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Receitas no Brasil e China estão crescendo 25% ao ano
 

A internet móvel já gera cerca de US$ 700 bilhões em receitas anuais em 13 países, que representam cerca de 70% do PIB global, o equivalente a US$ 780 por adulto, e criou postos de trabalho para cerca de três milhões de pessoas. As receitas com internet móvel irão atingir US$ 1,55 trilhão em todos estes países em 2017, um aumento anual de 23%. É o que diz o relatório divulgado pelo The Boston Consulting Group (BCG).
 
De acordo com o estudo, as receitas estão crescendo especialmente em mercados em desenvolvimento, impulsionados pela concorrência entre os vários sistemas de internet móvel. A inovação e a competição estão levando a melhores dispositivos e queda dos preços para os consumidores.
 
As receitas com internet móvel no Brasil e na China estão crescendo a uma taxa anual de 25%, enquanto na Índia vem crescendo a 40% ao ano, comparado com aos Estados Unidos e à EU5 – European Union Five: France, Germany, Italy, Spain, United Kingdom. Mesmo em mercados mais maduros, como Japão e Coreia do Sul, as receitas de internet móvel estão crescendo em 10% ao ano, muito mais rápido do que a média do PIB global.
 
O novo relatório do BCG, que foi encomendado pelo Google, analisa o impacto econômico da economia digital relacionada a dispositivos móveis (como smartphones, tablets e wearables) e exclui atividade econômica gerada pela indústria de tecnologia móvel mais ampla, como as receitas geradas por chamadas telefônicas, "mensagens de texto", a fabricação de dispositivos não habilitados para Internet (telefones celulares muito simples, por exemplo), e as despesas de capital para atividades de dados não digitais nas redes móveis.
 
Os 13 países pesquisados foram: Brasil, Austrália, Canadá, China, França, Alemanha, Índia, Itália, Japão, Coreia do Sul, Espanha, Reino Unido e Estados Unidos. Os maiores responsáveis pelo crescimento das receitas de internet móvel nos próximos anos serão aplicativos, conteúdo e componentes de serviços do sistema, impulsionados pela rápida expansão do e-commerce e da publicidade.
 
Os consumidores são de longe os maiores beneficiários da internet móvel. Nos 13 países estudados, o superávit do consumidor é de cerca de US$ 4 mil por ano, ou sete vezes o que os consumidores pagam por dispositivos e acesso. Ou seja, o valor que os próprios consumidores acreditam receber é bem acima do que eles pagam por dispositivos, aplicativos, serviços e acesso.
 
O consumidor de Internet móvel nos 13 países tem um saldo positivo de US$ 3,5 trilhões por ano. O maior excedente agregado é do consumidor nos EUA (US$ 827 bilhões) seguido por China (US$ 680 bilhões). Em uma base per capita, os consumidores no Japão, Alemanha, França e Austrália, juntos, possuem excedentes com internet móvel de mais de US$ 6 mil por ano.
 
"A concorrência em todo o sistema de internet móvel está trazendo inovação, crescimento, emprego, e uma experiência de melhoria contínua para os consumidores e para as empresas", disse Dominic Field, Sócio do BCG e coautor do estudo. "O aumento do acesso às redes móveis em todos os lugares está levando a novas utilizações da internet – de serviços bancário à educação, de cuidados de saúde à prestação de serviços – e proporcionando um crescimento maior. Os legisladores podem ajudar a manter a economia da internet móvel em crescimento por meio de comprovados objetivos políticos que incentivam a melhoria contínua nestas áreas, bem como a inovação, a criação de valor e o bem-estar do consumidor".
 
Em todas as camadas do sistema móvel há competição entre provedores de serviços, plataformas de capacitação e empresas fornecedoras de aplicativos, conteúdo e serviços. A competição é particularmente intensa e a evolução especialmente rápida entre fabricantes de dispositivos e empresas de sistema operacional. Recentemente, em 2010, as plataformas BlackBerry e Symbian foram responsáveis por mais de metade de todas as vendas de smartphones nos 13 países pesquisados; eles agora representam menos de 5%. Hoje, os sistemas IOS, da Apple, Android, do Google, e Windows Phone, da Microsoft, lutam por participação de mercado, ficando de olho em concorrentes mais novos, como Fire OS, da Amazon, a plataforma X, da Nokia, Xiaomi MIUI, Firefox OS, e Tizen, que estão aumentando a concorrência e a oportunidades de escolhas pelo usuário. Tudo isso leva a uma inovação mais rápida, mais dispositivos e preços mais baixos.
 
Uma grande parte da história de sucesso da internet móvel é o surgimento da atividade econômica com aplicativos. Já foram realizados mais de 200 bilhões de downloads de várias lojas de aplicativos desde que o primeiro aplicativo foi desenvolvido, em 2008. Mais de 100 bilhões de downloads ocorreram somente em 2013. As principais lojas de aplicativos pagaram mais de US$ 15 bilhões para desenvolvedores entre junho 2013 e julho de 2014. "O crescimento da economia da internet móvel é impulsionada pelo aumento da disponibilidade e acessibilidade, bem como pelos avanços na tecnologia e infraestrutura", disse Paul Zwillenberg Sócio do BCG e coautor do estudo. "O rápido aumento na disponibilidade de celulares – os mais acessíveis chegam a custar US$ 100 ou até menos – irá conduzir tanto maior penetração, como novos usos." Ele observou que, embora apenas cerca de 20% dos smartphones de 2013 tiveram preços abaixo de US$ 100, um rápido movimento composto por fabricantes globais, locais e novos produtores estão agora lançando smartphones acessíveis.
 
A grande maioria dos consumidores nos 13 países pesquisados deixaria de ter acesso à mídia off-line (a única exceção é a TV), antes de perder seu acesso à internet móvel. Dois terços ou mais desistiriam de chocolate e bebidas alcoólicas. Mais da metade está disposta a abrir mão de café e filmes. Um terço estaria disposto a abrir mão de seus carros, e mais de um quarto deixaria de fazer sexo, antes de perder seu acesso à internet móvel. Clique aqui para saber mais sobre o relatório 

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