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Dados são da 16ª edição da pesquisa divulgada pela FGV-EAESP

O Centro de Tecnologia de Informação Aplicada (GVcia) da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV-EAESP) divulgou 16ª Pesquisa de Comércio Eletrônico no Mercado Brasileiro.
 
Coordenado pelo professor Alberto Luiz Albertin, da FGV-EAESP, o realizado desde 1998, contou com a participação de 528 empresas de vários setores econômicos, ramos de atividades e portes. As organizações, tanto nacionais como multinacionais, operam no mercado brasileiro e atuam em diversos níveis no ambiente digital.
 
Entre os resultados obtidos, destacam-se:
 
Mercado consolidado: as empresas vêm tendo sucesso e investindo de forma significativa e crescente neste novo ambiente. O Comércio eletrônico no Brasil está totalmente consolidado e é parte importante do mercado. O crescimento em relação ao ano passado foi observado tanto nas transações negócio-a-negócio (+3,31%) como nas transações negócio-a-consumidor (+8,23%). 
 
Principais usos e contribuições do comércio eletrônico nas empresas: As empresas avaliam que as principais contribuições de comércio eletrônico (CE) estão relacionadas com a melhoria das novas oportunidades de negócio, sua utilização como estratégias competitivas mais efetivas e aprimoramento do relacionamento com os clientes. A adequação organizacional e tecnológica apresentou crescimento significativo: 96% das empresas de CE usam a web para alguma parte ou tipo de relacionamento com cliente.
 
Investimentos: A média de gastos e investimentos de  comércio eletrônico cresceram 127% nos últimos 10 anos. “As empresas estão utilizando cada vez mais a infraestrutura de Internet e das aplicações de comércio eletrônico como meio para a realização de seus processos de negócio, com clara predominância daqueles relativos ao atendimento a cliente”, explica Albertin. As empresas pesquisadas apontaram crescimentos nos seus níveis de gastos e investimentos maiores que nos últimos anos, atingindo a média geral de 2,04% do faturamento líquido das empresas, de 0,62% no setor indústria, 2,01% no de Comércio e 2,97% no de Serviços. Notou-se o maior crescimento deste índice para o setor de Comércio, acompanhado de perto pelo setor de Serviços.
 
Valores: As transações de negócio-a-negócio representam 71,88% do valor do mercado total, e 42,36% para negócio-a-consumidor. “Os índices confirmam a evolução do comércio eletrônico e que a tendência é de crescimento, agora mais efetivo e buscando retornos dos investimentos realizados”, afirma o professor.
 
Atendimento ao cliente: As empresas continuam utilizando as aplicações de comércio eletrônico principalmente nos processos de atendimento a cliente referentes a recebimento de pedidos, suporte a utilização e divulgação de informações. Em relação aos processos de cadeia de suprimentos, a maior utilização é para solicitação de suprimentos e envio de pagamento.
 
Principal finalidade do comércio eletrônico para empresas: Pelo oitavo ano consecutivo o aspecto de privacidade e segurança foi superado pelo aspecto de relacionamento com clientes como o aspecto mais importante para as empresas. Nas últimas três edições da pesquisa, o aspecto também foi superado pelo  alinhamento estratégico e adoção de clientes.
 
Serviços: O setor de serviços apresenta um índice de gastos e investimentos em TI e CE, em relação à receita líquida, maior do que os demais setores. Essa situação é explicada pela participação dos bancos neste setor.
 
Indústria: O setor de indústria foi o que apresentou o maior crescimento na utilização do CE no seu relacionamento com fornecedores, sendo que esta situação é bastante influenciada pelo aumento da utilização de aplicações de CE nos processos relativos à cadeia de suprimentos.
 
Comércio: O setor de comércio apresentou um índice maior em relação à proporção dos gastos e investimentos em TI e CE. Esta situação é adequada em relação às características deste setor e dos produtos e serviços por ele transacionados.
 
Cadeia de suprimentos: Os processos de cadeia de suprimentos são os que apresentam crescimentos maiores, de forma coerente com a atenção que as empresas deram aos processos de e-procurement e logística, principalmente para materiais indiretos. Nestes processos, destaca-se o subprocesso de solicitação de suprimentos.
 

Tabela com a evolução do comércio eletrônico nos últimos 5 e 10 anos 

  Evolução Variação
Índices 2004 2009 2013 5 anos 10 anos
Nível de CE          
Negócio-a-Negócio 9,92% 63,21% 71,88% 13,7%

625%

Negócio-a-Consumidor 4,22% 29,32% 42,36% 44,5% 904%
Média de Gastos e Investimentos de CE 0,90% 1,41% 2,04% 44,7% 127%
Relacionamento          
Nível de Integração Automática Alto 25% 42,24% 58,45% 38,4% 135%
Relacionamento com Fornecedores 63,40% 72,15% 76,43% 5,9% 21%
Relacionamento com Clientes 74,20% 80,01% 86,53% 8,1% 17%
Utilização de CRM 42,67% 54,98% 59,45% 8,1% 39%
Utilização de SCM 27,64% 43,45% 52,20% 20,1% 89%
Aplicações          
Utilização de Cartão de Crédito 37% 55% 71% 29,6% 92%
Utilização de Catalógo Eletrônico 50% 61% 78% 27,6% 56%
Utilização de Formulário Eletrônico 35% 58% 72% 23,7% 106%
Processos          
Desenvolvimento de Produto/Serviço 49% 52% 59% 13,5% 20%
Desenvolvimento de Fornecedores 15,01% 36,89% 46,98% 27,4% 213%
Projeto e Desenvolvimento 9,15% 21,01% 30,23% 43,9% 230%
Cadeia de Suprimentos 60% 68% 77% 13,2% 28%
Solicitação de Suprimentos 19,32% 42,51% 60,08% 41,3% 211%
Envio de Pagamentos 17,88% 30,12% 42,43% 40,9% 137%
Manufatura 35% 38% 43% 13,2% 23%
Logística Interna/Estoque de Matéria Prima 4,33% 14,34% 19,99% 39,4% 362%
Logística Externa/Estoque de Produto Acabado 4,01% 9,78% 13,34% 36,4% 233%
Atendimento a Cliente 92% 93% 96% 3,2% 4%
Recebimento de Pedidos 33,10% 66,78% 74,11% 11,0% 124%
Suporte a Utilização de Produtos Serviços 26,12% 43,55% 56,78% 30,4% 117%
Divulgação de informação sobre produtos/serviços 19,98% 48,87% 72,26% 47,9% 262%

 
 

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