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*Por Erick Buzzi

O termo “metaverso” surgiu pela primeira vez no livro de ficção científica chamado “Snow Crash”, do escritor Neal Stephenson, publicado em 1992. Em meados de setembro de 2021, o termo passou a ser muito discutido e tem ganhado cada vez mais espaço, mesmo parecendo algo ainda distante. A única certeza que temos é que esse novo universo virtual vai influenciar, não só as relações, mas, também diversas outras esferas do cotidiano.

No que tange ao comércio digital, esperamos novidades que transformarão ainda mais as experiências de compra online. O metacommerce, como é chamado o modelo de comércio deste novo universo, é a evolução de experiências digitais que já estão em vigor e em vertiginoso crescimento desde o início da pandemia, como o social selling e o live shopping, por exemplo. É uma grande transformação impulsionada, principalmente, pela democratização ao acesso à conexão 5G . Um sinal desta tendência está em alguns movimentos que grandes empresas e conglomerados de consumo estão criando para se beneficiar desta nova realidade.

A Nike, gigante americana de artigos esportivos, anunciou a compra de uma empresa virtual de calçados que fabrica NFTs e tênis para o novo universo online. A aquisição da marca visa entregar colecionáveis de última geração que mesclam cultura e jogos. Já a Gucci, uma das marcas mais conceituadas no universo da moda de luxo, abriu uma loja conceito no metaverso para vender NFTs e itens de vestuários e acessórios. O grupo francês Carrefour chegou ao metaverso com compra um de terreno, equivalente a 30 supermercados, com foco em explorar as possibilidades que esse novo ambiente proporciona, buscando realizar vendas online com a nova aquisição. Outras marcas que também já aderiram a este novo formato de negócios virtuais foram Walmart e Adidas. E mais recentemente, um relatório da McKinsey & Company revelou que a quantia investida no metaverso nos primeiros cinco meses de 2022 já passa dos US $120 bilhões.

Para a geração Y, Z e até millenials, o metaverso parece algo muito distante, no entanto, para a geração Alfa, que tem a tecnologia como uma extensão de sua forma de conhecer o mundo, não é algo incomum. Essa é a primeira geração 100% nativa digital, que já nasce inserida no virtual. Alguns especialistas estimam que até 2025, quando nascerão os últimos integrantes dessa geração, este grupo poderá ser de mais de 2 bilhões de pessoas, representando a maior parte da base de consumo do mundo. E para atender a essa demanda, as marcas precisarão considerar o metaverso como uma realidade.

É interessante pontuar que, ao menos no início, o metaverso será muito mais uma oferta de experiência do que um canal para a concretização de vendas de produtos. Por exemplo, talvez não seja o meio em que consumidores farão compras de supermercado, mas sim, um canal imersivo para compras que são motivadas por uma experiência virtual, como no processo de descoberta de um novo carro ou apartamento. Para quem busca um imóvel novo, ao invés de visitar 3 ou 4 apartamentos, o metaverso pode proporcionar a visitação ao local sem a pessoa precisar sair de casa. Com a qualidade dos hardwares muito mais avançada, isso vai ficar cada vez mais fácil de ser proporcionado.

Na verdade, é importante enxergar o metaverso como mais um canal que faz parte de experiências omnichannel, e que as marcas terão que administrar junto com os outros canais. O que representa um luxo para a nossa geração, amanhã será uma obrigação para atender a geração futura, que virá cada vez mais conectada.

O metaverso oferece ao varejo a oportunidade de ressuscitar o tipo de sinergia que tornou os shoppings tão populares, ao mesmo tempo, incluindo a oferta de eventos exclusivos por tempo limitado e produtos encontrados apenas em um local e momento específicos.

Imagine você, sem sair da sua casa, poder comprar um lugar no Super Bowl, maior campeonato de futebol americano, sentindo toda a vibração e energia daquela partida, como se estivesse realmente lá. E mais, assim que o seu jogador favorito marcar um ponto, você pode adquirir a camisa usada por ele na partida em tempo real, e recebê-la na sua casa. É esse tipo de experiência que o metaverso pode e vai proporcionar. Com essa visão, o que é uma ferramenta de marketing pode ter um impacto direto nas vendas das marcas e é nisso que elas precisam focar ao entrar nesse novo mundo virtual.

Na VTEX, estamos sempre em busca de tecnologias e soluções que permitam com que os varejistas ofereçam as melhores experiências de descoberta e compra aos consumidores finais. Dizemos que o comércio é on, é off, e está em todos os canais. E, já temos visto que o metaverso será mais um canal que se tornará parte importante dos negócios dos varejistas em todo o mundo.

*Erick Buzzi, Vice-Presidente Sênior de Vendas, Marketing e Alianças da VTEX

Aviso: A opinião apresentada neste artigo é de responsabilidade de seu autor e não da ABES – Associação Brasileira das Empresas de Software

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