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Por Jamile Sabatini Marques, diretora de inovação e fomento da ABES

Vivemos uma revolução social, econômica, cultural e política neste século XXI. O impacto da internet e das tecnologias da comunicação, a informação em tempo real, o aumento da competitividade entre empresas, a sociedade globalizada e a velocidade de todas estas mudanças são alguns dos fatores que caracterizam este período.

Esta conjuntura dinâmica impõe vários desafios, inclusive para as empresas, que precisam se reinventar para acompanhar o ritmo dessas transformações.  Por isso, as organizações, atualmente, são incitadas a investirem em inovação, seja de produto, de processo, de marketing ou organizacional. Existem estudos que demonstram que as empresas com produtos/serviços inovadores têm um crescimento acima da média brasileira, exportam com maior facilidade e têm mais facilidade de retenção de sua mão de obra.
 
Cultura de inovação
 
A inovação não precisa ser encarada, entretanto, como um monstro amedrontador. Existem formas simples de promover a inovação na empresa. Ela pode vir, por exemplo, pelo estímulo aos próprios funcionários com pagamento de benefícios para as ideias geradas e implementadas e, até mesmo, contando com o apoio dos próprios clientes. Um exemplo no setor de software, é a entrega de uma versão beta de um programa para alguns clientes e posterior retrabalho no sistema, a partir do feedback dado por estes usuários.
 
De fato, outro relevante desafio é a criação de uma cultura organizacional, na qual seja permitido tentar, ousar, errar, arriscar. Costumo dizer que os projetos de inovação devem contar com uma equipe dedicada e, ao mesmo tempo, permear toda a organização, assim as chances de sucesso são mais altas.
 
Um importante passo na criação de um ambiente que permita a inovação é a participação dos empresários em eventos sobre o tema e também o relacionamento com os órgãos que disponibilizam fomento à inovação. A ABES tem trabalhado bastante nesta linha, dando um retorno aos seus associados do que vem sendo solicitado. 
 
Hoje em dia, existem também várias fontes de fomento e uma legislação que garante benefícios tributários para que as empresas inovem e promovam o desenvolvimento. No portal da ABES, temos o Guia da ABDI e também uma apresentação sobre os tributos, da palestra ministrada pelo sr. Eduardo Grizendi, que recomendamos a leitura.
 
Numa pesquisa que a ABES realizou em agosto de 2013, constatamos que muitas companhias desconhecem o que tem disponível, hoje, no mercado como fontes de recursos.
 
Outro aspecto desta conjuntura é o movimento de startups, que tem sido muito relevante no atual cenário econômico e social que clama por inovação. Elas são administradas por pessoas que não estão presas em complexas estruturas organizacionais. As pequenas empresas têm maior facilidade em inovar, o que pode beneficiar as empresas de porte maior.
 
Já as corporações de maior porte buscam, por meio de suas áreas de novos negócios, investir em startups e empresas incubadas, inclusive muitas podem utilizar benefícios fiscais para esta aquisição, como a Lei de Informática.
 
Quanto à parte financeira, existem no Brasil diferentes fontes de recursos reembolsáveis e não reembolsáveis. O BNDES, a Finep e bancos regionais vêm trabalhando para aprimorar as linhas propostas para o setor, diminuindo as garantias reais. Os recursos não reembolsáveis são lançados por editais de fomento, por instituições como Finep, CNPq e FAPs. São instrumentos de apoio, que o empresário pode usufruir. O fato é que o empreendedor que não pensa em inovação pode ver seu negócio estagnar.
 
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