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Telefonia fixa, telefonia celular, banda larga, comunicação de voz e dados são os serviços imediatamente associados à Telefonica Vivo, uma das principais empresas do mundo no mercado de telecomunicações. Entretanto, nos últimos anos, a companhia tem direcionado investimentos significativos em P&D no setor de TIC, de olho em tecnologias e aplicações de big data, computação na nuvem e internet das coisas (IoT em inglês). 
 
Qual a razão deste movimento? A Telefonica Vivo quer ir além da conectividade e planeja se transformar em uma provedora de soluções tecnológicas para cidades inteligentes.  O Portal ABES entrevistou Eduardo Koki Iha, gerente de Divisão Smart Cities da empresa, que explicou sobre esta estratégia global e a posição do Brasil neste cenário. 
 
1.    Como a Vivo avalia o atual estágio de pesquisa e implementação de tecnologias de IoT?
A IoT vai incentivar o desenvolvimento das telecomunicações, ela nos impulsiona a pensar além da conectividade. Segundo dados do Gartner, em 2020, teremos mais de 26 bilhões de dispositivos conectados à internet, sem contar smartphones e tablets. Estamos falando de carros inteligentes, wearable, eletrodomésticos e um incontável número de outros equipamentos. Temos que prover estas conexões com qualidade, mas consideramos também a criação de plataformas de gerenciamento dos dados que os sensores disponibilizam. Pensando em cidades inteligentes, a tecnologia digital permite tornar os serviços mais eficientes. Mas, precisamos realizar a gestão das informações capturadas de forma a transformar estes dados em benefícios à população e estimular o desenvolvimento de novas aplicações. Só a partir desta retroalimentação dos processos é que temos uma cidade inteligente.  
           
 
2.    Conte mais detalhes sobre a participação da Vivo no projeto de cidades inteligentes realizado em Santander, na Espanha.
Podemos dizer que este foi um grande projeto-piloto de cidade inteligente, que durou cerca de 3 anos e começou em 2010. Foi um esforço conjunto que uniu a Universidade de Cantabria, a prefeitura local, a iniciativa privada e a comunidade. A Telefonica liderou este projeto que envolveu 10 países. Esta iniciativa permitiu o desenvolvimento de arquiteturas, tecnologias essenciais, serviços e aplicações no contexto da Cidade Inteligente. Foram instalados mais de 20 mil sensores direcionados a muitos serviços: transporte público, estacionamento, iluminação pública, coleta de lixo, entre outros. Todo o ecossistema criado levou ao desenvolvimento de novos serviços à população e a iniciativa ganhou o prêmio "Future Internet Award“, outorgado pela Future Internet Assembly (FIA), uma importante comunidade de pesquisadores da União Europeia.
  
3.    Como está estruturada a área focada em Internet das Coisas da Vivo no Brasil?
A Telefonica Vivo tem um Centro de Inovação no Brasil direcionado a criação de novas tecnologias, plataformas, patentes e equipamentos. IoT e cidades inteligentes são alguns dos temas que compõem o escopo deste centro. Entre os projetos em andamento, podemos citar a parceria com a Natura, com quem estamos desenvolvendo um projeto de controle de processo na coleta de matérias-primas em uma das comunidades extrativistas na qual a empresa está presente. Incentivamos também a criação de um ecossistema de pesquisa e parcerias com desenvolvedores, empreendedores e universidades, a fim de acelerar o desenvolvimento de aplicações. Participamos das edições do Campus Party, do Hackathon, promovido pela FIESP, fornecemos kits de desenvolvimento, entre outras iniciativas.
 
4.    Quais são os atuais projetos de cidades inteligentes da empresa no Brasil ou em outras regiões?
Na Europa, a Telefonica participará de outro projeto na Espanha, localizado na cidade turística de Valencia, visando o aprimoramento de toda a gestão pública. Ainda não tenho muitos detalhes, mas sei que participaremos da organização dos serviços existentes no município ao longo de 3 anos, que serão modernizados por meio da implantação das tecnologias digitais. Ao longo desta transformação, os serviços serão conectados à nossa plataforma de smart cities. Participaremos junto com outras empresas. Aqui no Brasil, a Telefonia Vivo tem o projeto de Águas de São Pedro, no interior de São Paulo, que se tornou a primeira cidade 100% digital do Brasil. Começamos, em 2013, com toda a parte de modernização da infraestrutura de telecomunicações e, agora, estamos com a implementação de novas soluções para transformá-la em uma cidade inteligente. Iluminação, segurança, estacionamento, educação, turismo e saúde são as verticais trabalhadas. Bull, Ericsson, Datanext, Fundação Vanzolini, Grupo Bem, Grupo Gol, Huawei, Informar Saúde, On the Spot e o Portal Profissão Saúde são nossos parceiros neste projeto. Apresentaremos este case na próxima edição da Futurecom, que acontece de 13 a 16 de outubro, em São Paulo.              
 

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