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*Por Marcos Eurico

A cibersegurança nunca foi tão mandatória para empresas de todos os setores quanto hoje. O cenário mundial dinâmico atual exige que as organizações implementem soluções digitais para proteger seus ativos digitais, que na era da tecnologia, são seus ativos mais valiosos. Neste contexto, as informações de clientes e consumidores, que estão 100% digitalizadas, se tornaram um ativo crítico a ser protegido. Desde a entrada em vigor da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), há quatro anos, a proteção das informações dos cidadãos no Brasil se tornou também uma prioridade legal. A LGPD estabeleceu uma série de regras e requisitos que devem ser cumpridos, prevendo penalidades significativas, inclusive financeiras, caso não sejam atendidos. Por exemplo, de acordo com essa lei, os dados precisam ter finalidade, adequação, transparência e prevenção de riscos para garantir que seu uso seja feito com propósitos legítimos e claros para quem os cede, com coleta apenas do que for pertinente aos negócios e total clareza sobre como são tratados.

Diversas outras regulamentações de cibersegurança também já estão em vigor com diretrizes impostas por órgãos de setores específicos no país, como da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para telecomunicações (em especial a Resolução nº 740/2020) e do Banco Central para o segmento financeiro (em especial a Resolução nº 4.893/2021). Esse movimento deixa ainda mais claro a necessidade e a importância da constituição de um ecossistema de segurança cibernética que garanta a proteção dos dados coletados e usados pelas organizações. Com a tendência crescente de outros países também adotarem abordagens legais para a segurança cibernética, a exigência por uma proteção eficiente continuará a se intensificar globalmente.

Para se adequar a este ecossistema cada vez mais regulado e mitigar invasões a sistemas e redes, impedir acessos não autorizados, roubo, perda ou até destruição dos dados é preciso criar um ambiente que envolva tecnologias, cultura e políticas internas de segurança nas empresas. Assim, é muito mais factível que as informações estejam resguardadas de riscos cibernéticos. Do lado tecnológico, é necessário adotar soluções robustas e comprovadas para acompanhar as evoluções dos ataques hackers, que estão em constante mudança. Diante desse cenário, uma tecnologia permanece fundamental para qualquer estratégia de segurança eficaz: o Next-Generation Firewall (NGFW).

Os NGFWs desempenham um papel central neste ecossistema complexo da segurança cibernética e para a conformidade com regulamentações. Essa tecnologia integra em uma única plataforma controles e proteções avançados para usuários, dados, aplicações e rede, além de permitir a adaptação para novas ameaças e a integração com outros serviços, se mantendo sempre atualizada. NGFWs modernos contêm uma funcionalidade específica para prevenção de perda (roubo) de dados. Além disso, com uma inspeção profunda de pacotes e tráfegos criptografados, o NGFW permite também identificar e até bloquear ataques avançados, atividades maliciosas, ameaças ocultas, aplicativos específicos e tipos de dados. Ainda, pode utilizar recursos avançados de Inteligência Artificial e Machine Learning para reconhecer padrões de ataques e acionar as funções necessárias para conter as ações dos criminosos no ambiente digital.

Além disso, grande parte das diretrizes que estão sendo implementadas ao longo dos anos exige que as organizações mantenham registros e realizem auditorias para demonstrar a conformidade nas ações realizadas. O Next-Generation Firewall também apoia as empresas nesse quesito. A tecnologia cria logs de registro de incidências com informações detalhadas de cada evento, como data e hora, tipo e descrição de ataque. Além de colaborar no seguimento das regras de segurança cibernéticas, este recurso eleva a visibilidade da companhia em relação às atividades ocorridas no seu ambiente digital, possibilitando medidas eficazes para identificar e corrigir problemas.

Outra importante funcionalidade do NGFW está no gerenciamento de acesso de usuários aos recursos da web. A tecnologia oferece controles avançados e rigorosos para bloquear acessos indesejados e atividades suspeitas nos sistemas. Essa ação previne comportamentos de riscos em sites e portais não confiáveis, que muitas vezes são a porta de entrada para invasões digitais aos sistemas das empresas. Todos esses benefícios apoiam na construção de políticas mais eficazes para segurança cibernética nas organizações.

À medida que as regulamentações se desenvolvem e as tecnologias se aprimoram, é preciso ter ambientes mais seguros e resilientes, em que a inovação possa florescer sem comprometer a integridade e a privacidade dos dados. Por esse motivo, a crescente complexidade e sofisticação das ameaças cibernéticas destaca a necessidade urgente de investir em tecnologias avançadas, que acompanham as mudanças no mundo atual, como o Next-Generation Firewall. Isso promove a criação de uma cultura de proteção proativa e adaptativa no digital, permitindo a evolução dos negócios. O investimento contínuo em soluções avançadas e em conformidade regulatória continuará sendo fundamental para proteger as infraestruturas críticas e garantir um futuro altamente digitalizado com segurança e confiabilidade para o sucesso dos negócios.

*Marcos Eurico, Diretor de Suporte da Blockbit

Aviso: A opinião apresentada neste artigo é de responsabilidade de seu autor e não da ABES – Associação Brasileira das Empresas de Software

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