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Com o tema central “Mundo Digital – Desafios e oportunidades de uma sociedade em transformação”, a ABES Software Conference 2016 reuniu empresários, profissionais do setor, pesquisadores e representantes do Governo Federal e órgãos de fomento, no dia 15 de setembro, no WTC, em São Paulo para discutir tendências, legislação, tributação, certificação, segurança, qualidade e inovações no mercado de software e serviços.
 
Francisco Camargo, presidente da ABES, deu as boas-vindas aos participantes e destacou que o evento integrava o calendário de comemoração dos 30 anos da entidade. “Em 1986, as preocupações envolviam o combate aos softwares ilegais e a recuperação do atraso tecnológico. Hoje em dia, os empreendedores enfrentam novos desafios, que incluem a insegurança jurídica, a burocracia, a complexidade tributária e o excesso de regulamentações. Temos monitorado e participado dessas discussões a fim de contribuir com a criação de um ambiente mais favorável para gestão dos negócios, os novos e os já estabelecidos”, esclareceu.
 
“De acordo com um ranking do Banco Mundial de países que proporcionam facilidade para empreender, o Brasil está na 174ª posição, ou seja, em uma das últimas posições e atrás de várias nações da América Latina. Isso precisa mudar”, completou.
 
Inovação e retomada do crescimento
 

Na palestra que se seguiu a abertura, Otávio Caixeta, Chefe de Gabinete da Secretária de Política de Informática (Sepin)do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, que representou o ministro Gilberto Kassab, foi enfático ao dizer que concordava com o diagnóstico apresentado por Camargo, e disse que as tecnologias e os softwares são fundamentais para o funcionamento de sistemas mais eficientes e transparentes na gestão pública e que existe um esforço governamental para “tornar o Brasil um país melhor para o desenvolvimento de negócios”.
 
Apesar das mudanças na presidência da república, Caixeta disse que a Sepin está em fase de crescimento e vai ganhar um departamento exclusivo para o setor de software. O representante destacou ainda que o ministério atua por meio dos pilares da capacitação, como Brasil +TI; e da inovação, com o programa Startup Brasil, que em breve terá uma nova edição. “A partir da correção dos problemas com as contas públicas federais, esperamos dialogar com o Ministério do Planejamento para retomar os incentivos à indústria de software”, finalizou.   
 
Outro convidado foi Claudio Figueiredo Coelho Leal, superintendente da Área de Indústrias e Serviços, do BNDES, que falou sobre a missão e as atuais estratégias do banco nacional de desenvolvimento econômico e social direcionadas à inovação, agora sob o comando de Maria Silvia Bastos Marques, indicada ao cargo por Michel Temer (PMDB). Leal disse que a inovação e as MPMEs (micro, pequenas e médias empresas) são prioridades do BNDES. Outro ponto de destaque foram as linhas de fomento para infraestrutura e exportações.

De acordo com o superintendente, o banco, atualmente, está mais transparente e todos os contratos estão disponíveis para consulta on-line. “Continuaremos a ser um agente relevante para a retomada do crescimento econômico, mas o BNDES não será mais o único a sustentar os ônus dos investimentos de longo prazo. Na revisão das políticas em curso, estaremos calibrando o nível de participação do banco a fim de permitir a entrada de outras fontes externas de financiamento nos processos”. O BNDES é um importante parceiro da ABES na linha de fomento MPME Inovadora.

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