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*Por Ary Silveira Bueno

Trago o tema para te inspirar e estimular, para que se sinta provocado (a) a dedicar um precioso e produtivo tempo de leitura.

Se sentir sensibilizado, sugiro que reflita sobre o que pensam e defendem três grandes especialistas, sobre o relevante tema em pauta. São eles: 

Especialista I 

Prof. Dr. Gustavo Donato. Foi Reitor da FEI. É Professor da Fundação Dom Cabral, Conselheiro de Empresas, Membro do B20 e Presidente do Conselho Deliberativo do Instituto Brasil Digital.

Em entrevista de 24/05/2024 à Adriano Bonazio, no Programa Abra Talks da Abrafiltros, falando sobre Profissional do Futuro Entrevista – vídeo 39m50s a 45m17s , trago o resumo: 

Temos a convivência nas empresas, de cinco gerações.

A pessoa sênior tem visão de mundo, serenidade, experiência de mercado, tranquilidade para tomada de decisões. Já o jovem traz um frescor na tecnologia e nas visões e criatividade aguçada. O grande negócio é colocar ambos para trabalharem juntos. 

As competências mais importantes de lista do Linkedin:  

De 10 top skills, 8 são softs skills e somente duas hards.

Tecnologia cada vez mais se comoditiza. Hards skills continuam sendo muito importantes, mas conta com o apoio da tecnologia, da robótica e IA; são necessárias, mas não são suficientes. 

Segundo o Prof. Gustavo, o grande ativo diferenciador é a formação humana, o desenvolvimento humano.

Diz ele:

Os nomes hard skills e soft skills estão errados.

“Desenvolver soft skills é muito mais hard do que as hard skills”.

Como ensinar a ser líder, a inteligência emocional, comunicação, conversas difíceis e negociação?  Como ensinar a ter empatia? É muito mais difícil ensinar isso.

Na visão dele, três competências são fundamentais:

  • aprender a aprender;
  • adaptabilidade às circunstâncias; e
  • não se acomodar e se expor a desafios.

Defende:

Se exponha, busque o alto desafio, a alta habilidade; é tal combinação que a psicologia do alto desempenho chama de FLOW.

Para além das hard e soft skills, para mundo pós pandêmico e século XXI, de acordo com o World Fórum Economic, ele destaca:

  • Letramento em Futuros;
  • Esperança; e
  • Fraternidade

Finaliza:

“O campo do brilhantismo não está nas respostas, mas em sabermos fazer perguntas”.

“O mundo do amanhã não é dos “sabichões”, mas sim dos aprendizes eternos”.

Especialista II

Profa. Martha Gabriel, CEO, autora, Membro do Board de AI da Samsung Brasil, palestrante e um ícone multidisciplinar na América Latina nas áreas de negócios, tendências e inovação.

Em entrevista ao Valor Econômico de 18/04/2024 sobre a IA – Inteligência Artificial:

A IA deve estar cada vez mais presente em todos os aspectos de nossa vida”, diz Martha Gabriel

A especialista em tecnologia comenta como o uso da IA otimiza a rotina das pessoas, desde a transcrição de reuniões a traduções em tempo real

Segundo a pesquisa Tracking Sintonia com a Sociedade 2023, da Globo Gente, 37% das pessoas usaram ferramentas de IA para estudar ou produzir textos e 22% usaram como uma ferramenta de busca geral.

A pesquisa reforça esse ponto, já que 68% dos consumidores concordam que a IA é uma ferramenta que pode tornar a rotina mais ágil e 43% concordam totalmente ser uma fonte confiável de informação.

Em um papo exclusivo, Martha Gabriel falou sobre os impactos da inteligência artificial no dia a dia das pessoas e sobre como o celular será um catalisador para esta adoção.

‘É o momento dos humanos abraçarem a inteligência artificial para podem se ampliar e expandir para um novo patamar de cognição e produtividade que só é possível por meio das tecnologias inteligentes’, diz.

Em importante artigo de 2019, a Profa. Martha nos brindou, sobre a IA:

“Dessa forma, admitindo que estamos trilhando um caminho irreversível para a superinteligência artificial em um futuro próximo, a melhor forma para solucionarmos a equação da relevância humana nesse cenário é compreender as diferenças entre as inteligências artificial e humana, e o que cada uma faz melhor. Nesse sentido, listei as características dominantes de cada tipo de inteligência, e fiz em um comparativo de habilidades na imagem a seguir:”

Como podemos observar, as forças principais da inteligência artificial hoje são bastante distintas da inteligência humana, e em sua maior parte, complementares.

Nesse contexto, duas conclusões tornam-se bastante claras:

  1. Não adianta tentar competir com as máquinas naquilo em que elas são melhores do que nós: perderemos sempre; 
  2. Precisamos abandonar comportamentos humanos repetitivos – braçais ou mentais — que podem ser facilmente substituídos por máquinas e nos dedicar a desenvolver as habilidades humanas em que somos melhores do que elas. 

Assim, o futuro irreversível é inteligências humana e artificial trabalhando together – por um lado, o desafio da humanidade é se adaptar continuamente para encontrar o seu lugar no mundo de máquinas mantendo sua relevância e se ampliando nesse processo;

Por outro, o desafio das organizações é se transformar continuamente para conseguir otimizar a utilização dos recursos disponíveis no ambiente de forma o maximizar resultados. Portanto, together is better

Especialista III 

Daniel Goleman, escritor de renome internacional, psicólogo, jornalista da ciência 

Em entrevista de 29/06/2024 para Daniel A. Cohen do Brazil Journal:

QI ajuda no começo. Mas nos níveis mais altos, “o QE vale mais”, diz Daniel Goleman em recente palestra no Brasil. 

Há três décadas, o livro Inteligência Emocional, do psicólogo americano Daniel Goleman, popularizou um campo de estudos então incipiente e contribuiu para o avanço de uma mentalidade que hoje parece óbvia: saber lidar com os sentimentos torna os profissionais mais eficientes. 

Ao longo dos anos, a inteligência emocional, ou IE – também chamada de QE, quociente emocional, em analogia ao quociente intelectual – se tornou uma habilidade imprescindível. Algumas pesquisas apontam que ela é o maior previsor de desempenho futuro (com maior grau de acerto do que a análise do QI) em várias áreas de atuação. 

Segundo esses trabalhos, profissionais com mais IE são mais propensos a manter a calma sob pressão, resolver conflitos, liderar com eficiência e criar bons ambientes de trabalho (produzindo maior engajamento e menor rotatividade de funcionários). 

Finalizando

É de se concluir que, as ciências Exatas, Humanas e as Sociais, devem também trabalhar ainda mais juntas, tal como a Inteligência Humana, Emocional e a Artificial, para receberem questionamentos e as perguntas cabíveis, para responderem às imensas demandas da Humanidade em um mundo cada vez mais desafiador e complexo. Como consequência, oportunidades quase infinitas, mas dependentes de esperança e de fraternidade, como citado pelo Prof. Gustavo Donato.

O Time ASPR tem estado atento a isso tudo. Desde 2019 tem praticado ações que vão ao encontro desta realidade, com capacitação dos seus profissionais, implementação de novas soluções tecnológicas e com incorporação de uma nova mentalidade e cultura digital.

*Ary Silveira Bueno, Fundador e Diretor da ASPR, Vice-Presidente do Instituto Brasil Digital e Presidente do Conselho do SiNEco – Sistema Nacional de Ecossistemas do Brasil Digital

Aviso: A opinião apresentada neste artigo é de responsabilidade de seu autor e não da ABES – Associação Brasileira das Empresas de Software

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