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Plataforma da SensorWeb une cloud computing e internet das coisas
 
Criada pelos engenheiros de controle e automação industrial Victor Rocha Pusch, com experiência de 16 anos em desenvolvimento e integração de aplicativos de software, e Douglas Pesavento, consultor da Fundação Centros de Referência em Tecnologias Inovadoras (CERTI) desde 2003 na área de infraestrutura de TI, Telecomunicações e Segurança de Redes e Sistemas, a startup SensorWeb (http://www.sensorweb.com.br/), oferece uma plataforma tecnológica inovadora  para monitoramento contínuo, por meio de dispositivos móveis, das condições de armazenamento e transporte de insumos críticos. A startup é incubada no MIDI Tecnologógico, incubadora gerida pela Associação Catarinense de Empresas de Tecnologia (ACATE) e mantida pelo Sebrae/SC.
 
Sensores que capturam e registram variáveis físicas, como temperatura e umidade e que podem ser monitoradas à distância são especialmente importantes para área da saúde, como para conservação de medicamentos, vacinas, sangue e outros insumos.
 
Em entrevista ao Portal ABES, os empreendedores contam como foi o processo de criação da startup, a concepção do negócio, a importância da incubação no Midi Tecnológico, os primeiros clientes e os planos para o futuro.
 
 
– O que é a plataforma SensorWeb?
O SensorWeb é uma plataforma tecnológica inovadora, para monitoramento contínuo das condições de armazenamento e transporte de insumos críticos. O SensorWeb captura e registra variáveis físicas como temperatura, umidade e abertura de portas, em ambientes ou equipamentos como freezers, câmaras de conservação e estufas. Desenvolvido para operação através de Internet, com acesso em microcomputadores e plataformas móveis (tablet e smartphone), o SensorWeb foi construído sobre as premissas tecnológicas mais atualizadas em Sistemas de Informação e Telemetria: a Cloud Computing e a “Internet of Things”. O grande diferencial é entregar para o cliente uma solução completa para a demanda de registro e monitoramento, e não somente uma ferramenta. Além da tecnologia envolvida, nós implantamos, acompanhamos o monitoramento junto ao cliente, garantimos operação contínua 24 x 7 da solução, de forma a garantir a confiabilidade das medições e validade frente às agências reguladoras, como ANVISA e INMETRO.
 
– Por que decidiram lançar uma startup?
Já havíamos criado uma startup anteriormente, que não deu certo. Não faliu, mas também não cresceu da forma como planejamos. Logo, a criação da SensorWeb se deu aproveitando um conhecimento adquirido de anos na empresa MCA e corrigindo os erros cometidos antes.
 
– Desde quando são incubados no Midi Tecnológico? Como esta parceria fez diferença na evolução da empresa?
Somos incubados desde abril de 2013. No atual estágio que estamos, a parceria é muito importante por conta dos treinamentos para os sócios e, principalmente, para alguns membros-chave da equipe, e também pelas consultorias que temos à disposição. Recentemente, o MIDI iniciou uma avaliação e acompanhamento das empresas, por meio de indicadores mensais. Essa iniciativa muito importante para a incubadora e também para a empresa, pois mensalmente temos que revisar e apresentar nossos resultados, permitindo uma avaliação mais detalhada por parte da incubadora.
 
– Como nasceu a ideia de desenvolver esta startup? Há quanto tempo estão no desenvolvimento deste produto/serviço?
A ideia nasceu quando conhecemos o Hemosc (Banco de Sangue de SC) e vimos a grande demanda no registro de temperatura, dezenas de freezers, câmaras e ambientes sendo monitorados de forma manual. Aproveitamos o conhecimento que tínhamos na área para começar a desenvolver uma solução replicável, ou seja, que atendesse toda instituição na área de saúde com a mesma demanda. Estamos desde 2009 envolvidos com isso. A primeira versão da solução que envolve hardware (sensores e central de monitoramento) e software em nuvem foi apresentado ao mercado no final de 2011, na HEMO 2011, Congresso de Hematologia e Hemoterapia.
 
– Na avaliação de vocês, qual o público-alvo? Quais os principais diferenciais de inovação?
O público-alvo atualmente são instituições que buscam a garantia de qualidade e confiabilidade dos produtos e serviços oferecidos na área de saúde, onde o registro e monitoramento dos produtos termolábeis (que dependem da temperatura) são fundamentais para o negócio. Destacamos neste ponto os bancos de sangue, hospitais e laboratórios de pesquisa. Como diferencial, entregamos uma tecnologia 100% nacional que permite uma melhoria e evolução contínua dos nossos produtos, aliados ao serviço da operação e gestão de toda a plataforma de monitoramento.
 
– Quais os principais aprendizados neste período de incubação?
Aprender a manter o foco nos resultados e para isso é muito importante estabelecer metas e acompanhá-las para não se perder pelo caminho ou desviar das atividades mais importantes.
 
– Quais são os próximos passos da sua startup?
Estamos no estágio inicial de uma startup, mas já conquistamos os primeiros clientes, alguns de peso, como ICESP, Fiocruz e Hemosc. Atingimos um número expressivo de sensores instalados: mil sensores monitorados pela plataforma em 2013. Além disso, tivemos o investimento de uma empresa da área de equipamentos médico-hospitalares, a FANEM. O próximo passo é gerar escala, ou seja, queremos chegar a 10 mil sensores nos próximos dois anos.
 

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