgado pelo Observatório Softex, apenas em 2021, o Brasil investiu cerca de R$ 322 bilhões em tecnologia, reforçando sua importância para o desenvolvimento das organizações. Tendo em vista este cenário, quais serão, portanto, as principais tendências tecnológicas nas empresas para 2023?
Digitalização dos processos
O mundo está cada vez mais digitalizado, proporcionando facilidades antigamente inimagináveis, como compras totalmente remotas, seguras e rápidas, resolução de problemas via interação digital. Neste contexto, o comportamento do consumidor também se adequa, beneficiando-se da possibilidade de “ligar e desligar” algum serviço quando quiser ou solucionar alguma demanda no momento e lugar em que estiver.
Este padrão digital já é, então, uma exigência em todas as empresas, de qualquer porte ou segmento, a fim de oferecer aos seus clientes uma experiência de qualidade e consistente. Com uma menor interação humana, as companhias buscam atingir estabilidade, previsibilidade e cumprimento de promessas que podem proporcionar melhores experiências aos usuários. Desta forma, a digitalização dos processos geralmente permite que os serviços atendam ou excedam as expectativas dos clientes, gerando fidelização e tornando-se um grande diferencial competitivo.
Gerenciamento de Dados e Segurança das informações
Uma das principais consequências da digitalização em massa e da priorização das experiências online é a derivação do aumento na quantidade de dados a serem consumidos, armazenados e gerenciados pelas organizações. De acordo com o relatório Data Age 2025, da IDC, a expectativa é que a quantidade de dados criada, capturada, copiada e consumida, que era de 33 zettabytes (ZB) em 2018, cresça para 175 ZB até 2025.
Assim, o atual desafio das empresas não é a produção de mais dados ou o seu compartilhamento, que muitas vezes já ocorre de forma orgânica, mas sim o seu gerenciamento em grandes proporções e o acesso a eles de maneira efetiva, bem estruturada e econômica, para um processo decisório assertivo. Neste sentido, um gerenciamento bem executado dos dados em uma companhia permite maior confiabilidade para a resolução de problemas, novas soluções, ideias, e tomadas de decisões importantes para o negócio.
Além disso, com o aumento dos dados e consequente demanda pelo seu gerenciamento, surge outra preocupação nas empresas: a segurança das informações. Para garantir que todos os dados coletados e armazenados estejam seguros, as companhias devem investir cada vez mais em tecnologias de proteção e no treinamento de suas equipes de colaboradores para assegurar a correta manipulação das informações e evitar invasões hackers ou vazamento dos dados.
A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), em vigor desde agosto de 2020, possui a responsabilidade de estabelecer práticas para a coleta e o gerenciamento de dados nas empresas. Vale lembrar que a primeira pessoa a desmontar um sistema de segurança é o próprio usuário da instituição. Com isso, a LGPD auxilia no cumprimento das iniciativas para as conformidades, possibilita uma melhor gestão, segurança e privacidade dos dados, aumenta a confiabilidade das empresas e cria uma relação mais segura com os consumidores.
A importância da Governança
Mais uma tendência nas empresas para o próximo ano será o investimento em governança. Nos últimos anos, especialmente com o enfrentamento à pandemia, muitas mudanças ocorreram no mercado de trabalho, gerando uma demanda maior na governança dos processos de licenças e softwares nas companhias.
Sendo assim, há uma grande possibilidade de que em 2023, as empresas invistam ainda mais neste setor, a fim de organizar e controlar efetivamente seus sistemas e softwares, mitigando qualquer risco tecnológico ou financeiro para o negócio. Com as melhores práticas de gestão dos ativos de software, as instituições garantem maior segurança, controle de gastos, além da redução de contratos.
A tecnologia como aliada no sucesso dos negócios
Para obter os melhores resultados e saber em quais tecnologias é preciso investir, as companhias cada vez mais devem atentar-se às necessidades de seu negócio e para qual caminho desejam seguir em 2023. A partir disso, é possível traçar um plano adequado, contando com consultorias e profissionais especializados, e seguir rumo à evolução digital.
Neste atual cenário competitivo, não se pode ficar para trás. Existem apenas duas alternativas: escolher o investimento tardio e não atingir a competitividade exigida atualmente, ou considerar e adotar as principais tendências tecnológicas para alavancar os negócios e atingir, de fato, uma posição de sucesso no mercado.
*Otávio Argenton é Country Manager da SoftwareONE, provedora global e líder em soluções de ponta-a-ponta para softwares e tecnologia de nuvem.
Aviso: A opinião apresentada neste artigo é de responsabilidade de seu autor e não da ABES – Associação Brasileira das Empresas de Software