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*Por Ary Silveira Bueno

TRLs ou Níveis de Maturidade Tecnológica são uma escala de classificação amplamente usada para medir o grau de maturidade de uma tecnologia, desde a fase de concepção até a comercialização. Essa escala, que vai de 1 a 9, é frequentemente utilizada para avaliar o estágio de desenvolvimento de tecnologias de startups, especialmente em setores de alta inovação, como o aeroespacial, biotecnologia, energia e outros. Vamos a uma rápida apresentação de cada um deles:

Aplicação dos TRLs às startups

• TRLs iniciais (1-3): fase de pesquisa e desenvolvimento inicial, onde startups estão testando conceitos e tentando validar suas ideias. Startups em incubadoras e centros de pesquisa geralmente estão nesses níveis.

• TRLs intermediários (4-6): fase de desenvolvimento de protótipos e testes em ambientes simulados. As startups nessas fases estão desenvolvendo MVPs (Produtos Mínimos Viáveis) e estão em busca de investimentos iniciais ou de capital de risco.

• TRLs avançados (7-9): fase de testes operacionais e comercialização. Startups nesse estágio geralmente estão prontas para escalabilidade, com produtos maduros, e estão buscando expansão de mercado.

Os TRLs ajudam investidores, pesquisadores e stakeholders a entenderem em que estágio a tecnologia da startup está e qual o grau de risco envolvido no seu desenvolvimento. Essa métrica é amplamente utilizada por agências governamentais e organizações de fomento à inovação.

Destaque-se que, mesmo as startups de TRL 9 podem não estar ainda gerando notas fiscais (faturamento).

Os nove níveis de TRLs – Technology Readiness Levels

Aqui estão os nove níveis de TRLs e o que eles significam em termos de desenvolvimento de uma tecnologia e/ou produto:

TRL 1 – Princípios básicos observados e relatados

• A pesquisa está em uma fase inicial, e os princípios fundamentais estão sendo explorados.

• Não há nenhum desenvolvimento prático ainda, é apenas a formulação da ideia ou conceito.

TRL 2 – Formulação do conceito tecnológico

• O conceito ou aplicação da tecnologia está sendo formulado.

• As pesquisas são mais focadas, e o potencial da ideia é descrito, mas não há ainda um modelo concreto.

TRL 3 – Prova de conceito experimental

• O conceito de tecnologia já está validado por experimentos e estudos de laboratório.

• Pequenos testes são realizados para verificar a viabilidade do conceito em um ambiente controlado.

TRL 4 – Validação de componente ou sistema em ambiente de laboratório

• Protótipos básicos são desenvolvidos e testados em ambiente de laboratório para validar o funcionamento dos componentes principais.

• A tecnologia ainda está em uma fase de desenvolvimento controlada.

TRL 5 – Validação de componente ou sistema em ambiente relevante

• O protótipo da tecnologia é testado em condições que simulam seu uso real.

• O ambiente já começa a ser mais próximo do real, embora ainda seja controlado.

TRL 6 – Demonstração de protótipo em ambiente relevante

• Protótipos funcionais são desenvolvidos e testados em um ambiente operacional relevante, ou seja, mais próximo do uso final.

• O foco está na demonstração prática da tecnologia em uma escala relevante.

TRL 7 – Demonstração do sistema em ambiente operacional

• O sistema completo é testado em um ambiente real e operacional.

• A tecnologia está quase pronta para o mercado, faltando apenas ajustes finais.

TRL 8 – Sistema completo e qualificado

• A tecnologia já está completamente desenvolvida e passou por todos os testes necessários.

• Há uma comprovação de que o produto funciona em ambiente real, pronto para ser lançado comercialmente.

TRL 9 – Sistema comprovado em ambiente operacional e comercializado

• A tecnologia está totalmente disponível para uso comercial.

• A startup já pode comercializar o produto, e o foco agora é escalar a operação e buscar melhorias incrementais.

Espero que este conteúdo seja útil para sua empresa e seus projetos de inovação.

 

*Ary Silveira Bueno, Fundador e Diretor da ASPR ,Vice-Presidente do Instituto Brasil Digital

 

Aviso: A opinião apresentada neste artigo é de responsabilidade de seu autor e não da ABES – Associação Brasileira das Empresas de Software

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